Vice-Prefeita de Pinhais, Rosa Maria aponta desafios enfrentados durante a pandemia do novo coronavírus

Vice-Prefeita de Pinhais, Rosa Maria aponta desafios enfrentados durante a pandemia do novo coronavírus

Vice-Prefeita de Pinhais, Rosa Maria
Em entrevista exclusiva concedida ao jornal A Gazeta Cidade de Pinhais, a vice-Prefeita de Pinhais, Rosa Maria, fala sobre o processo de vacinação na cidade, volta às aulas e, também, reformas e ampliações de escolas e CMEIS. Quando pontuou sobre o tema volta às aulas, Rosa Maria sublinhou que esse é um assunto bastante complexo e que se deve considerar diversos aspectos, já que há um anseio da comunidade por esse retorno devido à preocupação com a aprendizagem. Ela lembrou ainda que todas as decisões tomadas, e que envolvem educação, sempre foram pautadas em legislações do Ministério da Saúde e do Ministério da Educação, ressaltando sempre a transparência no diálogo e acima de tudo, compromisso na preservação de vidas.

A Gazeta Cidade de Pinhais: Como está o processo de vacinação contra a Covid-19 no município? Qual o percentual de vacinados? Todos os grupos prioritários já foram vacinados?

Vice-Prefeita Rosa Maria: O processo de vacinação contra a Covid-19 está bem organizado e avançado. Tivemos a doação do espaço Expotrade, o qual oferece uma excelente estrutura, possibilitando uma ótima organização no que se refere ao fluxo de pessoas. Vale ressaltar o grande esforço de toda a equipe para assegurar conforto, rapidez e segurança à população. Até o momento, mais de 63% da população já recebeu a primeira dose, sendo um dado muito significativo, pois isso se materializa em proteção. Pinhais sempre seguiu as orientações do Ministério da Saúde, bem como os critérios estabelecidos no Plano Nacional de Imunização, inclusive sendo pioneiros no atendimento de alguns grupos prioritários.

A Gazeta: As capitais receberam vacinas da Janssen. Curitiba utilizou essa vacina para os caminhoneiros, motoristas e cobradores de ônibus, etc. Em Pinhais, essas categorias foram incluídas em grupos prioritários?

Rosa Maria: A vacina Janssen foi bastante aguardada em razão de ser dose única. Por isso, o próprio Ministério da Saúde recomendou que essa categoria recebesse tal imunizante pela dificuldade que apresenta de não conseguir voltar para tomar a segunda dose. Em relação ao atendimento de cobradores e motoristas de ônibus, nossa equipe foi até o local de trabalho com dia e horário pré-agendado, facilitando desse modo a logística para esses profissionais. Os caminhoneiros foram imunizados em duas unidades básicas de saúde referência para esse atendimento. Lembrando que nossa equipe da Saúde sempre teve um olhar cuidadoso antes mesmo da possibilidade da vinda de lotes da vacina Jassen, pois pela idade ou comorbidade de alguns casos, buscou-se articular alternativas para melhor atendê-los em razão da especificidade do trabalho.

A Gazeta: Os professores têm reivindicado a volta às aulas presenciais somente após a imunização completa com a segunda dose. Inclusive, alguns vereadores sugeriram adiantar a segunda dose da Astrazeneca, conforme a bula da vacina prevê. A Casa fez um projeto de indicação nesse sentido, visando garantir a volta às aulas presenciais somente com a imunização completa. O que a gestão tem planejado nesse sentido, tendo em vista a segurança sanitária de educadores, alunos e trabalhadores da educação?

Rosa Maria: Volta às aulas é um tema bastante complexo onde devemos considerar diversos aspectos, pois há um anseio da comunidade por esse retorno devido à preocupação com a aprendizagem. Além do prejuízo pedagógico, evidencia-se danos emocionais devido à ausência num período longo do convívio social entre as crianças. Em contrapartida, é preciso compreender o receio e angústia desses profissionais para essa volta às aulas no modo presencial, ainda que a rede municipal tenha se organizado com todos os protocolos de biossegurança, a vacinação era o que significava a proteção. E, em Pinhais, houve um esforço para que essa categoria fosse imunizada o quanto antes, inclusive já ocorre a segunda dose, e dessa forma, gradativamente, haverá medidas eficazes e seguras para educadores/as, alunos/as e trabalhadores/as da educação. As decisões tomadas sempre foram pautadas em legislações do Ministério da Saúde e do Ministério da Educação, ressaltando sempre a transparência no diálogo e acima de tudo, compromisso na preservação de vidas.

A Gazeta: Alguns vereadores têm colocado na tribuna que há um percentual de munícipes que fazem o cadastro mas não comparecem para receberem a vacina. Seriam mais aqueles que iriam receber a segunda dose ou também com a primeira? O que a gestão pode fazer para aumentar a adesão à vacinação?

