O Impetigo trata-se de uma infecção bacteriana que atinge pessoas de qualquer idade, porém é mais comum em crianças com idade entre dois e seis anos
Altamente contagioso, o impetigo é uma infecção bacteriana comum que atinge a pele, causada por dois diferentes germes: o Staphylococcus aureus, uma bactéria que vive na pele e nas narinas de pessoas saudáveis; e o Streptococcus pyogenes que habita normalmente a pele, boca e trato respiratório superior.
Daniela Seidel, médica pediatra da Secretaria de Saúde de Pinhais, especialista em dermatologia, reforça os cuidados necessários. “De maneira geral, essas bactérias não fazem mal nenhum às pessoas. No entanto, uma queda no sistema de defesa do organismo, um ferimento superficial na pele, como um pequeno corte, um arranhão, picada de um inseto, ou ainda mesmo lesões provocadas por outras doenças, facilitam a contaminação”, explica Daniela.
Quando exposta à bactéria, uma pessoa pode adquirir a doença se entra em contato com feridas de alguém que já está infectado ou no contato direto com itens compartilhados como roupas, lençóis, toalhas e até mesmo brinquedos. “Depois do contato com a bactéria, o paciente pode transmitir a doença, mesmo sem nenhum sinal visível da infecção, por quatro a dez dias”, completa a médica pediatra.
O contagio ocorre em pessoas de qualquer idade, entretanto é mais comum em crianças com idades entre dois e seis anos, especialmente nos meses mais quentes e úmidos do ano, e em ambientes com condições de higiene precárias. “Se o sistema imunológico estiver comprometido, existe risco maior de desenvolver a doença”, declara Daniela Seidel.
Tratamento
Segundo a pediatra, o tratamento do impetigo deve começar o mais rápido possível, preferencialmente nas 48 horas inicias após o aparecimento das primeiras feridas, evitando complicações como febre reumática, glomerolunefrite ou se espalhar em outros órgãos. Portanto, procure a unidade de saúde mais próxima de sua residência.
É imprescindível procurar por auxílio médico para tratar a doença e seguir as orientações de uso de medicamentos e medidas a serem adotadas. “Mesmo que os sintomas tenham melhorado com as primeiras doses ou aplicações do antibiótico, é fundamental que seu uso seja mantido nos horários e prazo prescritos pelo médico para evitar que as bactérias desenvolvam resistência aos remédios”, explica a médica pediatra.
As lesões do impetigo curam-se lentamente, mas as taxas de cura são altas, desde que o paciente siga as orientações médicas corretamente. Na maioria dos casos, o risco de contágio do impetigo só desaparece 48 horas depois de iniciado o tratamento com antibióticos ou quando as feridas deixaram de eliminar secreção e estão cicatrizando. “Enquanto isso não acontece, o paciente deve permanecer em casa, sem contato direto com os outros moradores e seus objetos devem ser separados para seu uso exclusivo. Cicatrizes são raras. A reinfecção, no entanto, é comum em crianças”, complementa Daniela.
A pediatra indica algumas medidas fundamentais a serem adotadas para reduzir a chance de contaminação de outras partes do corpo ou de outras pessoas:
– Nunca se descuide dos cuidados básicos de higiene, como lavar as mãos com frequência, especialmente antes das refeições e depois de usar o banheiro;
– Não compartilhe com as pessoas doentes objetos de uso pessoal, como toalhas, lençóis, pentes e escova de cabelo, por exemplo;
– Evite tocar nas feridas para não espalhar a infecção por outras partes do corpo;
– Ferver a roupa da criança afetada e evitar que ela ou qualquer outra pessoa manipule as feridas;
– Mantenha a pele limpa para evitar o contágio da infecção. Limpe bem pequenos cortes e escoriações com sabão e água limpa.
Serviço
Para mais informações entre em contato com a Vigilância Epidemiológica. Atendimento de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, e-mail: epidemiologia@pinhais.pr.gov.br. Telefone: (41) 3912-5308.