por Vanessa Martins de Souza
Para saber um pouco mais sobre o Velódromo, parte de um importante Complexo Esportivo que será inaugurado em Pinhais, o jornal A Gazeta Cidade de Pinhais entrevistou o Coordenador Executivo de Obras, Ricardo Pinheiro.
O ex-Secretário de Cultura, Esporte e Lazer foi transferido para a Secretaria de Obras pelo Prefeito Luizão, em fevereiro último, especialmente com a missão de acompanhar de perto os trabalhos da construção do Complexo Poliesportivo, que deverá ficar pronto dentro de um ano e meio, aproximadamente. Ou seja, deverá ser inaugurado ao final deste segundo mandato do Prefeito Luizão. O empreendimento irá reforçar o conceito de Pinhais como ‘Cidade da Velocidade’, uma vez que já conta com o Kartódromo e do Autódromo.
Sede própria da SEMEL
Além da pista de Velódromo, o projeto previsto para o bairro Maria Antonieta abrange a construção de um centro integrado de esportes e a edificação da sede própria da Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Lazer -SEMEL. A ideia é fazer do Complexo um local para treinamento de atletas e sediar competições e eventos, abrigando a prática de variadas modalidades esportivas, pela versatilidade da estrutura a ser montada. Também um anseio do meio futebolístico é a construção de um Estádio Municipal, totalmente fechado com arquibancada e iluminação, que será atendido com a remodelaçaõ do Campo do bairro Maria Antonieta.
Confira nesta entrevista alguns esclarecimentos sobre o modelo de licitação utilizado pela Prefeitura para viabilizar a construção do Complexo Poliesportivo de Pinhais.
A Gazeta: Qual o modelo de licitação para contratação da empresa para fazer a obra do Velódromo?
Ricardo Pinheiro: Fizemos pelo modelo RDC-Regime Diferenciado de Contratação. É um regime mais rápido. São 45 dias para publicação, e mais 30 dias para procedimentos de análise. A licitação convencional tem um prazo de 120 dias. A abertura dos envelopes foi feita no dia 3 de fevereiro. Oito empresas retiraram o edital. Porém, somente quatro fizeram a visita técnica, que era um dos requisitos para participar da concorrência. No final do processo seletivo, apenas uma empresa foi habilitada para fazer o projeto e a execução da obra, as demais não lograram interesse em participar do processo. Há uma fase de seleção por requisitos técnicos. A segunda fase envolve a proposta de preços. E a terceira, a apresentação de documentação.
A Gazeta: Qual empresa foi contratada para a obra? Alguns vereadores que acompanharam a licitação comentaram, durante sessão em plenário, que a empresa teria pedido um valor acima do que propôs a Prefeitura. Que valor foi acertado?
Ricardo Pinheiro: A empresa vencedora foi o consórcio SIAL Engenharia/ J.J. Malucelli (Projetos). A proposta da Prefeitura foi aceita por R$ 22, 5 milhões, valor máximo que o Ministério do Esporte previa.
A Gazeta: Qual a previsão de início da obra?
Ricardo Pinheiro: Estamos em fase de auditoria da licitação pela Caixa Econômica Federal, na qual está sendo feita uma análise para a liberação da ordem de serviço. A obra tem previsão de 18 meses para ser concluída, onde a OS – Ordem de Serviço será entregue a vencedora no mês de abril.
A Gazeta: Dezoito meses é tempo suficiente para conclusão da obra?
Ricardo Pinheiro: Não é um projeto que começará do zero. A estrutura é a mesma, utilizada no Panamericano do Rio de Janeiro. A previsão é de que o projeto seja feito em até seis meses, e a execução da obra leve mais doze. Um total de dezoito meses, mas este prazo poderá ser reduzido porque a vencedora poderá trabalhar com projetos incluindo a recuperação de toda estrutura metálica, que se encontra com desgaste natural do tempo, já que o equipamento é de 2006 e estava em uma área litorânea no Rio de Janeiro.
A Gazeta: O Governo Federal já liberou o dinheiro para a obra?
Ricardo Pinheiro: Agora, na segunda semana de março, a Prefeitura já recebeu R$ 2,5 milhões para fazer o projeto. O Governo Federal deverá enviar o dinheiro aos poucos, à medida em que a obra for demandando. Tudo será feito com a fiscalização da Caixa Econômica Federal.
A Gazeta: O Prefeito Luizão, em sua mini reforma do secretariado, transferiu o senhor do comando da Pasta de Cultura, Esporte e Lazer, para a Secretaria de Obras. O senhor tem experiência na coordenação deste setor?
Ricardo Pinheiro: Sim. Antes de entrar no Poder Público, trabalhei por 18 anos em uma construtora especializada em obras públicas, na qual uma de minhas funções era a organização administrativa e operacional da obra a ser executada. Além disso, minha formação em Administração de Cidades pela UTP-Universidade Tuiuti do Paraná, especialização em Gestão Pública e Controle Interno me credenciam para o desafio proposto pelo Prefeito Luizão, um grande investimento em Pinhais em benefício da população.