sexta-feira, 26 de abril de 2024
Toninho do 51, um dos primeiros moradores da região central de Pinhais

Toninho do 51, um dos primeiros moradores da região central de Pinhais

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Antonio Salles Pereira chegou em Pinhais no ano de 1977 e, desde 1980, é comerciante. Trabalhou na empresa que construiu a Rodovia João Leopoldo Jacomel, rodovia que garante a ligação entre os municípios de Pinhais e Piraquara. Tem seis filhos, seis netos e dois bisnetos. Garante que ama Pinhais e, após sua aposentadoria, faz questão de circular por todo o município e acompanhar o desenvolvimento.

Quando Antonio trocou Curitiba pelo bairro Esplanada, foi chamado de louco pelos amigos, pois na região ainda não havia ruas abertas. Para entrar com o material de construção em seu terreno, precisou realizar duas viagens, já que a carreta cheia atolou no banhado antes mesmo de chegar ao destino. Faltava energia elétrica e não havia nenhuma infraestrutura.

Na época, casado e com os filhos pequenos, que estudavam no colégio Arnaldo Busato, utilizou de seu conhecimento e gosto pela política para reivindicar melhorias, principalmente para abertura de novas ruas em toda a região.

Utilizou de sua amizade com o então chefe de obras de Piraquara, João Costa, para reivindicar junto ao então Prefeito Luiz Cassiano, na sede da prefeitura em Piraquara, a abertura de sua rua, onde logo em seguida montou seu próprio negócio.

Como tudo começou

Em 1982, decidiu abrir o seu primeiro bar, o Bar 12 mil, que continua em funcionamento ininterrupto desde então. Após comprar seu segundo terreno, no antigo Palmital, hoje Pineville, próximo ao trilho do trem, o jovem empreendedor Antonio decidiu abrir outro bar, o super conhecido BAR 51, na Rua Uganda, atualmente administrado por seu filho. “Quando comprei esse terreno, ainda não havia a Avenida Airton Senna, só havia empresa e tinha poucos moradores em toda a região. Meus primeiros clientes e maiores frequentadores foram os funcionários da fábrica de guardanapo que tinha próximo”, lembrou nosso entrevistado.

Porém, a grande lamentação de Toninho do 51, apelido dado a ele por seus clientes, foi a falta de visão e não ter comprado outros terrenos na região, que, na época, eram baratos e hoje valem milhões. “A partir do trilho do trem, onde hoje é o bairro Vargem Grande, havia apenas mato que margeava a linha do trem. A valorização foi acontecendo aos poucos, em especial após a vinda do Carrefour, na administração do Cassiano. Em seguida, veio o Makro Atacadista”, apontou Antonio.

Desenvolvimento na região e em toda Pinhais

Com a chegada dos grandes empreendimentos, intensificou-se a abertura de novas ruas e, cada vez mais, empresas foram se instalando na região. Porém, segundo nosso personagem da semana, o grande fator para o desenvolvimento da região foi a emancipação de Pinhais. “A partir desse fato, os prefeitos foram organizando o município, até que, na atual administração, centenas de obras e empresas apareceram, aumentando muito a população e a arrecadação do município, chegando ao ponto de esgotar a oferta de terrenos para novos moradores”, comentou.

Um fato que chama a atenção do Toninho do 51 é que muitos dos prédios que têm sido construídos em Pinhais estão sendo comprados por investidores de Curitiba, tendo em vista que é mais barato comprar imóveis aqui na cidade.

Dentre as grandes melhorias comentadas e comemoradas por Toninho, destaca-se a limpeza dos rios de Pinhais, que, de acordo com Antonio, nos anos 80 ele e seus filhos tomavam banho e pescavam. “Após anos de abandono e invasões, tudo foi deteriorado e só na atual administração o povo retornou às margens dos rios, hoje com parques, quadras esportivas e árvores. Aos poucos a natureza esta sendo restaurada”, disse.

O segredo do sucesso

Para manter em funcionamento um comércio por mais de 40 anos, Antonio garante que o segredo do sucesso é: a persistência, gostar daquilo faz e acreditar em seu trabalho. “Com a implantação da Lei Seca, meu faturamento aumentou, já que os clientes passaram a vir de seus trabalhos, em outras cidades, para beber em meu bar, que é perto de suas casas. Os filhos e os netos dos meus primeiros clientes frequentam meu bar, inclusive muitos foram morar em outras localidades e voltam para visitar seus parentes e aproveitam para dar uma passadinha aqui. Aqui é um local de respeito, frequentado por pessoas de bem”, finalizou.

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