Economia vai bem em 2023, para surpresa dos pessimistas de plantão
Jornalista responsável dos jornais do Grupo Paraná Comunicação (A Gazeta Cidade de Pinhais, A Gazeta Região Metropolitana, Agenda Local e Jardim das Américas Notícias)

Economia vai bem em 2023, para surpresa dos pessimistas de plantão

Contrariando projeções mais pessimistas, o Brasil obteve um desempenho relativamente bom em relação ao crescimento do PIB – Produto Interno Bruto, em 2023. De acordo com o FMI – Fundo Monetário Internacional, em relação a 2022, o país subiu duas posições, voltando ao ranking das dez maiores economias mundiais, chegando a nona posição. O PIB brasileiro alcançou o patamar de 2,13 trilhões de dólares, superando o do Canadá, com 2,12 trilhões.

Previsão de crescimento do PIB

Em 2023, o crescimento do PIB deve ultrapassar os 3%. Previsões mais otimistas como a do Instituto de Finanças Internacionais apostam em 3,2%, indo além dos 2,9% projetados pelo FMI. Em 2022, o crescimento foi de 3%. Já para 2024, o cenário projetado não é dos melhores, quando se espera um crescimento de apenas 1,4%. Contudo, não se deve descartar a possibilidade de que esta seja uma perspectiva pessimista demais, uma vez que, no início deste ano, não havia economista capaz de prever que chegássemos a, sequer, 3% de crescimento.

Sétima economia mundial

Muito embora, o Brasil já tenha estado em posição bem mais favorável em termos de PIB, quando chegou a sétima economia mundial, entre os anos de 2010 a 2014, é um dado animador conferir que, em apenas um ano, saltou duas posições no ranking. A recuperação pós-pandemia, felizmente, tem sido mais rápida do que o esperado. O agronegócio, mais uma vez, destaca-se como a “estrela“ da economia brasileira, tendo se beneficiado com uma super-safra em 2023.

Controle da inflação

Outro dado a trazer um alento é o controle da inflação. De acordo com a FGV – Fundação Getúlio Vargas, fecharemos 2023 com uma taxa de 4,2%. Em 2022, o ano encerrou com 5,6%. Gradualmente, a expectativa é a de que a economia venha recuperando-se da crise provocada pela pandemia, também, em relação ao desemprego. Estamos com o menor índice desde fevereiro de 2015 e a expectativa é de terminarmos o ano com uma taxa média de 8%.

Redução das taxas de juros

Uma das grandes batalhas neste primeiro ano de governo Lula foi a defesa da redução nas taxas de juros. Pois, finalmente, a partir de agosto passado, o Banco Central começou a baixar a taxa Selic. Desde então, já foram quatro reuniões seguidas do Copom – Comitê de Política Monetária do Banco Central em que a taxa Selic foi reduzida. A última reunião, em treze de dezembro, resultou numa redução para 11,75% ao ano. A estimativa é de que, em 2024, o Copom continue com graduais reduções. A próxima reunião está marcada para o final de janeiro próximo. A redução da taxa de juros Selic é fundamental para a economia, a atração de investimentos, pois, é uma taxa média de juros que influencia outras taxas, a exemplo dos juros para empréstimos e financiamentos variados, como os do setor imobiliário, dos investimentos na indústria, comércio e serviços e outros. A meta é a de que se chegue, pelo menos, ao nível de março de 2022, quando a taxa Selic estava em 10,75% ao ano.

Distribuição de renda

Apesar da surpresa positiva em relação ao PIB e a dados como, inflação e desemprego, contar com um PIB maior do que o do Canadá em 2023 não coloca o país no mesmo nível de desenvolvimento daquele país da América do Norte. Um melhor nível de distribuição de renda faz toda a diferença, assim como um IDH – Índice de Desenvolvimento Humano alto. Uma política de atração de investimentos deve ser agenda permanente do governo, além de investimentos expressivos em educação e qualificação profissional. Um PIB elevado é inegavelmente bom para a economia do país. Mas, isso pode se refletir em muito pouco para a maioria da população quando não vem acompanhado de outros indicadores favoráveis que fazem a diferença entre países desenvolvidos. É preciso considerar o quanto essa riqueza produzida está concentrada, muito mal distribuída por entre a população.

Educação e qualificação profissional

Os programas sociais de transferência de renda revelam-se apenas paliativos na promoção de menos desigualdade. Têm sua função em cenários críticos. Entretanto, somente o avanço na promoção de políticas públicas que garantam educação e qualificação profissional, somadas a geração de empregos mais qualificados, podem capacitar a população de baixa renda para ocupar melhores empregos, com melhores salários. Obtendo-se, assim, melhor qualidade de vida e a oportunidade de subir de classe socioeconômica.

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