sexta-feira, 26 de abril de 2024
UTI Neo Natal do Hospital São José utiliza polvos de crochê na recuperação dos recém-nascidos

UTI Neo Natal do Hospital São José utiliza polvos de crochê na recuperação dos recém-nascidos

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Há um mês, a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neo Natal do Hospital e Maternidade São José (HMMSJP) está utilizando polvos de crochês no tratamento dos bebês prematuros. “Eles [polvos] remetem ao cordão umbilical. O bebê se sente ainda no útero”, explica a Coordenadora da UTI Neo Natal, Ana Paula de Moraes Maia Barros. Essa técnica, conhecida como Projeto Octus (ou Projeto Polvo), surgiu na Dinamarca em 2013 e, desde então, tornou-se conhecida por todo mundo.

Apesar de não existirem estudos científicos que comprovem a eficácia desse tratamento, Ana Paula afirma que a utilização tem sido benéfica. “Os bebês ficam mais calmos porque o contato ajuda na diminuição da dor, do desconforto e ajuda também na redução do estresse. A equipe percebe que tem crianças que se apegam ao polvo e não desgrudam mais. O efeito tem sido positivo, inclusive porque não necessitamos de intervenção farmacológica”, conta ela.

O projeto tem ajudado esses recém-nascidos a se sentirem mais seguros e confortáveis dentro da UTI. Por serem 100% de algodão e fios, os bichinhos — que são confeccionados por um grupo de voluntários — podem ser lavados e esterilizados. Em São José dos Pinhais, cada bebê internado na UTI Neo Natal tem dois polvinhos que são trocados a cada 72 horas.

“Sou aposentada. Então, resolvi ocupar a mente e fazer roupinhas e toquinhas para os bebês da UTI Neo Natal do Hospital das Clínicas. Aí, fiquei sabendo dessa técnica [Projeto Octus] através de reportagens e das redes sociais, em 2015. Tive um caso na família de um bebê que nasceu prematuro. Resolvi daí criar um grupo e começamos a confeccionar os polvos. Hoje, somos oito pessoas, que, juntas, compramos os fios e distribuímos no Hospital”, explica Soraia Al Farah, uma das voluntárias.

O projeto já foi adotado em diferentes países e em diferentes estados brasileiros, como Curitiba. Essa prática faz parte do manuseio de diminuição de dor do recém-nascido, conhecido como organização do bebê na incubadora e que contempla, entre outras, a amamentação, o contato com a pele e a diminuição do som.

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