Este mês é conhecido como Agosto Dourado, que simboliza a luta pelo incentivo à amamentação. Mas, as ações da rede municipal de saúde acontecem durante todo o ano.
Amamentar é um ato de amor. Já ouvimos esta frase muitas vezes, mas o seu significado é ainda mais importante. O ideal é que o leite materno seja o único alimento até seis meses e após essa idade, deverá ser dada alimentação complementar apropriada, mas a amamentação deve continuar até o segundo ano de vida da criança ou mais.
Para incentivar a amamentação e mostrar seus benefícios tanto para mãe, quanto para o bebê, esse mês é conhecido como Agosto Dourado. Dentro dos trinta dias são realizadas diversas atividades de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno. E também de 1º a 7 de agosto é promovida anualmente, a Semana Mundial do Aleitamento Materno (SEMAM), pela Aliança Mundial para Ação em Aleitamento Materno, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef), em mais de 170 países.
Em Pinhais, as Unidades de Saúde e o Hospital Municipal realizam nesse período diversas atividades voltadas ao tema, como palestras, por exemplo, que explicam a importância deste ato. Maviane Cristina de Oliveira, mãe da pequena Aurora Carolina, nascida no último dia 1º de agosto, participou de uma dessas ações no Hospital Municipal, promovida pela Comissão do Aleitamento Materno. Ela, que durante toda a gestação teve o apoio dos profissionais da Unidade de Saúde do Perneta, conta que não tem encontrado dificuldade em amamentar. “Recebi diversas orientações durante minha gestação na Unidade de Saúde e enquanto fiquei aqui no hospital também. Esse apoio foi muito importante e apesar do pouco tempo de vida, consigo observar que a minha bebê tem feito a pega certa e está mamando super bem”, contou a mamãe.
Já para a mãe Núbia Fernandes Costa, a amamentação não foi tão fácil. “Tive meu bebê em um hospital particular. Nos primeiros dias ele mamou bem e depois não conseguia sugar o suficiente para ganhar peso, então o pediatra receitou fórmula e mamadeira”. Nesse período, Núbia começou a ser acompanhada pela equipe da Unidade de Saúde do Jardim Karla.
“Mesmo com acompanhamento particular, resolvi me consultar com os profissionais da Unidade e eles foram fundamentais. Foi um período difícil, mas contei com ajuda de pessoas experientes, que me deram auxílio”, conta ela. A equipe da Unidade fez diversas visitas domiciliares e recomendou que Nubia insistisse na amamentação. “Elas me disseram que esse era o melhor leite para meu filho e eu tinha muito, mas ele não conseguia mamar. Com o trabalho que elas realizaram, consegui voltar a amamentar e meu filho saiu da mamadeira ficando só no peito, um verdadeiro milagre”, conta a mãe de Israel de 10 meses.
Rede de Apoio
Pinhais conta com a Rede de Apoio ao Aleitamento Materno desde 2014 e atua com intuito de treinar os profissionais de saúde das Unidades de Saúde da Família para dar apoio às gestantes e mães que estão amamentando. O propósito da Rede é realizar um trabalho contínuo, por meio de capacitação, disseminação e sensibilização em relação ao aleitamento materno, para os profissionais da atenção primária, as gestantes, puérperas e sociedade em geral. “A rede se reúne uma vez a cada dois meses para participar de palestra sobre o tema e rodas de conversa. Isso motiva esses profissionais a continuarem firmes no apoio ao aleitamento”, conta Valdirene Aparecida Pacheco dos Santos, do Núcleo de Apoio à Gestão Primária, da Secretaria de Saúde.
Confira alguns benefícios da amamentação, segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria
– Evita bebês desnutridos ou obesos – o leite materno é um alimento completo, com a quantidade certa de proteína, gordura, vitaminas e água.
– Protege o bebê de doenças – o leite materno funciona como uma verdadeira vacina, já que protege a criança de doenças, principalmente nos primeiros seis meses, quando sua resistência é menor.
– Aumenta o vínculo entre mãe e filho – amamentar influencia no vínculo que existe entre mãe e filho. Além do fato de ficarem bem juntinhos, alguns hormônios são liberados durante o ato, principalmente a ocitocina, e fortalecem a ligação.
– A mãe se recupera mais rápido após o parto – se a mulher alimenta o filho exclusivamente com seu leite, tende a recuperar o peso anterior ao da gravidez na metade do tempo (em dois a três meses) em comparação a quem investe na mamadeira (seis meses ou mais).
– Pode reduzir risco de doenças cardiovasculares nas mães – amamentar diminui também as possibilidades de desenvolver hipertensão, diabetes, hiperlipidemia (aumento da concentração de gordura no sangue) e outras doenças cardiovasculares após a menopausa, segundo uma pesquisa divulgada neste ano na publicação Obstetrics & Gynecology.