sexta-feira, 17 de maio de 2024
O Caipira, uma produção 100% pinhaiense, está em cartaz no Centro Cultural até 30/11

O Caipira, uma produção 100% pinhaiense, está em cartaz no Centro Cultural até 30/11

por Noelcir Bello

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Na segunda-feira (24/10), aconteceu no Centro Cultural Wanda dos Santos Mallmann o lançamento do filme O Caipira, uma produção 100% pinhaiense. O Auditório estava totalmente lotado e contou com as presenças de familiares dos artistas, elenco, comunidade em geral, Ney Souza, premiadíssimo carnavalesco de Curitiba, da intérprete da trilha sonora do filme, Cidinha Alves, e da queridíssima Isadora Ribeiro, madrinha da produção e atriz conhecida nacionalmente por seus filmes, novelas e peças de teatro.
O filme é baseado no século passado, época em que as famílias, apesar de terem muitas posses, viviam de forma muito simples, até com certa ingenuidade. Era de costume os casamentos arranjados entre os filhos dos compadres, tudo para não dividir a herança e assim garantir a riqueza de ambas as partes. Quando as crianças chegavam aos seus 11 a 12 anos o acordo era firmado e os pais de uma das partes entregava os chamados “dotes”.
Durante o evento de lançamento, entrevistamos alguns dos responsáveis pelo filme, bem como a atriz e madrinha do projeto, Isadora Ribeiro. Confira abaixo.

 

Isadora Ribeiro, atriz e madrinha da produção

A Gazeta Cidade de Pinhais: Isadora, você foi convidada para ser a madrinha do filme. Qual o sentimento?

Isadora Ribeiro: Estou muito orgulhosa por ser madrinha deste projeto maravilhoso e tenho a certeza de que todos vão se orgulhar ao assistir este filme. Eu dei boas gargalhadas assistindo. Parabéns a todos os envolvidos. Além de ter uma boa história, o filme conta ainda com ótimos atores e profissionais envolvidos.

 

A Gazeta: Você é dona de uma extensa carreira, que conta com importantes papéis em grandes novelas, dezenas de peças de teatro e diversos filmes de sucesso. Sendo assim, como você vê o cinema de Pinhais?

Isadora Ribeiro: Na verdade, eu já conhecia Pinhais e todo o trabalho que vem sendo feito na área de cultura. Outros filmes muito bons já haviam sido produzidos aqui. Este, com certeza, é apenas mais um dos muitos que virão pela frente. É notável a qualidade dos atores com grandes curvas cênicas, a linguagem, os trejeitos, o maneirismo, mostrando o que tem de melhor no estado do Paraná. Pessoas puras, humildes e trabalhadoras na batalha do homem do campo. Por tudo isso, que sou a benévola do filme.

 

A Gazeta: Quais lembranças o filme te trouxe?

Isadora Ribeiro: Por ser de Curitiba, claro que me lembrou as coisas que vivi aqui e no litoral do Paraná. Tive muitos amigos ao meu redor vindos do interior e não tem como não lembrar destas pessoas queridas, através do sotaque e do estilo de vida que o filme nos remete.

 

A Gazeta: Foi o teatro que trouxe você a Pinhais?

Isadora Ribeiro: Estive em Pinhais apresentando minha peça de teatro e, na oportunidade, também tive o prazer de assistir a peça o Escândalo, onde o Laércio Sobral e o Arnaldo fazem parte do elenco. Fiquei impressionada com a qualidade da atuação deles. Sou fã número um do Laércio e sou amiga do Arnaldo. Adoro estes dois, inclusive já os recebi em minha casa no Rio de janeiro.

 

A Gazeta: Podemos esperar por novas parcerias?

Isadora Ribeiro: Eu já deixei meu nome à disposição para o próximo filme do Arnaldo. Acredito que a possibilidade de novas parcerias existem sim e garanto que será um orgulho retornar para Pinhais e fazer parte de um filme com meus amigos.

 

Zêh Karvalho, roteirista do filme

A Gazeta: Como surgiu a ideia para o filme?

Zêh Karvalho: Este romance, que virou filme, foi inspirado em meu conhecimento adquirido na infância. Nasci na região litorânea do Paraná, onde fizemos as gravações, e foi desta memória que extraí toda trajetória para o filme. O Caipira surgiu de uma peça de teatro, em 2014, com a minha companhia de teatro, quando tivemos a indicação de melhor ator no Festival de Teatro de Pinhais. Devido ao sucesso junto ao público, recebi o convite, por parte do Arnaldo Silveira, para transformá-lo em filme.

 

A Gazeta: Desde o nascer do filme até o lançamento, o que mudou na sua carreira?

Zêh Karvalho: Hoje eu tenho DRT de atriz profissional, roteirista, diretora de arte, figurinista, aderecista e escritora. Com muito esforço e dedicação, aos poucos, as vitórias aparecem.

 

Arnaldo Silveira, Diretor do filme

A Gazeta: Arnaldo, quem o conhece sabe da sua história de luta pela arte e cultura de Pinhais. Qual o sentimento após o sucesso do filme?

Arnaldo Silveira: Estou muito feliz porque, pela primeira vez, temos uma obra, um longa-metragem, totalmente produzido com atores do município, assim como toda a equipe envolvida no projeto. O Caipira é 100% filho de Pinhais. Inclusive, os equipamentos de filmagem e produção foram conquistados através de emenda parlamentar, após visita do Laércio Sobral à Brasília.

 

A Gazeta: Como foi dirigir um trabalho deste porte?

Arnaldo Silveira: Foi incrível. Aproveito para agradecer ao Prefeito Luizão e sua gestão, ao Secretário Ricardo Pinheiro, o Laércio Sobral e toda a equipe envolvida, pois juntos conseguimos trabalhar e produzir um filme com a simplicidade do homem do campo, com muito humor. Destaco aqui a Zêh Karvalho, que conseguiu escrever, produzir e atuar de forma brilhante no filme. Agradeço ainda ao elenco pelo empenho e dedicação.

 

Laércio Sobral, Diretor do Departamento de Cultura de Pinhais

A Gazeta: Como você avalia a participação das pessoas envolvidas no projeto?

Laércio Sobral: Acho que todos somos importantes no processo, pois cada um desenvolveu seu papel e ao final nasceu este grande projeto. Enfrentamos muita chuva e frio durante as gravações, mas a vontade de ver o trabalho finalizado, com qualidade, foi sempre maior. Aliás, esta já é uma marca do povo envolvido na produção cultural de nosso município. Estou muito feliz nesta noite. Temos a casa cheia, com a plateia prestigiando nosso trabalho. Baseado na reação das pessoas, tenho certeza que o filme agradou ao público presente. Parabéns ao Arnaldo e a Zêh Karvalho, que se dedicaram de corpo e alma para a execução do filme.

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