No dia 22 de setembro foi realizada a capacitação para a área técnica de Vigilância Ambiental da 2ª Regional em Saúde sobre “Atendimento Antirrábico”. O curso foi coordenado pela médica veterinária Juliana Batista Andrade Silva e direcionado para médicos e enfermeiros das unidades básicas de saúde do município e a equipe da Visa (Vigilância em Saúde).
A programação abordou a atualização em atendimento antirrábico humano, epidemiológico, notificação, condutas de profilaxia pré e pós-exposição. Também foram abordadas informações sobre as formas de transmissão, tipos de vacina, encaminhamento e condução na pré e na pós-exposição.
Raiva Humana
O atendimento antirrábico tem por objeto o combate à raiva humana, caracterizada como uma encefalite viral aguda e progressiva, transmitida pela mordedura, lambedura ou arranhaduras provocadas por mamíferos infectados como cães, gatos, morcegos e inclusive o homem. É uma doença passível de ser eliminada no ciclo urbano pela existência e disponibilidade de medidas eficientes de prevenção. A raiva é considerada uma doença grave, com um alto nível de letalidade.
Sintomas
Os principais sintomas da raiva surgem após o período de incubação, durando entre dois a dez dias. Os pacientes apresentam mal-estar geral, pequeno aumento de temperatura, anorexia, cefaleia, náuseas, dor de garganta, entorpecimento, irritabilidade, inquietude ou sensação de angústia.
Profilaxia pré e pós-exposição
A profilaxia da raiva humana é o procedimento realizado por profissional médico ou enfermeiro com avaliação das medidas a serem adotadas para prevenir ou atenuar a doença a partir de critérios predefinidos para cada situação.
A profilaxia pré-exposição é indicada às pessoas com risco de exposição permanente ao vírus, como os profissionais da área da saúde (médicos, enfermeiros, veterinários, etc). Já a profilaxia pós-exposição deve ser indicada o mais rápido possível nas seguintes situações: quando o animal não puder ser observado e houver dúvidas a respeito do seu estado de saúde no momento do acidente; se o animal adoecer, morrer ou desaparecer durante o período de observação de 10 dias; e se houver contato comprovado do possível transmissor com morcegos imediatamente antes do ocorrido.
Atendimento
Na ocorrência de algum tipo de contato com animal raivoso, especialmente se for um animal de rua, mesmo que não apresente qualquer tipo de sintomas, a pessoa deve lavar o local com água e sabão e procurar a unidade de saúde ou pronto socorro mais próximo, para avaliar o risco de ter sido infectado e iniciar o protocolo adequado, que geralmente é feito com várias doses da vacina antirrábica.