Rosa Maria: Lamentavelmente, o negacionismo ocorreu face à propagação de notícias que puseram em dúvida a eficácia das vacinas, bem como subestimaram a letalidade do vírus. Isso prejudicou um pouco a campanha de imunização. Outro fato que interferiu na aplicação da primeira dose, atrasando em alguns momentos, foi a prática equivocada e irresponsável pela escolha de determinado imunizante. Em nosso município, tomamos uma medida para conter tal atitude prejudicial ao andamento do processo de imunização que foi penalizar aqueles e aquelas que insistirem na prática da escolha da vacina, que só poderão ser imunizados/as após o término da vacinação dos demais grupos previamente estabelecidos, conforme o decreto 587/2021.

A Gazeta: O município comprou testes rápidos de Covid-19 recentemente. Como e onde a gestão está usando esses testes? Eles estão disponíveis a qualquer munícipe que queira fazer a testagem ou somente para quem tem sintomas?

Rosa Maria: O município adquiriu testes antígenos que detectam em 15 min se a pessoa está positivada. Em princípio, são utilizados em munícipes que apresentam sintomas ou que tiveram contato com pessoas infectadas e esses testes estão disponíveis em todas as Unidades de Saúde. No mês de julho, realizamos dois mutirões aos sábados para melhor atender a população sem disponibilidade devido ao trabalho durante a semana. Cabe ressaltar que a imunização é sem dúvidas a melhor prevenção.

A Gazeta: O município tem investido marcantemente em reformas e ampliações de escolas e CMEIS. Quais obras recém-finalizadas ou em andamento a senhora destaca?

Rosa Maria: Nosso município não parou com suas obras em diversas áreas. Na educação, sentimos sempre a necessidade de ampliação, bem como oferecer as melhores condições de atendimento para nossa comunidade e condições de trabalho para nossos profissionais. No bairro Weissópolis, concluímos e entregamos mais uma escola de tempo integral, Severino Massignan, a construção do CMEI Vinicius de Moraes com uma significativa ampliação. No bairro Planta Karla, já adquirimos o terreno para a construção do CMEI Rosi Galvão, com o aumento para o atendimento. No Bairro Alto Tarumã, já temos o terreno para a construção e ampliação da Escola do Tempo Integral Poty Lazzarotto. No Bairro Maria Antonieta já há o projeto para a construção da Escola Capelari. No bairro Estância Pinhais, reformamos a Escola Municipal Clementina Cruz, dando nova acessibilidade com mais segurança devido ao trânsito. No bairro Perneta, construção do CMEI Monteiro Lobato. Apesar da crise e da pandemia, nossa cidade deu continuidade a todos os projetos. Nossa equipe muito comprometida não mede esforços para bem atender a população.

A Gazeta: Em relação ao ensino remoto, quais têm sido os desafios para pais, professores e alunos nesse longo tempo de pandemia? E quais serão os desafios com as aulas presenciais ainda tendo de se adotar as medidas sanitárias mesmo após a vacinação?

Rosa Maria: A pandemia acelerou processos na Educação. Um deles foi o ensino remoto, o qual trouxe muitos desafios aos professores/as, gestores/as, pais e alunos/as, pois de uma hora para outra foram obrigados/as a se adaptarem a esse novo modelo de ensino que exige lidar com ferramentas tecnológicas e desconhecidas ou pouco usadas por muitos deles.

Em relação aos professores/as, foram muitas dificuldades com a nova rotina e manuseio de estratégias metodológicas e ferramentas tecnológicas, pois a formação docente e até mesmo formação continuada não se prepararam para a nova realidade. Então com muito esforço e articulação das equipes pedagógicas o trabalho aconteceu. Já os alunos passaram por um processo de estresse, pois com o fechamento das escolas mudou-se a rotina da família. Certamente uma das maiores dificuldades para as crianças foi o distanciamento com os colegas, sendo assim, mais difícil para aquelas famílias que não puderam acompanhar seus filhos. A pandemia, com toda certeza, deixará marcas eternas e teremos ainda grandes desafios com o retorno para as aulas. Nossa equipe preparou fisicamente um espaço adequado e com segurança.

O que precisamos pensar com muito profissionalismo é de que forma adequar depois de um ano as emendas pedagógicas visando a busca do conhecimento que acabou sendo vetado bruscamente. Tenho a certeza que juntos e juntas alcançaremos resultados significativos.

A Gazeta: Uma categoria que está ansiosa para a volta às aulas presenciais é a dos donos das vans escolares. Como a gestão tem apoiado essa categoria?

Rosa Maria: Os proprietários e trabalhadores/as com vans escolares foram diretamente afetados com o fechamento das escolas. A Secretaria de Desenvolvimento Econômico buscou parcerias privadas para apoiá-los. Também houve apoio através da Secretaria de Assistência Social através dos CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) para o encaminhamento de recursos mais pontuais.

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