sábado, 27 de abril de 2024
Leishmaniose merece atenção e também afeta pets da cidade grande

Leishmaniose merece atenção e também afeta pets da cidade grande

Leishmaniose
A recente morte de um cachorrinho na cidade de São Paulo acendeu alerta para os tutores de animais que moram em zonas urbanas; prevenção deve começar pelo uso da coleira antiparasitária

A morte de Apollo, um cachorro de 12 anos, por leishmaniose, na cidade de São Paulo, acendeu alerta para os tutores de animais que moram em zonas urbanas. A doença, que embora tenha ficado conhecida por afetar apenas cães restritos à zona rural, mostra que os cuidados com os pets devem ser realizados em qualquer localidade, independentemente de onde vivem. De acordo com Marcio Barboza, médico-veterinário e gerente técnico pet da MSD Saúde Animal, é preciso apostar em medidas preventivas como o uso de coleiras antiparasitárias, que é um dos principais métodos para prevenção da doença.

Leishmaniose visceral: a segunda doença parasitária que mais mata pessoas no mundo A leishmaniose visceral é uma zoonose, causada pelo protozoário Leishmania infantum, transmitido para animais e humanos principalmente através da picada de um flebótomo, que é um mosquito pequeno de hábito crepuscular e noturno.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) a doença possui ampla distribuição mundial, sendo que 90% dos casos estão concentrados em 5 países, estando o Brasil entre eles.

Prevenção é a melhor opção

O veterinário reforça que é muito importante que os tutores sejam informados sobre a importância da prevenção, de acordo, inclusive, com as diretrizes de organizações importantes, como a Brasileish.

“O método primário de prevenção da infecção por Leishmania infantum em cães é por meio do uso de inseticidas tópicos com propriedade repelente, como os produtos à base de piretróides sintéticos. Esse deve ser o principal cuidado do tutor com o pet”, explica.

Ainda, o médico-veterinário alerta para a utilização de coleiras antiparasitárias a base de deltametrina 4%, que é indicada para proteger os pets contra os vetores da leishmaniose. Inclusive, cães a partir de 3 meses de idade já podem utilizar o produto e a recomendação é que sua troca seja feita a cada 4 meses.

 

Estudos comprovam a eficácia das coleiras

Estudos de larga escala têm demonstrado a efetividade do uso de colares impregnados com inseticidas na prevenção e controle da leishmaniose visceral canina como medida de saúde pública no Brasil. No entanto, é importante estar atento na hora de escolher a coleira antiparasitária. Isso porque o tutor precisa entender se o produto que está utilizando tem, em sua formulação, componentes citados pelos especialistas no assunto e se a sua eficácia é comprovada.

 

Limpeza, aliada com a coleira, também ajuda na prevenção

Além disso, outras medidas preventivas são essenciais, como a limpeza da casa, que deve estar livre de matéria orgânica, pois é onde o mosquito transmissor se prolifera; utilização de telas de proteção, principalmente no local em que o pet mais fica; evitar passear com o cão ao entardecer e à noite, quando o mosquito transmissor é mais ativo, e seguir sempre as orientações do médico-veterinário, que é o profissional que vai fornecer todas as informações e cuidados que o tutor precisa para preservar a saúde do cão e de toda a família.

 

Como identificar

A leishmaniose visceral pode ocasionar diversas manifestações clínicas que podem ser confundidas com outras doenças, como: febre, aumento dos linfonodos, baço e fígado, anemia, emagrecimento, alterações dermatológicas, perda de sangue pelo nariz, dentre outros. “Ao notar qualquer alteração em seu pet é importante levá-lo ao veterinário para que ele possa fazer o diagnóstico correto e orientar em relação aos cuidados’, direciona Márcio.

 

A doença tem tratamento, mas não tem cura!

Atualmente, existe tratamento para a doença, embora não promova a cura parasitológica, essa medida pode amenizar as manifestações clínicas do paciente, possibilitando a ele viver com mais qualidade de vida, reduzindo também as chances de transmissão da enfermidade para outros animais e humanos.

Por isso, de acordo o veterinário, é muito importante alertarmos que a prevenção será sempre a melhor opção, uma vez que o tratamento não é curativo. “Prevenindo, evitamos que o animal passe por situações tristes e delicadas, como é o caso do Apollo, além de outros desgastes emocionais e custos financeiros”, finaliza.

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