Enquanto a esquerda “elege” o governador Tarcísio de Freitas como nome da direita, Ratinho Júnior declara-se pré-candidato
Jornalista responsável dos jornais do Grupo Paraná Comunicação (A Gazeta Cidade de Pinhais, A Gazeta Região Metropolitana, Agenda Local e Jardim das Américas Notícias)

Enquanto a esquerda “elege” o governador Tarcísio de Freitas como nome da direita, Ratinho Júnior declara-se pré-candidato

A disputa pela presidência da República, em 2026, ganhou, durante a semana, atenção na imprensa a partir de especulações, comentários e declarações sobre os potenciais presidenciáveis. O nome do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), foi pontuado pelo ex-ministro José Dirceu (PT), uma importante liderança, ainda, dentro do PT. Na avaliação de Zé Dirceu, em conversa durante ato em memória ao golpe de 64, na PUC-SP, a elite de São Paulo já teria abraçado a candidatura de Tarcísio a presidente. Para o petista, a direita não quer Bolsonaro, que deverá responder pelos seus crimes. Logo, Tarcísio de Freitas seria o candidato já escolhido pela direita, de acordo com o petista.

 

“Elite” financeira e eleições

Bem, quando Zé Dirceu refere-se a direita já ter escolhido seu candidato a presidente, o petista unicamente refere-se à elite financeira de São Paulo, que popularmente é referida como “Faria Lima”. Ou seja, na avaliação de Zé Dirceu, quem elegeria o presidente da República seria tão somente o pessoal da “Faria Lima”. A avaliação do petista, porém, contém, apenas, uma meia verdade, quando se refere ao poder do mercado financeiro em influenciar eleições presidenciais. De fato, qualquer candidato a presidente que não agradar e conquistar a confiança do mercado, definitivamente, encontra-se derrotado. Contudo, não basta, apenas, agradar ao mercado. A elite financeira não tem votos o suficiente para eleger candidato algum. É preciso conquistar os votos do povão, das classes média, principalmente, a média baixa e as classes baixas. Tais faixas de eleitores concentram a maioria do eleitorado e são decisivas durante qualquer pleito.

 

“Pobre de direita”

O ex-presidente Bolsonaro tem grande penetração entre as classes média e mais baixas, a exceção do Nordeste. Quando Zé Dirceu diz que a direita não quer Bolsonaro presidente, generaliza de forma absurda, como se a direita se resumisse a elite financeira, o empresariado e o agronegócio. O eleitorado evangélico, por exemplo, tendeu, nas duas últimas eleições presidenciais, a votar em peso no candidato de direita Jair Bolsonaro. Assim como outros grupos de eleitores de direita presentes nas classes média e baixa.

 

Reversão da inelegibilidade

Por falar no ex-presidente Jair Bolsonaro, em entrevista à Folha de São Paulo publicada no sábado (28/03), disse que deverá tentar, até onde puder, candidatar-se a presidente da República, em 2026, apostando na reversão de sua inelegibilidade. Deixou claro que não quer nem ouvir falar em sucessor na direita, por ora. Tanto que baixou a bola de Tarcísio de Freitas, dizendo que é um bom político, como diversos outros possíveis candidatos da direita, mas não é excepcional. O ex-presidente, inclusive, tem acenado para aproximações com os governadores Ronaldo Caiado (União), Romeu Zema (NOVO) e Ratinho Júnior (PSD), todos três, presidenciáveis, em 2026.

 

Reeleição de Tarcísio

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), também, é outro que tenta, talvez, desconversar, sobre eventual candidatura a presidente do governador de São Paulo. Na quarta-feira (02/04), disse a imprensa que Tarcísio não deverá buscar a presidência da República, em 2026. O governador deverá preferir buscar a reeleição, preparando-se e consolidando seu nome para disputar a presidência da República, apenas, em 2030, depois de oito anos no Governo de São Paulo. Nunes ainda acrescentou que Tarcísio, também, aposta na reversão da inelegibilidade de Bolsonaro.

 

Pré-candidatura oficial

Já no Paraná, o nome do governador Ratinho Júnior (PSD) como pré-candidato à presidência da República tem crescido, expressivamente. No início da semana, o governador do PSD, pela primeira vez, declarou oficialmente sua intenção de concorrer em 2026 a presidente da República. O anúncio de sua pré-candidatura foi feito durante um almoço oferecido no Palácio Iguaçu a deputados estaduais da base aliada. Entre os parlamentares entusiastas da candidatura do governador a presidente, estão os deputados Ademar Traiano (PSD), Luis Cláudio Romanelli (PSD) e Ney Leprevost (União). Os três, sem demora, discursaram na tribuna, durante sessão em plenário, em defesa do lançamento da candidatura de Ratinho Júnior a presidente. Leprevost, apesar de estar no União Brasil, mesmo partido do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, pontuou pôr um fim a “autofagia” paranaense, defendendo que o estado deve se valorizar e apoiar um nome local para a presidência da República e que chegou o momento do governador representar este nome. Traiano evidenciou o momento histórico pelo qual passa o Paraná, a partir de uma economia pujante, a quarta do país, tendo ultrapassado o Rio Grande do Sul.

 

Portfólio de resultados

Certamente, o nome de Ratinho Júnior lançado a presidente da República será motivo de orgulho ao Paraná. Mais do que motivo de orgulho, o governador tem o que mostrar ao país inteiro em termos de obras, projetos, programas e investimentos. É um governador que, em dois mandatos, tem trazido resultados muito positivos ao estado e à população. Tanto que, Ratinho Júnior, nas últimas semanas, tem intensificado sua atuação a nível nacional, tendo em vista tornar-se mais conhecido por todo o país. Entre os encontros, já esteve discursando para empresários de Brasília, no encontro LIDE, de lideranças empresariais. E mais recentemente, em Pernambuco, onde, além de encontros políticos, palestrou para empresários.

 

Bênção de Kassab

O cacique nacional do PSD, Gilberto Kassab, tem colaborado para enaltecer o nome de Ratinho Júnior em entrevistas nacionais. Tem defendido candidatura própria do PSD, em 2026, para presidente, e dito que o nome de Ratinho Júnior tem sido o mais cotado.

 

81% de aprovação

Um dado interessante, divulgado na semana passada, vem da pesquisa Futura Inteligência, que aponta um empate técnico entre Ratinho Júnior e Lula, numa simulação de segundo turno. O governador do Paraná aparece numericamente à frente de Lula, com 40,6% das intenções de voto. Enquanto o petista, com 37,2%. Como a margem de erro do levantamento é de 3,1%, houve um empate técnico. A pesquisa foi realizada por telefone com mil entrevistados entre os dias 12 e 22 de março. Lembrando, ainda, que o governador tem sido o mais bem avaliado entre os governadores das regiões Sul e Sudeste, de acordo com a pesquisa Genial/Quaest divulgada em 27 de fevereiro, somando 81% de aprovação popular.

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