domingo, 19 de maio de 2024
Greca lança Zeladoria Digital, sistema de detecção de problemas nas ruas de Curitiba

Greca lança Zeladoria Digital, sistema de detecção de problemas nas ruas de Curitiba

Zeladoria Digital
A nova ferramenta utiliza um sensor, acoplado a carros da frota da Prefeitura e de aplicativo, para monitorar a situação das ruas, avaliar o pavimento e outros elementos que a compõem

O prefeito Rafael Greca lançou no dia 21, no Smart City Expo Curitiba 2024, a nova ferramenta que utiliza um sensor, acoplado a carros da frota da Prefeitura e de aplicativo, para monitorar a situação das ruas da cidade, avaliar o pavimento e outros elementos que a compõem.

Ao detectar que há um buraco na rua, por meio da inteligência artificial, a tecnologia abre automaticamente um protocolo de solicitação do serviço para ser executado pela Prefeitura.

“A Zeladoria Digital é uma realidade para nós, na Prefeitura de Curitiba. Usamos a inteligência artificial a favor do zelo que temos com a nossa cidade”, declarou o prefeito.

O Smart City Expo Curitiba 2024, que tem apoio da Prefeitura da capital e do Vale do Pinhão, está alinhado ao compromisso da cidade pelo zelo da inovação.

O projeto da Zeladoria Digital foi desenvolvido pelas secretarias de Administração, Gestão de Pessoal e Tecnologia da Informação (Smap) e do Governo Municipal (SGM) e está em conformidade com o conceito de cidades inteligentes, que são mais proativas e usam a tecnologia para se antecipar à resolução de problemas.

“A implantação dessa Zeladoria Digital é um exemplo de como a tecnologia pode auxiliar a administração pública a identificar e corrigir os problemas”, disse o prefeito, que também complementou que Curitiba é pioneira ao usar a tecnologia como aliada, citando como exemplo o aplicativo Saúde Já e o App Curitiba, que disponibiliza vários serviços ao cidadão pelo celular.

 

Sensores na suspensão

São 35 veículos, entre carros da frota da Prefeitura e de aplicativo, que registram de forma permanente informações detalhadas sobre as ruas, de forma aleatória ou programada (no caso dos veículos da administração municipal). Os veículos têm um sensor na suspensão e uma câmera fotográfica no para-brisa interligados a um aplicativo no celular dos motoristas.

O vice-prefeito e secretário de Estado das Cidades, Eduardo Pimentel, enalteceu o trabalho da atual gestão no cuidado com a cidade.

“Essa ferramenta vai fortalecer cada vez mais o zelo que a Prefeitura tem pela cidade. Eu vi uma imagem na apresentação de uma rua de saibro, isso vai acabar aqui em Curitiba. Até o fim do ano vamos pavimentar todas as ruas legalizadas que ainda são de chão batido”, disse Eduardo Pimentel.

 

Mais de 4,3 mil protocolos

De janeiro de 2023 a março de 2024, o aplicativo Zeladoria Digital abriu mais de 4.300 protocolos relativos a buracos nas ruas. Mais de 70% dos protocolos foram resolvidos.

Parte dos protocolos finalizados sem atendimento se tratavam de outros elementos presentes nas vias que a IA entendeu como buracos – como poços de visita e caixas de captação – e, portanto, não entraram no total de solicitações atendidas.

 

Melhoria para o cidadão

“Essa é mais uma ferramenta de inteligência artificial que a Prefeitura de Curitiba está incorporando no seu leque tecnológico para melhorar a vida do cidadão. A Smap estudou a melhor configuração e optamos por fazer parcerias com as empresas de aplicativos”, disse o secretário Alexandre Jarshel.

Os números demonstram que os veículos que circulam por Curitiba diariamente cobrem praticamente 96% das vias da cidade todo mês, utilizando georreferenciamento e inteligência artificial.

Segundo os dados levantados, mais de 57% das ruas estão boas ou ótimas. Ainda que os veículos registrem determinado buraco mais de uma vez, o sistema faz o registro uma única vez.

Além de buracos, fissuras na pista, placas, tampas dos poços de visita (PV) e outros elementos são fotografados, identificados e analisados pela inteligência artificial. As informações são verificadas pelas equipes dos Distritos de Manutenção Urbana, sob a coordenação da Secretaria do Governo Municipal.

A verificação é apenas o começo desse novo trabalho, já que é possível verificar também a altura das placas e a iluminação das ruas.

 

Funcionamento na prática

“Hoje temos um sistema de monitoramento automático e permanente, que facilita o planejamento das ações. As informações nos ajudam na tomada de decisões. Temos priorizado os trabalhos nas ruas a partir destes dados. A recuperação de ruas como a Nicola Pellanda, no Umbará, a Cyro Correia Pereira, na CIC, e a Nilo Peçanha, no Bom Retiro, foram priorizadas a partir destas informações”, exemplifica o engenheiro Paulo Lucca, da SGM, que fez a apresentação da Zeladoria Virtual através de um vídeo.

Ele acrescentou que, conforme o tipo de via, é necessária a manutenção preventiva ou a reciclagem. Os eixos de ligação da cidade, as ruas que têm fluxo de linhas de ônibus e grande tráfego de veículos têm prioridade, de acordo com a disponibilidade de recursos.

A decisão final depende de validação das equipes da Prefeitura, análise do Ippuc (Instituto de Pesquisa e Planejamento da Cidade) e só então é incluída na programação das secretarias de Obras Públicas e do Governo Municipal, responsáveis pelas licitações.

 

Cidade inteligente

O gerente de sistemas e aplicação, Vinicius Fagundes, e o coordenador da área de sistemas do Instituto das Cidades Inteligentes (ICI), Felipe Augusto de Azevedo Rezende, comemoram a utilização do novo sistema, que começou a ser experimentado em 2022, quando teve início a prova de conceito – PoC, sigla em inglês para proof of concept, recurso utilizado para testes na área de tecnologia.

“Cidades inteligentes são mais proativas, não tão reativas. Se antecipar com o uso da tecnologia é ser uma cidade inteligente”, declara Felipe Rezende. Ele destaca que a malha viária de Curitiba é muito boa.

 

Complementar ao 156

Independentemente do aplicativo Zeladoria Virtual, o cidadão pode continuar a registrar suas demandas pela Central 156 ou buscar a sua regional, unidade descentralizada conforme o bairro onde mora. A tendência é que o aplicativo amplie os elementos registrados nas vias públicas, tais como lixo, pichação, coleta vegetal, roçada, terreno baldio e sinalização.

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