por Noelcir Bello
Luciano Corbellini, natural de Lages, Santa Catarina, é morador de Pinhais há 19 anos. Seu dom e admiração pela arte vêm de berço: sua mãe e irmã são artistas.
Quando criança, Luciano Corbellini expressava a sua arte através dos desenhos, já que adorava copiar figuras. Ao visitar sua irmã em São José (SC), que morava perto de duas empresas de cerâmicas, passou a se interessar por argila. Começou a fazer máscaras em argila e tomou gosta pelas esculturas.
Na década de 80, passou a criar máscaras e objetos utilizando isopor e papel machê, os quais faziam parte de cenários artísticos. Em 1985, quando se mudou para Curitiba, viu uma propaganda da Escola de Música e Belas Artes do Paraná (EMBAP) e decidiu prestar o vestibular. Lá se formou quatro anos mais tarde.
No segundo ano de Belas Artes, em 1987, começou a trabalhar com pedras e por muitos anos essa foi a matéria prima do seu trabalho. “Trabalhei durante anos com pedras, mármores, calcitas e pedras sabão, que, inclusive, é artigo nacional. Por ser um material brasileiro, também era muito usado pelo Mestre Aleijadinho e foi o mesmo material utilizado no Cristo Redentor, do Rio de Janeiro”, lembrou.
Obras requisitadas
Com o decorrer dos anos, passou a diversificar os materiais utilizados em suas obras, até por conta da logística que não é tão simples, tendo em vista o peso da pedra, inclusive. Passou a utilizar principalmente a fibra de vidro, que facilita o trabalho, apesar de exigir uma modelagem antes de dar o acabamento para as peças.
Uma de suas obras foi escolhida para compor o primeiro volume do Dicionário de Artes Plásticas do Paraná. Outra grande obra foi requisitada para ficar exposta na Avenida Paulista, em São Paulo, juntamente com toda a decoração do prédio, próximo ao Parque Ibirapuera. “Na época, tudo foi montado com a temática África e eu fui coordenador de diversos artistas”, comentou Luciano.
A principal característica de suas obras são as curvas, espirais e as formas figurativas, permeando por uma síntese do corpo humano e seus movimentos. Em sua maioria, estas obras acabam em coleções particulares.
Seu trabalho passou a ficar mais conhecido no meio de arquitetos e decoradores, porém, atualmente, vende muito por indicação e até pela internet. Foi professor de desenho geométrico em Curitiba durante treze anos. Já levou seu trabalho para participar de dezenas de exposições em todo o Paraná, São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e até nos Estados Unidos.
Casado com a botânica Rosena, tem duas filhas biólogas, e juntos criaram a empresa Pedra Viva, que produz artesanalmente vasos de pedras onde são cultivados mini jardins. Esse material, junto com as demais obras, é exposto e vendido no Ateliê Corbellini, localizado na Estrada Ecológica. O seu Ateliê faz parte do Roteiro Turístico de Pinhais. Também expõe suas obras na Feira do Largo da Ordem, todos os domingos.
I EVENTUAL no Ateliê Corbellini
No próximo dia 07 de novembro, sábado, das 09h às 18h, será realizado o I EVENTUAL, que irá reunir arte, artesanato, música, gastronomia com chef de cozinha, exposição de cachaças da cachaçaria Raggae Brasil, exposição de motocicletas, exposição de orquídeas e mini jardins, tudo isso atrelado à natureza e diversão. A entrada é franca.
A movimentação no evento será intensa, baseado no interesse, procura e pela grande quantidade de expositores que confirmaram a participação, bem como as presenças já confirmadas de centenas de visitantes. “Convido a todos para participarem e conhecerem as obras em exposição, além de passar um sábado em família, junto à natureza. Você irá engrandecer o seu espírito e renovar suas energias”, garantiu Luciano.
Informações
Para maiores informações acesse o site: www.artwanted.com/LCorbellini; Facebook: PedraVivaminijardins ; ou pelo telefone (041) 3668.9098.