sábado, 21 de setembro de 2024
Secretário da Fazenda apresenta balanço financeiro do Estado do 1º quadrimestre

Secretário da Fazenda apresenta balanço financeiro do Estado do 1º quadrimestre

Para Renê Garcia Junior, início do ano apresentou receitas acima do esperado, no entanto, arrecadação não é suficiente para cobrir suplementação já identificada de R$ 6,5 bilhões.

O secretário de Estado da Fazenda, Renê Garcia Junior, apresentou durante audiência pública na tarde de terça-feira (25), na Assembleia Legislativa do Paraná, os resultados contábeis do Paraná referentes ao 1º quadrimestre de 2021. A apresentação é prevista na Lei Complementar nº 101, de maio de 2000 – a Lei de Responsabilidade Fiscal – que exige a demonstração e avaliação periódica do cumprimento de metas fiscais. Acompanhado por uma equipe de técnicos do Governo, o secretário detalhou durante o encontro as receitas, despesas e resultados referentes à contabilidade do Estado, e respondeu aos questionamentos dos parlamentares.

O secretário abriu a audiência pública fazendo uma avaliação da conjuntura econômica mundial, mostrando que a recuperação da atividade econômica tem divergido entre países e setores. Segundo a apresentação, o indicador de incerteza global recua e chega a níveis pré-pandemia, mas no campo doméstico a incerteza, apesar do recuo, ainda se encontra em patamares elevados. “A economia global deve crescer 6,0% em 2021. A previsão de 2021 foi revisada em relação à previsão anterior, refletindo as expectativas de um fortalecimento da atividade alimentado por vacinas, redução das incertezas relacionadas aos Estados Unidos e negociações no Brexit”, disse Garcia Junior.

Em relação ao cenário brasileiro, os dados apresentados dão conta de que, embora o indicador de incerteza econômica tenha reduzido a partir do segundo semestre de 2020, ainda segue em patamar bastante elevado. De acordo com a apresentação, o indicador de atividade econômica de alta frequência mostra que a despeito da recuperação que vem ocorrendo desde o terceiro trimestre de 2020, há um recuo na margem. Apesar da recuperação nos meses seguintes, mostram os números apresentados, em 2021 o resultado foi de queda de 4,1% para o Brasil e crescimento de apenas 0,1% para o Paraná.

Receitas

De acordo com os dados apresentados pelo secretário, a receita corrente foi de R$ 15,8 bilhões de janeiro a abril de 2021, contra R$ 13,8 bilhões no mesmo período de 2020. A apresentação também mostrou um aumento na receita nominal de 15%. A apresentação ainda mostrou que a receita de impostos, taxas e contribuições de melhoria teve um aumento nominal de 12% e real de 5%. “A receita de impostos cresceu por três motivos. Primeiro que a arrecadação de 2020 no 2º bimestre foi muito aquém do habitual, efeito decorrente das medidas de distanciamento no início da pandemia. Segundo pelo aumento da inflação, aumentando a base de cálculo do imposto. Por fim, o aumento da atividade acima do esperado para o início do ano”, explicou o secretário.

A apresentação mostrou que o resultado positivo nos primeiros meses reduz a pressão no orçamento, cujas despesas obrigatórias fixadas consomem mais de 100% das receitas correntes estimadas. “A arrecadação dos impostos ICMS, IPVA e ITCMD vem apresentando resultados positivos em 2021, o que diminui o impacto da impossibilidade do Estado tomar novos empréstimos com garantia da União”, comentou Renê Garcia Junior.

Despesas

As despesas correntes nos primeiros quatro meses deste ano chegaram a R$ 13,1 bilhões. No mesmo período de 2020 o valor foi de R$ 12,8 bilhões. O aumento nominal foi de 2% com uma queda real de -2%. Os gastos com pessoal e encargos sociais somaram R$ 8,713 bilhões, valores semelhantes do ano passado, que foi de R$ 8,771. “A queda da despesa de pessoal é explicada pelo menor volume de contratações por tempo determinado, tendo em vista que a folha de ativos e inativos, civis e militares, mais a contribuição patronal juntas aumentou 4% (nominal) no período”, explicou o secretário.

Ainda na apresentação, Garcia Junior afirmou que de janeiro a abril de 2021 o Governo do Estado investiu 7,2% em Saúde e 26,9% em Educação, números abaixo dos percentuais mínimos estabelecidos por lei para as duas áreas – 12% e 30%, respectivamente. Nas ações de saúde pública já foram executados R$ 1,8 bilhões e na Educação um total de R$ 2,8 bilhões. A Secretaria de Estado da Fazenda ressaltou na apresentação que o limite deve ser atingido ao final do exercício.

Na avaliação do secretário, o início de 2021 está sendo muito bom para as finanças públicas do Estado do Paraná, uma vez que as receitas estão acima do esperado, em relação à LOA. “Embora a previsão de receita tenha aumentado em relação à inicial, estando a previsão atualizada em R$ 46,4 bilhões, o aumento da arrecadação neste primeiro quadrimestre não é suficiente para cobrir a necessidade de suplementação já identificada de R$ 6,5 bilhões”, concluiu Garcia Junior.

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