sexta-feira, 26 de abril de 2024
Comerciantes e moradores do Maria Antonieta reclamam dos moradores de rua

Comerciantes e moradores do Maria Antonieta reclamam dos moradores de rua

por Noelcir Bello

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Moradores e comerciantes da Rua Leila Diniz, no bairro Maria Antonieta, reclamam que nos dois últimos meses surgiram diversos sem tetos para fazer morada nas marquises da rua. Cerca de dez indivíduos passam o dia enrolados em cobertores acompanhados de bebida alcoólica e, quando estão alcoolizados, saem pela rua pedindo e furtando coisas nas casas e nos comércios.

De acordo com relatos das pessoas que trabalham na região, antes de morarem na marquise em questão, os moradores de rua chegaram a atear fogo em um prédio próximo, onde eles passavam a noite. Naquela ocasião, o próprio dono do prédio percebeu as chamas e conseguiu apagar o fogo.

Outra situação que preocupa os comerciantes é o fato de que os mendigos vivem brigando entre si, fato corriqueiro e que acontece todos os dias.

Moradores e comerciantes preocupados

Em conversa com uma moradora da região, que optou por não se identificar, ela revela que já tem muitos dias que sua família não consegue dormir em paz, pois, segundo ela, os moradores de rua ficam brigando entre si durante a madrugada. Esta senhora revela que frequentemente seus familiares se assustam ao ouvir o barulho causado pelas batidas, quando um mendigo bate a cabeça do outro nas portas de ferro, enquanto brigam.

Já outra vizinha do local afirma que quase todos as noites, perto das 23:00hs, eles batem palmas no portão para pedir água, café e as vezes comida, quase sempre com sinais de embriaguez. Se algum dos vizinhos se recusar a atender ao pedido deles, os mesmos saem xingando.

Outra moradora afirma que no final da tarde e a noite eles se concentram ali para consumir bebidas alcoólicas, cigarros e provavelmente outras coisas. Ela conta também que se juntam com os mesmos algumas pessoas de moto, bicicletas e até um carro, modelo Gol e passam a noite toda por ali.

Os moradores da região afirmam que quase sempre avistam grupos de pessoas trazendo cobertores, roupas e comida, o que acaba motivando o aumento destes moradores no local. No inicio, ele eram apenas três, porém, atualmente, há dias que mais de quinze estão no local.

Banheiro a céu aberto

Outro fato que deixa a todos preocupados é que as frentes das casas e comércios têm sido utilizados como banheiro por estes moradores de rua. Consequentemente, essa situação afasta os clientes e causa ainda mais insegurança aos moradores.

A dúvida dos munícipes é de onde devem recorrer para que possa ser resolvida esta situação, pois todos sabem que estes moradores de rua precisam de respaldo, mas também os moradores e comerciantes da rua não podem ficar a mercê dos dez ou quinze cidadãos, que após beberem, perdem a noção e o respeito pelas pessoas.

 

Resposta da Prefeitura

A nossa reportagem procurou a Prefeitura de Pinhais, que explicou as ações que são tomadas para evitar esse tipo de situação.

“Sobre a situação relatada em relação à reclamação dos moradores da Rua Leila Diniz, informamos que repassamos a informação à Secretaria Municipal de Assistência Social, que nos relatou o seguinte:

A Proteção Social Especial, através do CREAS, oferta serviço de Abordagem Social diariamente, e uma das rotas, é a Praça do Maria Antonieta.

Nestas abordagens, ofertamos o serviço de acolhimento provisório para pessoa em situação de rua (Albergue), segunda via de documentos pessoais aos que não possuem por alguma razão (extravio/ furto/ etc), encaminhamentos á saúde (UBS/ UPA/etc), e demais serviços, porém, estes recusam os serviços ofertados.

Em relação ao fornecimento de mantimentos e demais subsídios às pessoas em situação de rua, estes voluntários o fazem com autonomia e sem nenhum vínculo com a prefeitura de Pinhais”.

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