A Gazeta Cidade de Pinhais – Pinhais está completando 30 anos de emancipação e a senhora está na vida pública há 25 anos. Qual o seu sentimento por ser uma das principais lideranças da cidade?
Prefeita Marli Paulino – Em primeiro lugar, eu sinto muito orgulho. Eu vivo em Pinhais desde 1984, vi esse lugar se transformar em um município e fui acompanhando toda essa transformação. Me sinto muito honrada por ter feito parte de tudo isso como moradora, vereadora, vice-prefeita e agora prefeita. Eu ando pelas ruas do nosso município e as pessoas me falam sobre esse mesmo sentimento, de pertencimento, de alegria por ver tanta evolução. Então, ao estar à frente da Prefeitura de um município tão promissor, compreendo a responsabilidade desta posição e busco fazer o melhor possível para representar os interesses da nossa população.
A Gazeta – A senhora foi a primeira mulher vereadora, primeira vice-prefeita e primeira prefeita, é mãe, avó e empresária. Acha que sua história pode inspirar outras mulheres de Pinhais?
Marli Paulino – Acredito muito nisso, porque as mulheres ficam muito mais fortes quando estão juntas e se sentem representadas. Isso as inspira e as motiva a também ir em busca do que desejam e daquilo que lhes é de direito. Ser mulher na política é um desafio, porque é um ambiente majoritariamente composto por homens, mas, ao mesmo tempo isso reforça a importância e necessidade de cada vez mais as mulheres ocuparem este espaço. Se nós queremos nos sentirmos representadas precisamos eleger mulheres e, também, fazer parte da política. Sinto orgulho da trajetória que construi até aqui, dos projetos que apresentei enquanto vereadora, de tudo que realizei como vice-prefeita e, agora, sendo prefeita. E tudo isso contando com uma equipe qualificada, que inclusive é composta por muitas mulheres, entre elas a vice-prefeita Rosa Maria.
A Gazeta – A senhora está em seu segundo mandato como prefeita. Quais foram os principais desafios que enfrentou?
Marli Paulino – Quando assumimos a Prefeitura, em 2017, tínhamos a missão de dar continuidade ao bom trabalho feito pelo Luizão e por mim, porque, com tantas realizações colocamos o município como referência na Região Metropolitana de Curitiba. E com muito comprometimento, eu e Rosa Maria fizemos isso. Contando com equipes muito qualificadas, continuamos a fazer um trabalho responsável, que busca atender as necessidades da nossa população. Nestes últimos dois anos tivemos como principal missão a área da saúde. E de novo, com responsabilidade, fizemos o que era necessário. É com este olhar que seguimos vencendo os desafios, para continuar o desenvolvimento da nossa cidade.
A Gazeta – Pinhais, hoje, é referência na Região Metropolitana em várias áreas. A que a senhora atribui este marco?
Marli Paulino – Diante de todos os avanços que tivemos e que hoje estão consolidados, nos tornamos referência em diversas áreas da administração municipal. Somos a 12ª economia do Estado do Paraná, temos mais de 15 mil empresas instaladas aqui, uma economia que cresce a cada dia, uma Guarda Municipal atuante e reconhecida pela comunidade. Inclusive, as pessoas falam do orgulho de viver em Pinhais. Em tudo estamos caminhando para ser uma cidade preparada para o futuro. Isso quer dizer que estamos atentos às necessidades da população e utilizando diversos recursos para atender essas demandas. Posso citar a modernização, as obras que não param, a ampliação e melhoria contínua dos serviços mais acessados, como saúde e educação. E mais importante, uma cidade pronta para o futuro é a que se preocupa com as pessoas, é feita de uma gestão que ouve as pessoas, e gera qualidade de vida para a sua população.
A Gazeta – Acreditamos que a principal pergunta que tem respondido seja: Pinhais terá um novo hospital?
Marli Paulino – Sim, nós assumimos esse compromisso com a população de Pinhais e pretendemos cumpri-lo, porque temos um plano de governo com ações que são possíveis de serem realizadas. Apesar de ser um plano audacioso, ele é baseado em demandas reais da nossa população. Em menos de dois anos de gestão já temos mais de 40% do nosso plano de governo executado e boa parte das propostas em andamento. E a principal ação é o novo Hospital com UTI, para o qual já temos estudos de viabilidade, inclusive econômica, já temos o local definido, e temos uma comissão que se reúne periodicamente para falar sobre este assunto. Contratamos um estudo técnico de uma instituição respeitada, a Fipe – Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, para realizar um estudo profundo e cuidadoso para viabilizar um hospital para os próximos 35 anos. Até porque não podemos apenas construir o prédio, precisamos garantir seu funcionamento, e de forma muito responsável.