sábado, 27 de abril de 2024
Para Maia, solução da renda permanente precisa ser encontrada no teto de gastos

Para Maia, solução da renda permanente precisa ser encontrada no teto de gastos

Presidente da Câmara pede ao Governo que proponha um valor para o novo auxílio, dentro da realidade orçamentária

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), reafirmou que o Governo precisa encaminhar proposta para uma renda mínima permanente que esteja dentro do teto de gastos. Segundo o parlamentar, é preciso encontrar espaços fiscais dentro do limite de gastos previstos para o orçamento do próximo ano, como o fim de alguns programas sociais (seguro defeso e abono salarial, por exemplo), a desindexação do Orçamento e a aprovação das propostas de emenda à Constituição (PECs) dos gatilhos fiscais que regulamentam o teto de gastos.

“A única coisa que está certa é que não vamos desrespeitar o teto de gastos. A partir daí, o Orçamento está dado e vai se construir esse programa e outros dentro do teto. Nessa realidade, vamos encontrar uma saída que atinja mais famílias, com um valor maior”, afirmou.

Auxílio emergencial

Maia afirmou que a Câmara vai trabalhar em conjunto com Governo para definir uma proposta de renda mínima permanente (em substituição ao auxílio emergencial de R$ 600) que esteja de acordo com a realidade fiscal do País. O deputado se encontrou com o presidente Jair Bolsonaro na manhã de quarta-feira, dia 26, mas disse que não tratou do programa de renda mínima permanente.

“Só falamos da dificuldade da prorrogação do valor de R$ 600, ele [Bolsonaro] está pensando numa alternativa até o final do ano, e a Câmara vai olhar com todo o cuidado. A gente sabe da dificuldade do orçamento público”, disse o presidente da Câmara.

“Eu acho que chegamos a um ponto que não cabe ficar discutindo valor. No momento mais difícil defendemos os R$ 600 e a sua prorrogação, mas agora está na hora de o Governo fazer uma proposta, olhar a situação do Orçamento e da dívida pública e criar uma convergência”, disse Maia. “É óbvio que é difícil acabar com o abono salarial e o seguro defeso, mas primeiro é preciso organizar a casa no que gera consenso dentro do Governo”, ponderou.

Bolsonaro suspendeu hoje a discussão do programa Renda Brasil, idealizado para substituir o Bolsa Família, por discordar da proposta da equipe econômica  de acabar com alguns programas sociais para bancar o projeto.

Gatilhos

O presidente da Câmara voltou a defender a aprovação das PECs dos chamados gatilhos fiscais que regulamentam o teto de gastos. O texto está no Senado, e Maia deseja que a proposta, assim que chegar à Câmara, seja apensada à PEC do deputado Pedro Paulo, que já foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), estando no aguardo da criação da comissão especial para debater o tema.

“Precisamos organizar os gatilhos para ver até onde o Parlamento quer cortar as despesas e o Governo encaminhar as propostas”, afirmou.

Fundeb

Sobre a regulamentação do Fundeb, Maia afirmou que propôs ao presidente do Congresso, senador Davi Alcolumbre, a criação de um grupo de trabalho de deputados e senadores para avançar no tema. Segundo ele, o presidente do grupo será um deputado, e o relator será um senador.

De acordo com a PEC promulgada, que tornou permanente o Fundeb, uma parcela da participação da União no investimento na educação será distribuída às redes públicas que melhorarem a gestão educacional e seus indicadores de atendimento escolar e aprendizagem, com redução das desigualdades. São esses critérios que ainda serão regulamentados por lei.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

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