Com uma população de 323.340 habitantes, o município saiu de um investimento de R$ 34,4 milhões em 2018, valor que estava bastante reduzido para o padrão histórico da cidade, para R$ 76,5 milhões em 2019. A segunda cidade em aumento de investimentos foi Joinville (SC), com 75%, saltando de R$ 49 milhões para R$ 85,8 milhões no período analisado. Ressalte-se que também neste caso, o nível do investimento de 2018 estava abaixo do padrão histórico.
Em valores absolutos, Curitiba (PR) foi a que mais investiu na região em 2019, totalizando R$ 402,6 milhões, seguida pelas capitais Porto Alegre (RS), com R$ 253,1 milhões, e Florianópolis (SC), com R$ 216,5 milhões. Segundo a publicação, a capital do Rio Grande Sul foi a única que registrou queda nos investimentos, de 17,6%. Em 2018, ela havia realizado um investimento no valor de R$ 307,1 milhões.
A maior redução de investimentos na região em 2019, entre as selecionadas, foi a de Maringá (PR), de 43,3%. Na 15ª edição do anuário, o município ocupou a segunda colocação em crescimento na região. Viamão (RS) foi a segunda maior redução, com 18,4%, seguida da já citada Porto Alegre e de Foz do Iguaçu, com 6,5%.
Somados, os investimentos de todos os municípios da Região Sul em 2019 registraram um aumento de 17,9%, aproximadamente, comparados ao ano anterior, saindo de R$ 7,85 bilhões para R$ 9,26 bilhões, o que representou 19,5% do investimento municipal no Brasil.
Em sua 16ª edição, o anuário Multi Cidades – Finanças dos Municípios da Brasil utiliza como base números da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apresentando uma análise do comportamento dos principais itens da receita e despesa municipal, tais como ISS, IPTU, ICMS, FPM, despesas com pessoal, investimento, dívida, saúde, educação e outros.
Consolidada como um instrumento de consulta e auxílio no planejamento dos municípios, a publicação traz como novidade nesta edição informações sobre os impactos da pandemia do novo coronavírus nas finanças municipais no primeiro semestre de 2020.
Realizado pela FNP, em parceria com a Aequus Consultoria, o anuário apresenta conteúdo técnico em linguagem amigável e é uma ferramenta de transparência das contas públicas. A 16ª edição tem o patrocínio de ANPTrilhos, FGV – Júnior Pública, Houer, Huawei, Locness, Radar PPP e Santander.
Brasil: pequenos municípios registram retração em investimentos
Levantamento realizado pelo anuário Multi Cidades – Finanças dos Municípios do Brasil aponta que, em 2019, os investimentos continuaram em expansão nos maiores municípios em razão das operações de crédito. Nos pequenos, houve retração.
A exemplo do ano anterior, os investimentos foram o item da despesa com a mais alta taxa de crescimento real em 2019, de 19,5%, e atingiram R$ 47,56 bilhões. O forte desempenho no biênio sucedeu seguidas quedas de 2015 a 2017, na esteira da crise político-econômica. Apesar do biênio em elevação, o volume encontra-se ainda em níveis bastante baixos.
Nos três primeiros anos do atual mandato dos prefeitos, os municípios aplicaram R$ 116,67 bilhões na sua infraestrutura e na compra de equipamentos, o que equivaleu a pouco mais de dois terços do quantitativo registrado nos triênios 2009-2011 e 2013-2015, quando foram alocados R$ 171,11 bilhões e R$ 172,54 bilhões, respectivamente.
O peso dos investimentos no total do gasto municipal também se encontra bastante encolhido. Após chegar a 5% em 2017, o menor nível da série histórica dos dados do anuário Multi Cidades, que se inicia em 2002, o indicador subiu para 7,2%, em 2019. No período pré-crise, em 2014, chegou a 10,2%.
O aumento dos investimentos municipais em 2019 foi puxado pelas cidades de maior porte populacional, em contraste com a ligeira retração observada nos municípios com menos habitantes.
Nas capitais e entre as 106 cidades selecionadas por Multi Cidades, que inclui as capitais e pelo mais um entre os maiores municípios de cada Estado, o crescimento médio ficou em 32,8% e 33,1%, respectivamente. Nos municípios com até 20 mil habitantes, houve um ligeiro recuo de 2,6%.