sábado, 21 de setembro de 2024
Eduardo Pimentel cresce e conquista ampla vantagem, de acordo com últimas pesquisas

Vanessa Martins de Souza

Jornalista responsável dos jornais do Grupo Paraná Comunicação (A Gazeta Cidade de Pinhais, A Gazeta Região Metropolitana, Agenda Local e Jardim das Américas Notícias)

Eduardo Pimentel cresce e conquista ampla vantagem, de acordo com últimas pesquisas

A cerca de quinze dias da data de votação, novas pesquisas eleitorais para a Prefeitura de Curitiba apontam crescimento expressivo da candidatura de Eduardo Pimentel (PSD), consolidando a liderança do vice-prefeito de Curitiba na disputa. Contudo, a possibilidade de um segundo turno tem sido cada vez mais provável devido ao grande número de candidatos, o que deve pulverizar muito os votos entre os dez postulantes ao cargo do Poder Executivo.

Divulgada no dia 17, terça-feira, a pesquisa Quaest, encomendada pela RPC, aponta o crescimento de Pimentel em 19%, desde o último levantamento realizado no final de agosto. Na estimulada, o candidato do Greca e do governador Ratinho Junior está com 36% das intenções de voto. O segundo colocado é o deputado federal e ex-prefeito Luciano Ducci (PSB), que perdeu pontos, aliás. De 18% passou para 15%. O candidato apoiado por Sérgio Moro, Ney Leprevost (União) aparece com 12%, verificando-se um empate técnico com Ducci, uma vez que a margem de erro é de 3% para mais ou para menos.

 

Requião perde pontos

Outro candidato que perdeu pontos é o Requião (Mobiliza) que, na pesquisa anterior, estava com 18% e nesta está apenas com 8%. Já a conservadora Cristina Graeml (PMB) e o ex-prefeito de Pinhais, Luizão Goulart (SD), estacionaram nos 5% e 4%, respectivamente, na comparação com o último levantamento. A candidata do PP, Maria Victoria, perdeu um ponto, tinha 4% passou para 3% e a do PSOL, Andréa Caldas, também, passando de 2% para 1%. Samuel Mattos (PSTU) estacionou em 1% e Felipe Bombardelli (PCO) em 0%.

 

Crescimento de 11% na espontânea

Na espontânea, o vice-prefeito, também, vai muito bem: de 9% subiu para 20%. Ducci de 3% para 7% e Graeml de 2% para 4%. Leprevost de 1% para 4%, Requião de 1% para 2% e Luizão Goulart estabilizou em 1%. Maria Victoria perdeu 1%, não tendo sido citada espontaneamente pelos entrevistados.

 

60% de indecisos

O percentual de indecisos caiu de 81% para 60%. A pesquisa foi realizada entre 14 e 16 de setembro com 900 eleitores.

 

Empate técnico entre Ducci e Leprevost

Outro levantamento, este encomendado pela RIC TV, é o do Instituto IRG, divulgado no dia 18, quarta-feira. A ampla vantagem de Pimentel está no mesmo patamar: 35% na pesquisa estimulada. Ducci tem 17% e Leprevost 11%. Requião está com 9,5%, Graeml com 7%, Luizão com 3%, Maria Victoria com 2,90%, Andréa Caldas com 0,50%, e Bombardelli e Mattos com 0,1% cada. Novamente, um empate técnico entre Ducci e Leprevost, assim como Requião está empatado com o candidato do União Brasil, pois, a margem de erro é de 3,47%. As entrevistas foram realizadas com 800 pessoas entre os dias 13 e 17 de setembro.

 

36,8% de indecisos

O percentual de indecisos na espontânea é menor que no da Quaest: 36,8%, porém, mesmo assim, ainda é um número alto, considerando a proximidade da data da eleição. Ou seja, tanto um levantamento como outro demonstra que há muitos eleitores indecisos. Este percentual, no mínimo, iguala-se ao percentual de intenção de voto do candidato apontado como o mais votado. É muita gente ainda que os candidatos precisam persuadir para conquistar um voto de confiança.

 

Reta final

Nestes próximos quinze dias, a campanha entra em sua reta final. É a etapa do “tudo ou nada”. De agora em diante, qualquer passo em falso pode pôr tudo a perder. Bem como as estratégias mais acertadas poderão ser decisivas, atingindo-se um ponto de não retorno. Muito difícil, historicamente, uma grande virada nos últimos quinze dias de campanha. Impossível não é. Contudo, é uma hipótese bem menos provável. A tendência, salvo um ponto fora da curva muito improvável, é a tendência de manutenção da liderança de Eduardo Pimentel. Mas nada que possa garantir vitória no primeiro turno.

 

Segundo turno com Ducci ou Leprevost

A perspectiva é a de que teremos um segundo turno entre Pimentel com Ducci ou Leprevost. A possibilidade de Leprevost chegar a frente de Ducci não é pequena, uma vez que o ex-prefeito representa uma candidatura de esquerda, que tem o PT na coligação, algo que o curitibano médio, de forma geral, não costuma tolerar. E, de acordo com a Quaest, o candidato da frente de esquerda já perdeu pontos.

 

Candidaturas de direita

Já o candidato Leprevost representa uma candidatura de direita, que conta com o apoio de Sérgio Moro e que, inclusive, tem a esposa do ex-juiz da Lava-Jato, deputada federal Rosângela Moro, na chapa, de vice. É um candidato muito mais identificado com o eleitorado tipicamente curitibano, mais afeito a direita do espectro político do que a esquerda. Mas, para Pimentel, sem dúvidas, será muito mais fácil enfrentar o candidato da frente de esquerda, Ducci, do que um de direita, como Leprevost.

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