sábado, 27 de abril de 2024
Câmara Municipal de Curitiba terá prazo de 120 dias para analisar contas do município

Câmara Municipal de Curitiba terá prazo de 120 dias para analisar contas do município

Câmara Municipal de Curitiba

Os vereadores aprovaram em primeira discussão, na sessão de terça-feira (24), uma alteração no Regimento Interno da Câmara Municipal

O projeto de resolução estabelece prazo de 120 dias (prorrogável por mais 30 dias), para que a Comissão de Economia, Finanças e Fiscalização emita parecer sobre a prestação de contas do Executivo, previamente analisadas pelo Tribunal de Contas do Estado.

O projeto de resolução altera o artigo 182 do Regimento Interno da Casa. O texto atual estabelece, em seu capítulo III, os procedimentos que a Câmara deve adotar após o recebimento das contas da prefeitura. O artigo 181 determina que o presidente da Casa deve encaminhar o processo à Comissão de Economia, onde permanece por 60 dias, disponível para exame e questionamento de qualquer cidadão.

No entanto, não existia prazo estipulado para que as contas fossem analisadas. Agora, os vereadores terão em torno de quatro meses para promover diligências, solicitar informações à autoridade competente ou pronunciamento do Tribunal de Contas, caso os dados fornecidos sejam considerados insuficientes.

Segundo o vereador Bruno Pessuti (PSC), presidente da Comissão de Economia, a medida “valoriza o poder do Legislativo”, ao dar celeridade ao processo. “Corrige uma distorção. Agiliza o nosso trabalho, nos coloca metas e fortalece nosso compromisso com a fiscalização das contas públicas. É um aprimoramento dos mecanismos de controle da Comissão de Economia”, acrescenta a vereadora Professora Josete (PT).

A decisão de fixar esse prazo foi tomada pela própria comissão, em 2014, quando o colegiado foi presidido pelo vereador Serginho do Posto (PSDB). Durante a gestão do parlamentar, foi concluída a análise de seis prestações de contas “atrasadas”, referentes aos anos de 2003 a 2008, que estavam pendentes de votação há várias legislaturas.

Para Serginho do Posto (PSDB), a imposição de prazo significa um avanço no trabalho da Comissão de Economia. “Ressalta inclusive o papel fiscalizador da Câmara de Curitiba”, reforça o líder do prefeito, Paulo Salamuni.

Saúde vê problemas em mudar declaração de utilidade pública

A Comissão de Saúde da Câmara Municipal liberou, na quarta-feira (25), para votação em plenário, o projeto que muda as regras para declarar de utilidade pública entidades do Terceiro Setor (organizações não-governamentais, sindicatos, associações e institutos sociais ou de pesquisa, por exemplo). A proposição, da vereadora Carla Pimentel (PSC), impede que sindicatos e organizações religiosas recebam essa titulação.

Noemia Rocha (PMDB), Paulo Rink (PPS) e Mestre Pop (PSC) apresentaram um voto favorável ao trâmite, mas com restrições. Os parlamentares, com base em argumentação da presidente da Comissão de Saúde, Noemia Rocha, entenderam que a iniciativa repete os termos da lei federal 91/1935, portanto seria desnecessária. “Pode gerar uma confusão interpretativa”, disse a vereadora.

Chicarelli (PSDC), relator da matéria, cujo voto foi vencido, manifestou-se favorável à medida sem restrições. “Ela está impedindo que igrejas recebam dinheiro diretamente do Poder Público. Não acho que isso ocorra, mas é uma boa medida”, defendeu. “Vou protocolar um pedido de informações ao Executivo, perguntando quais instituições religiosas, ou institutos e associações ligadas a elas, possuem convênios com a prefeitura”, adiantou Chicarelli.

No projeto, Carla Pimentel determina que a titulação só poderia ser concedida a quem comprovar “efetivo trabalho social”, que não ofereça somente “serviços exclusivos” em favor de seus associados, e com separação de bens entre a entidade e a associação social que receberia o título de utilidade pública. “Isso pode dificultar a documentação das entidades, que são quem mais faz trabalho social em Curitiba”, opinou Rink.

Estacionamento do Mercado Municipal é gerido pelos comerciantes

O estacionamento de veículos do Mercado Municipal de Curitiba é administrado pela Associação de Comerciantes (Ascesme) e 100% dos recursos é revertido para “ações e investimentos em benfeitorias no espaço”. A afirmação é a resposta da Prefeitura de Curitiba a pedido de informações do vereador Chicarelli (PSDC), encaminhado ao Executivo no dia 28 de janeiro. Os dados constam no ofício 59/2015 E M-GTL.

O vereador perguntava em seu requerimento se o Executivo arrecadava alguma percentagem do valor cobrado no estacionamento, como o espaço funciona e qual a relação da administração com a Associação de Comerciantes. A prefeitura informou que o documento que disciplina a relação é o termo de cooperação técnica 20.668.

O objetivo, diz a Prefeitura de Curitiba, de repassar a gestão do estacionamento à Ascesme, é fortalecer o espaço “como centro de referência em abastecimento, segurança alimentar e nutricional, associado ao turismo, à cultura e ao desenvolvimento econômico e social ligado à cadeia de alimentos”.

Chicarelli também perguntou ao Executivo sobre as obras da administração no Mercado Municipal, contratadas em 2009 e realizadas até 2014. Perguntou se ainda falta algo a ser feito, quais providências a prefeitura toma para combater “as frequentes quedas de energia que ocorrem no local”, se a escada caracol será substituída, de quem é a responsabilidade pelo elevador de cadeirantes e como é feita a regulagem de temperatura na praça de alimentação.

Sobre a queda de energia, a prefeitura disse se tratar de “incidentes eventuais e setorizados”, provocados pelo “uso excessivo de equipamentos de refrigeração pelos permissionários nos dias de temperaturas muito elevadas” e por “falhas nas instalações elétricas, cuja manutenção e conservação a administração vem realizando sistematicamente”. No ofício 58/2015 EM-GTL, o Executivo sinalizou a instalação de “telhas isotérmicas” no prédio, para amenizar as temperaturas.

No documento, o Executivo não se comprometeu a trocar a escada em caracol, “que obedece as normativas e aos padrões de exigência do corpo de bombeiros”, sugerindo que pessoas com mobilidade reduzida ou com deficiência utilizem os elevadores especiais.

Por último, informou que a manutenção desses elevadores, desde novembro de 2014, é feita por uma nova empresa.

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