sexta-feira, 26 de abril de 2024
Histórico de danos e enchentes ficará no passado de cinco bairros de Curitiba

Histórico de danos e enchentes ficará no passado de cinco bairros de Curitiba

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Na terça-feira (19/5), o prefeito Rafael Greca vistoriou no Parolin o trabalho que também beneficiará a população do Lindóia, Fanny, Guaíra e Hauer

As intervenções do Departamento de Ponte e Drenagem da Secretaria Municipal de Obras Públicas para conter as cheias na bacia do Rio Pinheirinho afetam os córregos Santa Bernadethe, Henry Ford e Curtume e os rios Vila Guaíra e Pinheirinho, que deságua no Rio Belém. Neste momento, os serviços se concentram na implantação do conduto forçado junto ao leito do Rio Vila Guaíra, na altura da ponte da Rua Brigadeiro Franco, no Parolin.

O conduto forçado é feito de tubos constituídos por material plástico e reforçado com fibra de vidro para aguentar a pressão elevada e têm 1,20 metro de diâmetro. A estrutura irá compor com os muros de concreto para contenção de margens, indutores de retardo no fluxo da água (caixas de contenção, estruturas que se assemelham a barragens) e estações de bombeamento o mecanismo que garantirá maior capacidade dos córregos e rios suportarem grandes volumes de água nos períodos de fortes chuvas, diluindo a força da vazão e evitando as consequentes cheias.

Na terça-feira (19/5), o prefeito Rafael Greca vistoriou no Parolin o trabalho que também beneficiará a população do Lindóia, Fanny, Guaíra e Hauer.

“Essa grande obra de engenharia, de macrodrenagem, significa o bem que queremos a Curitiba. A obra beneficia todos os bairros da região e protege seus moradores dos efeitos das cheias”, disse Greca.

O prefeito destacou que a tubulação canalizará a água da parte superior da bacia e a levará direto para dentro do Rio Belém, reforçando o trabalho de drenagem que será feito pelas novas estruturas de contenção e extenuando a pressão sobre os canais a céu aberto.

Somados, os trechos dos córregos Santa Bernadethe, Henry Ford e Curtume e dos rios Vila Guaíra e Pinheirinho que recebem as obras chegam a cerca de oito quilômetros.

“São oito quilômetros de obras, com oito quilômetros de tubulações de conduto forçado, 16 quilômetros de muros de concreto para contenção das margens, 42 comportas de controle de vazão de cheia. Tudo bordado por parques lineares e avenidas beira-rio, com equipamentos esportivos, ciclovias, vias asfaltadas e áreas verdes. É o maior esforço de requalificação de uma ocupação irregular feito em Curitiba em 25 anos, desde os Bairros Novos do Sítio Cercado e das Moradias Santa Rita do Tatuquara – na minha primeira gestão”, apontou Greca.

O secretário municipal de Obras Públicas, Rodrigo Rodrigues, acompanhou a vistoria aos serviços e explicou que o sistema que está sendo construído vai retardar o fluxo da água dos córregos e rios, os deixando com menos potencial para causar inundações e estragos.

“Como resultado final dessa grande e trabalhosa obra será minimizado de forma significativa o risco de enchentes em toda a Bacia do Rio Pinheirinho”, disse Rodrigues. “Concluindo as etapas do trabalho de macrodrenagem, vamos realizar mais obras de pavimentação e de iluminação pública em toda a região”, informou o secretário.

Obras necessárias

A execução das obras foi dividida em três lotes e exige investimentos de cerca de R$ 120 milhões. Do primeiro lote fazem o Córrego do Curtume e o Rio Vila Guaíra. O Córrego Henry Ford compõe o segundo lote. E, do terceiro lote fazem parte o Córrego Santa Bernadethe e o Rio Pinheirinho, que havia recebido sua última intervenção de drenagem em 1950.

Córregos e rios abrangidos pela obra, que também foram limpos, desassoreados e passaram a contar com canal interno em peças pré-moldadas, fazem parte de uma bacia com alto grau de urbanização, compondo bairros ocupados por moradores que sofriam de forma recorrente com cheias e alagamentos.

Leôncio Batista Ferreira tem sua casa na Rua João Fagundes Machado há 17 anos. Ele declara completa satisfação com as melhorias feitas no Rio Vila Guaíra e na via.

“Nunca tinha visto isso aqui. Não acreditava que algum dia obras iriam chegar para mudar a minha realidade e dos meus vizinhos. Além do rio, tem asfalto novo, meio-fio, parque e vamos cuidar para preservar as benfeitorias”, avaliou Leôncio Batista Ferreira.

Hoje com 21 anos de idade, Guilherme Neto foi morar na região quando ainda tinha 3 anos e lembra dos estragos causados pelas enchentes. “É uma obra demorada, mas, enfim, está saindo e ficando muito bom. Antes de mexerem no rio, chovia forte e aqui tudo alagava. A correnteza chegava a tirar a ponte do lugar (passarela de madeira sobre o Rio Vila Guaíra, na altura da Rua Pernambuco)”, contou Neto.

Acompanhada da filha e das sobrinhas, Daiane de Lara avalia de maneira positiva os investimentos feitos pela prefeitura. “Tem dois anos que moro aqui na Rua João Fagundes Machado e acho que vai ficar melhor para todo mundo. Com o asfalto, a poeira não vai mais fazer sujeira e causar problemas de saúde. O espaço para as crianças brincarem ficará bom. Terá parque, brinquedos e campos”, disse Daiane.

Área de lazer

Além das melhorias na drenagem, a população que vive próxima ao Rio Vila Guaíra vai contar com um parque linear, com espaço para a prática de esportes e outras atividades de lazer. As obras coordenadas pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente estão em andamento.

“Com as novas possibilidades de uso, temos a valorização e um cuidado maior de todos os moradores na preservação da área”, disse a secretária do Meio Ambiente, Marilza Oliveira Dias.

São quase seis quilômetros (5.580 metros quadrados) das duas margens do rio, no trecho da Avenida Presidente Wenceslau Braz e das ruas Amazonas e Rio de Janeiro.

Quadras de futebol, minifutebol, vôlei de areia e basquete, com alambrado e iluminação vão passar a fazer parte do cenário. Assim como uma pista de caminhada em asfalto, com 1,5 metro de largura e extensão de 785 metros, e academia ao ar livre.
Para as crianças, parquinho com gangorra, trepa-trepa e escorregador em piso de areia. A área ainda vai ganhar paisagismo, com plantio de grama e árvores nativas.

Os estudos para implantação do parque linear começaram ainda em 2018, com visitas técnicas das secretarias do Meio Ambiente e de Obras Públicas, em conjunto com a Companhia de Habitação Popular de Curitiba (Cohab).

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