Sócio da Parati Móveis, Seu Eloir é um empresário de sucesso em Pinhais

Sócio da Parati Móveis, Seu Eloir é um empresário de sucesso em Pinhais

por Noelcir Bello

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Seu Eloir Hilario Laux casou-se com Dona Maria Leonilda em 1973, em Porto Vitória.  O casamento foi realizado às pressas, pois seu sogro tinha planos de morar em Curitiba e queria levar Dona Maria junto.

De acordo com Seu Eloir, devido a pressa do sogro para vir morar em Curitiba, o casal não teve tempo de preparar nada. Por isso, foi necessário que morassem inicialmente com o avô. Após alguns meses, comprou duas vacas, galinhas, porcos e, então, decidiu que iria conhecer Pinhais.

Ao chegar à cidade, na mesma hora, já foi contratado para trabalhar no ramo de móveis. Retornou ao trabalho antigo por mais trinta dias e voltou para Pinhais, que ainda pertencia a Piraquara, na época. “Comecei a trabalhar no ramo com ex-prefeito Cassiano, que era o patrão do meu cunhado, o Nelson, que veio a ser compadre de Cassiano. Lá trabalhei até 1985”, contou.

O que mais animou Seu Eloir foi o salário que triplicou, passando para 400 cruzeiros, sendo que em sua cidade recebia 160 cruzeiros.

Chegada ao Vargem Grande

Quando foi morar no terreno do sogro, ficou em uma casinha cheia de frestas, mas isso nunca foi um problema. Eloir contou ainda que naquela época ainda era possível pescar nos rios de Pinhais. “Quando cheguei ao Vargem Grande, pescava no Rio Palmital. Do rio, tirei também toda a areia para construir a minha casa. Caçávamos pássaros, codornas e os fritávamos para comer’, lembrou Eloir.

No bairro não existia quase nada, nem moradores. Onde hoje está o posto de combustível, na Rua Clóvis Bevilaqua, havia uma casa, e na esquina do Colégio Mathias ficava o ponto final de ônibus. O ônibus que circulava era de propriedade do Nego Bimba. Algumas quadras abaixo havia o salão do Bimba.

Ninguém na região tinha carro, e ruas abertas eram raras. O primeiro a comprar um carro na família foi o Nelson, meu cunhado. “Ele comprou um fusca 68, mas para abastecer precisava ir até o Capão da Imbuia, em Curitiba, posto que atende até hoje. Também era comum ir a Piraquara, onde o posto também atende até hoje, na avenida, em frente à igreja matriz de Piraquara”, contou.

Sociedade com os cunhados e sogro

Após nove anos de empresa, Eloir decidiu sair. Fez acerto e precisou da companhia do cunhado para retirar no banco os 800 mil cruzeiros que usou para pagar a entrada do terreno, onde construiu a sua empresa. “O pacote de dinheiro era muito grande, precisava de ajuda de alguém. Dei esse dinheiro de entrada e financiei o resto”, explicou.

Seus cunhados e sogro já tinham começado a empresa de marcenaria e, inclusive, seu filho mais velho, aos 12 anos, já trabalhava com eles. Em 1985, na gestão do prefeito Zielonka, Seu Eloir entrou como sócio com os cunhados e, assim, registraram a empresa. Como Eloir tinha feito o acerto no emprego, ficou durante um ano trabalhando sem salário. Para construir a casa ele comprou as madeiras na antiga empresa.

Após algumas tentativas na Receita, o nome da empresa foi o primeiro a ser aprovado. O nome veio de uma espécie de peixe e também faz referência ao atendimento, “Parati”. Já para logomarca, foi escolhida a árvore símbolo da região, os Pinheiros, que tomavam conta dos terrenos no bairro.

Começaram fabricando portas e janelas

No início fabricavam portas e janelas, pois Seu Eloir era expert nisso, mas, com o passar dos anos, migraram para móveis sob medida, atendendo clientes finais. Ficaram conhecidos pela propaganda boca a boca. Fizeram desde móveis para hospitais a bancos de igreja.

Os sócios não lembram a existência de nenhuma fabrica de móveis em Pinhais naquela época, apenas no Capão da Imbuia, o que facilitou o crescimento da empresa.

Foram comprando máquinas usadas, e para construir o barracão compraram umas casas da rede (trem). E essas madeiras permanecem até hoje. Muitos anos depois, conseguiram ampliar o barracão em alvenaria. Os três permanecem desde o inicio juntos, Seu Eloir, o Nelson e Osni, cada um cuida de um setor da empresa.

Momento da economia do país

Ao falar da situação da econômica do país, os sócios afirmam que por conta da Copa do Mundo 2014, desde o ano passado, está difícil conseguir novos clientes.

Com a empresa, conseguiram construir as casas de cada um dos sócios, porém nada que dê para pensar em futuro garantido. Mesmo aposentado, Seu Eloir continua trabalhando e conseguiu melhorar a sua condição de vida, mas, segundo ele, nada demais.

Estão conseguindo manter a empresa, apesar de que em 2015 tendem a fechar no vermelho. “Já passamos por outras épocas muito difíceis. O importante é manter um nome limpo, com crediário junto aos fornecedores, para se caso precisarmos de alguma coisa”, afirmaram.

De acordo com os sócios, a cidade tem acreditado mais no trabalho da Parati Móveis. O público alvo é a classe média e alta, pois pela qualidade dos materiais utilizados, os preços são diferenciados.

Continuidade garantida através dos filhos

Seu Eloir pretende deixar a empresa para os filhos e passar a se dedicar ao seu hobby preferido, a pesca. Seu Nelson também pensa em descansar um pouco e acompanhar o trabalho do filho e dos sobrinhos. Já Osni trabalha no escritório da empresa, cuidando da parte burocrática, juntamente com a filha, que também deve continuar o trabalho com os primos.

Acreditam que o grande diferencial da Parati sempre foi o de respeitar o sossego dos vizinhos, nunca trabalhando em horários que pudessem atrapalhar o sossego dos outros. O segredo de manter uma sociedade saudável é o respeito, confiança, honestidade a amizade entre os sócios e colaboradores.

Serviço

A empresa está localizada na Rua Clóvis Bevilaqua, 270, no Vargem Grande. Contato através do telefone: (41) 3667.2717 ou através do email: paratimoveis@gmail.com.

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