O que você gosta de usar quando fica em casa? Se for como a maior parte das pessoas, provavelmente gosta de vestir roupas confortáveis. Mas essas roupas estão de acordo com seu estilo e marca pessoal? Ou são peças que você jamais usaria se tivesse que sair e ser vista por alguém?
De acordo com Kelly Costta, especialista em gestão de imagem e marca pessoal, a chamada “roupa de usar em casa” não deveria existir. “Aliás, eu costumo brincar com minhas alunas que essas peças de fato não existem. Isso porque, normalmente, quando alguém escolhe uma roupa para usar em casa é sempre aquela peça rasgada, manchada. É uma roupa que ou você jogaria fora ou você daria para alguém que precisa, não é verdade?”.
Segundo a especialista, separar essas peças para usar em casa só porque não está sendo visto por alguém pode prejudicar a imagem pessoal. “Existe uma ciência chamada cognição indumentária, que comprova que a forma como a gente se veste influencia psicologicamente na forma como a gente se sente”, explica.
Ela reforça que, apesar de parecer algo inocente, a prática de se vestir de qualquer jeito em casa pode afetar a autoestima e a forma como alguém se vê. “O fato é que ainda que ninguém de fora esteja vendo, você está se vendo. Ou seja, não é sobre o outro, é sobre você e a forma como você se enxerga, a sua autoestima e sua imagem pessoal”, analisa.
Outro ponto importante levantado por Kelly é com relação à imagem que se quer passar para as pessoas próximas, como um companheiro ou companheira. “Imagina que você está lá com seu marido, na sua casa, e você passa de repente com uma camisa de político. Aí você quer que seu marido olhe pra você de uma forma diferente e tudo mais? Não vai acontecer. É preciso ter mais atenção a esses detalhes. Lembrando que você pode se vestir de forma confortável em casa, mas precisa ser uma roupa que preserve sua imagem, seu estilo, e que você também usaria caso precisasse sair na rua”, sugere.
Kelly acredita que a busca por um posicionamento que fortalece a imagem pessoal passa por detalhes e mudanças de hábitos. “No meu trabalho, preciso trabalhar a forma como as mulheres se enxergam, aumentando sua percepção de valor. Definimos seu estilo arquetípico e construímos juntos seu posicionamento e sua mensagem para dentro e fora. Procuro mostrar que quanto mais aprendo a me valorizar por dentro, mais sou valorizada por fora também. E isso deve acontecer dentro ou fora de casa”, conclui.