Conta a história de Riley, uma menina de 11 anos.
Confira a sinopse:
“Crescer pode ser uma jornada turbulenta, e com Riley não é diferente. Ela é retirada de sua vida no meio-oeste americano quando seu pai arruma um novo emprego em São Francisco. Como todos nós, Riley é guiada pelas emoções – Alegria, Medo, Raiva, Nojo e Tristeza. As emoções vivem no centro de controle dentro da mente de Riley, onde a ajudam com conselhos em sua vida cotidiana. Conforme Riley e suas emoções se esforçam para se adaptar à nova vida em São Francisco, começa uma agitação no centro de controle. Embora Alegria, a principal e mais importante emoção de Riley, tente se manter positiva, as emoções entram em conflito sobre qual a melhor maneira de viver em uma nova cidade, casa e escola.”
As emoções primárias de todos os seres humanos são alegria, medo, raiva, tristeza e nojo. Sentir faz parte da evolução humana, sentimos o tempo todo e agimos com influência delas. Muitas pessoas tentam fugir das emoções por diversos motivos: as sensações das emoções são desagradáveis, não teve um ambiente reforçador para saber identificar e lidar com elas, a supervalorização da alegria pela sociedade, etc. O ponto é que suprimir emoções não é a única nem a melhor maneira de geri-las e muitas vezes o alimento é utilizado para anestesiá-las.
Gostaria que você tentasse identificar: Tem alguma emoção que estou reprimindo ou anestesiando enquanto como? Ou enquanto penso em comida? Se sim, saiba que podemos modificar como lidamos com as emoções e também compreender que uma emoção, por mais desconfortável que seja, tem uma função adaptativa.
No filme uma das cenas que ilustra essa reflexão é a que Riley começa a chorar compulsivamente por ter pedido seu amigo imaginário. A Alegria incomodada com a reação da menina se aproxima e fala várias frases como: vamos lá, o dia está lindo, a vida é boa (…). A ativação da alegria no momento não repercutiu nenhum efeito: Riley continuou chorando. A Tristeza se aproxima, senta do lado dela e deixa-a chorar. Um tempo se passa e a menina para de chorar. A Alegria sem entender nada pergunta para Tristeza: “-Como você fez isso?” Moral da história: não adianta lidar com situações usando emoções diferentes da que precisamos no momento, assim como usar qualquer outro comportamento para anestesiar as emoções. Use suas emoções ao seu favor sabendo identificá-las e permitindo que elas atuem de maneira adaptativa. O aumento da percepção sobre o seu funcionamento emocional e outras estratégias para lidar com as emoções é o que trabalho no ACT4 . Comer tem muitos significados emocionais. Você acredita?
Amália Teixeira
Psicóloga clínica do programa ACT4 e tem sua abordagem baseada na terapia cognitivo comportamental, para que seus pacientes emagreçam de forma saudável e duradoura.
