A cultura do cancelamento chegou às raias da loucura durante a semana. O jogador de vôlei Maurício Souza, da seleção brasileira, medalha de ouro nas Olimpíadas de 2016, foi afastado e depois demitido do Minas Tênis Clube, por criticar o ativismo LGBT no esporte e em animações. Tudo porque o atleta fez alguns posts nas redes sociais criticando o uso da linguagem neutra em nova novela da Rede Globo, a criação de um Super-Homem bissexual pela DC Comics e a inclusão da atleta transexual Gabrielle Ludwig na seleção feminina de basquete dos EUA. Ludwig tem 50 anos, já serviu a Marinha americana e apresenta estatura e estrutura física bem maior e mais forte que as demais jogadoras.
A Torcida Independente não gostou dos posicionamentos supostamente homofóbicos do atleta, que já foi considerado o melhor central da Liga Mundial de Vôlei, e começou a fazer uma campanha de cancelamento contra ele nas redes sociais. Os patrocinadores foram pressionados, a Fiat e a Gerdau, para apoiar o cancelamento e acabaram cedendo.
Ditadura e “censura”
Muito triste o que vem acontecendo com o atleta e com o que tem acontecido a partir de uma patética cultura do cancelamento contra qualquer personalidade famosa que adote publicamente uma opinião ou faça algum comentário que desagrade a patrulha do politicamente correto. O próprio atleta disse que não é homofóbico, mas, apenas, critica o ativismo LGBT, pensando na defesa das crianças em relação a possíveis influências em sua formação, por exemplo, ao depararem com um Super-Homem bissexual.
Imposição de parâmetros LGBTs
Se o atleta está certo ou errado em pensar que crianças possam ser influenciadas em sua orientação sexual por simplesmente assistirem a uma animação onde o super-herói é bissexual, não vem ao caso. O ponto preocupante é a imposição de uma ditadura, sim, uma verdadeira ditadura do pensamento único. Ou seja, não se pode mais, sequer, discordar de nada que contrarie os interesses de ativistas de todos os naipes, desde LGBTs, ambientalistas, feministas, o movimento negro e demais movimentos ditos de defesa das minorias. Essa turma toda, está cada vez mais evidente, não quer somente igualdade de tratamento, combater preconceitos e discriminação, ou defender o respeito às minorias e ao diferente. Não é inclusão das minorias o objetivo. O objetivo é o contrário: incluir a maioria em seus parâmetros. Incluir a maioria dentro de padrões das minorias. Só que a maioria não foi consultada se quer ser incluída em parâmetros ditados por minorias que se sentem no direito de impor goela abaixo de toda uma sociedade o que considera mais adequado para supostamente se combater preconceitos e promover inclusão. Mas, quem discorda dessa política gestada por ideólogos progressistas é sumariamente tachado de “preconceituoso”, ”reacionário”, ”retrógrado”, ou coisa pior.
Intolerância e preconceito dos ativistas
Essa postura impositiva dos ativistas em defesa das minorias é o que se configura verdadeiramente como intolerância e preconceito. Ditadura, censura velada e arrogância de uma turma que não sabe lutar por seus direitos com elegância, civilidade e respeito às diferenças de opinião. Ninguém é obrigado a concordar, a até achar bonito e bacana, como querem os ativistas, modificações ridículas em nossa língua portuguesa, por exemplo, com o único intuito de quebrar preconceitos e discriminações de gênero. A linguagem neutra chega a ser patética, pervertendo nossa língua nativa de uma forma que em nada irá contribuir para a igualdade de gênero. Não será mediante meras trocas de vogais nas palavras femininas e masculinas que vamos combater o machismo.
Imposição desrespeitosa
Forçar a barra, também, é a criação de um Super-Homem bissexual e outras modificações que se tem feito em tradicionais super-heróis. Uma coisa é respeitar a orientação sexual das pessoas. Outra bem diferente é tentar impô-la a toda uma sociedade, não escapando nem a orientação sexual de personagens fictícios já impregnados no imaginário popular. Onde está o respeito pela heterossexualidade do Super-Homem? É preciso respeitar a heterossexualidade das pessoas, também. Isso não tem nada a ver com ser homofóbico. Respeito é uma via de mão dupla.
Mas, o cúmulo do absurdo é a inclusão de atletas trans em equipes de gênero diferente ao biológico. Por razões óbvias, por uma questão biológica. Por mais que um indivíduo se sinta pertencente a outro gênero, e tenha feito a transição, ainda, biologicamente sua estrutura física continua a mesma do gênero de seu nascimento. O que torna as competições injustas, desiguais e discrepantes. Uma loucura total, enfim, buscar subverter a realidade lógica em nome da luta contra o preconceito às minorias, em nome da inclusão.
Progressismo levará a retrocessos
É muito lamentável a que ponto o mundo chegou e para onde caminha. A agenda progressista tomou conta do mundo ocidental a um ponto de não retorno. Somente em ditaduras comunistas como a China e Cuba as minorias não têm vez, a exemplo dos LGBTs. Em Cuba, foram muitos para o paredão. Na China, há duras proibições do governo em torno desse tipo de promoção da cultura LGBT. Muito estranho ver tantos LGBTs fãs de Che Guevara e adeptos de ideais de esquerda, achando que a China é capitalista. Capitalista na economia, mas, politicamente, no governo, é comunista. Será que não sabem que o progressismo é apenas uma “isca de liberdade” antes da tomada total do poder que culmina em ditaduras onde as minorias não têm espaço? O mundo, definitivamente, enlouqueceu e emburreceu. ”Cria corvos e eles te comerão os olhos”. É isso o que nos espera se cedermos aos ditames de agendas progressistas que falsamente estão preocupadas com a inclusão de minorias.
Uma resposta
Perfeito!