quarta-feira, 15 de maio de 2024
Elon Musk defende liberdade de expressão no Twitter e pode ser um aliado na luta contra arbitrariedades do Supremo Tribunal Federal

Vanessa Martins de Souza

Jornalista responsável dos jornais do Grupo Paraná Comunicação (A Gazeta Cidade de Pinhais, A Gazeta Região Metropolitana, Agenda Local e Jardim das Américas Notícias)

Elon Musk defende liberdade de expressão no Twitter e pode ser um aliado na luta contra arbitrariedades do Supremo Tribunal Federal

O bilionário Elon Musk, novo proprietário do Twitter, fez uma revelação nada surpreendente na última sexta-feira (02). Ao abrir a “caixa-preta” do Twitter, postou em sua conta na rede social que encontrou dados “preocupantes” sobre o período da campanha eleitoral deste ano, no Brasil. Disse que acredita que é bem provável que a plataforma digital tenha beneficiado candidatos de esquerda a presidência da República em nosso país. E também postou sobre as últimas eleições nos EUA, divulgando que o Twitter teria beneficiado o candidato democrata Joe Biden, promovendo uma disputa desigual com Donald Trump, que buscava a reeleição.

Censura pesada no Twitter

De acordo com Musk, e-mails de funcionários do Twitter dão conta de que houve decisão de censurar posts desfavoráveis a Biden, a exemplo do escândalo com o filho Hunter Biden. Todos os posts referentes a matéria do tradicional New York Post sobre o envolvimento do filho do presidente Biden em corrupção por meio de negócios no exterior foram banidos da rede social. A reportagem baseou-se em e-mails encontrados em um velho notebook de Hunter Biden. Mas, a plataforma classificava como “fake news” e violação das políticas da rede social quanto a conteúdo divulgado por hackers. O ex-presidente Trump, após o post de Musk já está pedindo a anulação das eleições presidenciais americanas, tendo insinuado que seria o real vencedor do pleito de 2020.

Acredito que não é surpresa para ninguém a existência de uma dura política de censura e banimento de perfis e posts do Twitter até a compra da plataforma pelo bilionário, um dos homens mais poderosos do mundo. O Twitter francamente censurava posts de conteúdo de direita, inclusive, banindo perfis em atendimento a decisões do STF contra representantes da direita. Bem como represava, escondia seguidores de lideranças da direita. Após a compra da empresa por Musk, houve demissões em massa, inclusive, no Brasil. O bilionário demitiu cerca de 50% dos funcionários. Um dos motivos seria a alegação de terem trabalhado para beneficiar a esquerda e prejudicar a direita, a partir da função de moderação dos posts, ou seja, a partir da decisão de qual post deveria ser autorizado para publicação conforme as regras da comunidade. Regras, claramente, de orientação progressista em detrimento de valores, ideais e informações conservadores.

Liberdade de expressão irrestrita

O resultado é que, agora, sob nova direção, o Twitter liberou um monte de perfis de usuários da direita, bem como “desovou” seguidores represados, escondidos pelos antigos moderadores, que eram verdadeiros militantes de esquerda. Somente o presidente Jair Bolsonaro “ganhou“ 120 mil seguidores em 24 horas. Seguidores que a plataforma escondia a fim de não ”dar moral“ a perfis de direita. Musk comprou a rede social prometendo promover liberdade de expressão para todos, com o intuito de permitir o livre e amplo debate de ideias, sem restrições. O ex-presidente Donald Trump havia sido banido do Twitter após o episódio do motim no Capitolium, após ter perdido as eleições. Foi convidado por Musk a retornar com seu perfil, porém, disse que já criou sua própria rede social.

Direita no Twitter

A postura de Elon Musk promete um espaço para a direita e o conservadorismo no Twitter. E leva a pensar nas consequências que essa diretriz terá diante de um STF e TSE pródigo em censurar representantes da direita. Até o momento, as redes sociais todas, praticamente, não ofereceram resistência às decisões de Alexandre de Moraes contra posts e perfis de direita. Seguir a legislação e a justiça brasileira é obrigação legal das redes sociais com escritório de representação no Brasil. Até o Telegram, de propriedade de um russo, teve de se curvar às decisões de Alexandre de Moraes, que tirou do ar a plataforma considerada, até então, clandestina no Brasil. Logo, porém, a empresa enviou advogados para adaptar-se a decisão judicial e teve de retirar vídeo com menção sobre uma suposta falta de segurança nas urnas eletrônicas de votação no Brasil.

Musk x STF

Com Musk no controle do Twitter, a situação poderá ficar tensa, caso o STF venha a tomar decisões em prol da censura e banimento de posts e canais de direita, novamente. O bilionário não esconde de ninguém que é de direita, que é apoiador de Trump e de Bolsonaro. Que defende a liberdade de expressão irrestrita e que quer dar voz a ideias de direita no Twitter. Musk, enfim, irá peitar Alexandre de Moraes? Esta é a grande pergunta que muitos devem estar fazendo…

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