terça-feira, 30 de abril de 2024
Povo nas ruas foi manifestação legítima de apoio ao presidente Jair Bolsonaro

João Aloysio Correa Ramos

Diretor dos jornais do Grupo Paraná Comunicação: A Gazeta Cidade de Pinhais, A Gazeta Região Metropolitana, Agenda Local e Jardim das Américas Notícias

Povo nas ruas foi manifestação legítima de apoio ao presidente Jair Bolsonaro

Bolsonaro não foi reeleito, contudo, não se pode afirmar que saiu enfraquecido politicamente destas eleições presidenciais. A derrota foi por um triz, menos de 2% de diferença para o candidato petista. Uma diferença, por assim dizer, irrisória. O resultado de uma eleição tão dividida foi visto nos dias seguintes às eleições do segundo turno. Milhões de pessoas nas ruas, nas estradas.

O movimento em apoio ao presidente teve início com a paralisação dos caminhoneiros, porém, foi muito além, ganhando a adesão de populares, do povo em geral, eleitor do Bolsonaro, que tomou conta das ruas, da frente dos quartéis em cidades de todo o país. Nas capitais e cidades do interior o povo foi para as ruas para defender seus ideais, que são simples: amor à Pátria, liberdade de expressão, defesa da família, da justiça, da livre iniciativa privada, da liberdade religiosa. Gente trabalhadora, pais e mães de família de todas as classes sociais que só querem direito ao trabalho e a uma vida digna, próspera, que defendem menos impostos, menos Estado interferindo na vida das famílias e do empreendedor, e liberdade de pensamento e de expressão. Povo nas ruas no Sul, Sudeste, Centro-Oeste, no Norte e até em capitais do Nordeste, onde o petista obteve imensa votação.

Manifestações legítimas

Como era de se esperar, as manifestações populares foram tratadas como “golpistas” pela grande imprensa e oposição a Bolsonaro. Mas, nada mais foi do que uma expressão de indignação e revolta do eleitor com a eleição de Lula, por motivos óbvios retratados amplamente pela própria imprensa durante os tempos idos da Operação Lava-Jato. Penso que nada mais justo e democrático do que poder expressar nas ruas o apoio ao presidente em uma campanha que transcorreu num cenário bastante atípico em se tratando de igualdade e paridade na disputa em razão de decisões arbitrárias do TSE.

Arbitrariedades do TSE

O sentimento de milhões de brasileiros que votaram em Bolsonaro foi de injustiça durante o processo eleitoral para os quais um candidato obteve privilégios do TSE e, o outro, perseguição desta mesma corte. A desconfiança sobre uma possível fraude nas urnas também pairou na mente do eleitorado do presidente da República. Uma diferença mínima entre os candidatos, de menos de 2%, suscita desconfianças. Em ditaduras como na Venezuela também verificou-se uma vitória do candidato de esquerda por uma pequena diferença.

Expressão de indignação

Ao contrário do que tem dito a grande imprensa, os manifestantes não pedem “golpe militar”, ”ditadura militar” e intervenções radicais dessa natureza. O movimento representa, em sua essência, a demonstração de indignação de uma grande população com o resultado de uma eleição que não contou com a lisura necessária ao processo durante a campanha, bem como foi uma demonstração de apoio, até mesmo, apoio moral, a Jair Messias Bolsonaro e seu governo. Se estamos realmente em uma democracia, o direito de livre manifestação popular deve ser salvaguardado, ao invés de execrado pela opinião de uma mídia tendenciosa que, salvo exceções, demonstrou apoio velado ou aberto a candidatura de Lula.

Capital político do Jair

Passadas as manifestações, é hora de contabilizar o capital político de Jair Bolsonaro. Que não é nada desprezível. Conforme colocado na abertura deste artigo, há um saldo positivo para o presidente da República. Foram 58 milhões de brasileiros a votar nele. Um número mais alto que no segundo turno e mais alto que em 2018. Estes dividendos políticos, mais a imensa população nas ruas, conferem ao presidente uma liderança que pode se estruturar e crescer para as eleições de 2026. Assim como fortalecem aqueles parlamentares e políticos eleitos com seu apoio. Foram 99 parlamentares eleitos com o apoio do presidente nestas últimas eleições. A bancada do governo no Congresso Nacional já se articula para fazer oposição ao governo Lula. Teremos um Congresso Nacional, a partir de 2023, com mais parlamentares conservadores ou de direita liberal, que articulam-se para fazer oposição ao futuro governo Lula.

Insatisfação popular

São 58 milhões de eleitores que demonstraram insatisfação com o resultado das eleições. Estas pessoas, junto com parlamentares de oposição, prometem exercer dura fiscalização ao governo Lula. A tendência é esse povo começar a ir para as ruas, em protesto, diante das primeiras maracutaias e projetos polêmicos que o futuro governo tentar aprovar. A expectativa é a de que não haverá pacificação, uma vez que se trata de uma eleição em que o petista, por muito pouco, venceu. Não estamos falando de um futuro governo Lula de ampla aprovação popular, que tenha sido eleito com favoritismo.

Fiscalização

Logo, de agora em diante, é preciso mobilização popular e olhos e ouvidos bem atentos a fim de cobrar comprometimento do Congresso Nacional com pautas que realmente sejam de interesse do povo. O Parlamento precisa demonstrar ser o fiel da balança nesse cabo de guerra instalado na política nacional devido a uma acirrada polarização. Lula sabe que não terá o aval de ampla maioria no Congresso para a aprovação de projetos extremamente polêmicos como a regulação da mídia, por exemplo. Mas, terá de lidar com um Orçamento feito ainda no governo Bolsonaro, em 2023. Que já está sendo tratado pela imprensa com condescendência. Deverá estourar o teto de gastos, ”excepcionalmente” como disse o Meirelles, para bancar os R$600,00 de Bolsa-Família, valor também prometido por Bolsonaro. Mas, agora, o que se criticava em Bolsonaro é visto como algo necessário para cumprir uma promessa de campanha.

Imprensa condescendente

Enfim, já estamos assistindo a uma prévia do que será nos próximos anos. Uma imprensa bem mais amena no tom, para dizer o mínimo. Mais um motivo para o povo ficar atento ao que se passará no futuro governo sem contar com a fiscalização intensa que se fazia no governo Bolsonaro, beirando a perseguição. De agora em diante, o povo terá de diversificar, em muito, suas fontes de informação se quiser realmente estar a par do que acontece no Governo Federal.

publicidade

Compartilhe:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

plugins premium WordPress