A Prefeitura de Curitiba iniciou nesta semana os testes de duas tecnologias de fiscalização eletrônica de trânsito.
Coordenados pela Secretaria Municipal de Trânsito (Setran), os equipamentos irão fiscalizar velocidade e invasão irregular de faixa exclusiva de ônibus.
O primeiro equipamento, instalado na Avenida Nossa Senhora da Luz, no bairro Bacacheri, é um radar com tecnologia de detecção por micro-ondas (doppler 3D), que realiza rastreamento, leitura de placas e monitoramento de velocidade de até quatro faixas de pista.
O segundo, colocado na Rua XV de Novembro, próximo à Rua Ubaldino do Amaral, é um radar com tecnologia de detecção e classificação por laços indutivos, com sistema de leitura de placas, monitoramento de velocidade e também de invasão de faixa exclusiva. Os equipamentos são da empresa Perkons.
Os testes não têm nenhum custo para a Prefeitura de Curitiba e serão realizados no período de 90 dias.
“Dentro do que foi previsto pelas portarias publicadas em 2013, convidando empresas a apresentarem novas tecnologias para o trânsito de Curitiba, este é o último projeto-piloto a ser testado na área de fiscalização eletrônica e monitoramento”, diz o coordenador de fiscalização eletrônica da Setran, Marcio de Souza.
Além dos aparelhos, a empresa instalou na sede da Setran no Prado Velho uma central com acompanhamento em tempo real dos dois locais de testes e um sistema de verificação dos veículos.
O primeiro tipo de radar, que funciona como um redutor de velocidade (lombada eletrônica), não precisa ser instalado no pavimento. “Uma de suas vantagens é ter abrangência em todas as faixas da via, de um meio-fio ao outro, diferente de outros sistemas que apresentam pontos de fuga do sensor – nem motos conseguem escapar”, afirma Regis Nishimoto, diretor-técnico da Perkons. O radar utiliza câmeras de maior resolução de imagem e tem um agrupamento de câmera e iluminador que também permite que detecte até as placas reflexivas.
O radar no Alto da XV vai identificar a invasão da faixa exclusiva do ônibus da Rua XV de Novembro, além do respeito à velocidade máxima nas três faixas da via, de 50 km/h. “O equipamento lê a placa do veículo e verifica se, pelo cadastro, é um ônibus. Além disso, se houver algum tipo de problema com a placa (enferrujada, obliterada, erro de leitura ou mesmo sem placa), há ainda a verificação pelo perfil magnético, que detecta a forma do veículo e consegue identificar se é um carro, moto, caminhão ou ônibus”, lembra Nishimoto.
Ao medidor também foi acoplada uma câmera de vídeo que vai gravar a imagem do veículo durante sua passagem pela faixa exclusiva, verificando se ele seguiu por uma grande distância, o que configuraria a infração de invasão, ou se entrou em uma garagem ou fez alguma conversão próxima à direita, o que é permitido em determinados pontos da via.
Após o período de testes, haverá uma avaliação da comissão de análise de projetos da Setran, composta por membros da secretaria, da Universidade Federal do Paraná e da Universidade Positivo. Os resultados servirão como base para termos de referência de futuros editais na área de fiscalização e monitoramento de trânsito na cidade.