O prefeito de Curitiba, Rafael Greca, assinou no dia 22 de março, no Smart City Expo Curitiba, a Ordem de Serviço para as obras do marco inicial da Reserva Hídrica do Futuro (RHF). A intervenção vai transformar 300 mil m² de área de antigas cavas de produção de argila e areia às margens do Rio Iguaçu, no Umbará, em um parque com espaços de convivência, lazer e esporte.
Serão R$ 4,5 milhões investidos em estruturas urbanas e equipamentos públicos que vão ajudar a promover a preservação da região.
A Reserva Hídrica do Futuro é um programa do governo municipal de resiliência e adaptação às mudanças climáticas. Prevê a interligação das antigas cavas de exploração de areia do Rio Iguaçu, que possuem potencial para formação de lagos de acumulação, para futura captação e uso da água.
Levantamentos preliminares indicam a capacidade de preservação de 43 bilhões de litros somente na área da RHF, dentro dos limites de Curitiba.
“O grande rio das Cataratas também vai ser o rio que vai dar água de beber para os curitibinhas. Nossa missão é prevenir, sempre e mais. Não queremos seca, furações, gente morando em barrancos de rios”, disse o prefeito, durante a assinatura, no Centro de Eventos Positivo do Parque Barigui.
O vice-prefeito e secretário de Estado das Cidades, Eduardo Pimentel, a secretária municipal do Meio Ambiente, Marilza Dias, o secretário do Governo Municipal e presidente do Ippuc, Luiz Fernando Jamur, e os representantes da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) Delphine Le Duff e Rogério Barbosa, participaram da solenidade, acompanhados por administradores regionais, técnicos e servidores municipais e visitantes da exposição.
“Este é um projeto alinhado ao PlanClima, em que temos objetivos bem definidos em relação à segurança hídrica do município. Vai nos garantir abastecimento em períodos de escassez e ainda preservar a biodiversidade local”, avalia Marilza Dias, secretária Municipal do Meio Ambiente.
O marco inicial é o lugar de um antigo parque particular na década de 1980 e terá as orlas dos grandes lagos repaginada, com praça de contemplação, deck, pistas de caminhada, ciclovia, parquinho, sedes da Guarda Municipal e da Secretaria Municipal do Esporte, Lazer e Juventude, estacionamento, entre outros equipamentos. Os serviços serão executados pela empresa Almeida Araújo Construção Civil.
Legado da gestão
Na oportunidade o vice-prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel, destacou. “Temos aqui mais um legado desta gestão, que se preocupa hoje com os recursos que serão usados pelas futuras gerações. É a cidade inteligente que alia criatividade à tecnologia. As políticas públicas precisam ser pensadas em conjunto e aqui temos um exemplo dessa articulação entre a Prefeitura de Curitiba, o Governo do Estado e as cidades da região metropolitana”, observou o vice-prefeito Eduardo Pimentel.
Ocupação ordenada
A criação da Reserva Hídrica também vai orientar e regulamentar as atividades desenvolvidas na região, sem abrir mão da sustentabilidade ambiental, social e econômica. O objetivo é minimizar os riscos, os impactos e danos relacionados a enchentes e inundações, propor um plano urbanístico que preveja acessos compatíveis e uma ocupação sustentável, para reverter a tendência de invasão.
A área total da RHF é estimada em 21 km², sendo 70% em área de água e lagos. As ações abrangem nove bairros em quatro regionais.
Agência Francesa
O projeto foi apresentado à Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), durante a missão de reconhecimento em Curitiba, onde o órgão já financia a construção do Bairro Novo da Caximba. A equipe chefiada por Delphine Le Duff, formada pelo gerente de projetos Rogério Barbosa e a especialista em ESG, Carine Chevallier, cumpre agenda de trabalho para aprofundamento no projeto da RHF e o Ecodistrito do Umbará/Ganchinho e do Rio Belém.
“Estamos felizes de acompanhar Curitiba em projetos urbanos ambiciosos. A AFD é parceira da cidade desde 2007. Entendemos que os investimentos de longo prazo feitos agora é preparam para o futuro”, disse Delphine Le Duff, chefe de equipe da AFD.