Ratinho Júnior quer transformar o Paraná numa central logística da América do Sul

Ratinho Júnior quer transformar o Paraná numa central logística da América do Sul

A bela vocação logística do nosso estado foi salientada pelo governador, por uma questão geográfica, também, constituindo-se numa posição central para 70% do PIB da América do Sul

O governador Ratinho Júnior, na manhã do dia 3 de fevereiro, quinta-feira, concedeu entrevista a Jovem Pan News de Maringá, cidade onde foi para a assinatura da obra de duplicação da BR 317. O canteiro de obras empreendido em todo o estado, aliás, foi um dos grandes assuntos abordados. A bela vocação logística do nosso estado foi salientada pelo governador, por uma questão geográfica, também, constituindo-se numa posição central para 70% do PIB da América do Sul. ”Pensamos a médio e longo prazo, o que ainda não é uma cultura no Brasil. O objetivo é fazer do Paraná uma central logística da América do Sul, daí nossos tantos investimentos em rodovias, eixos, anéis de integração por todo o estado”, disse Ratinho.

Novos hospitais na pandemia

Muitas obras em hospitais, inclusive, com a construção de novos hospitais regionais também têm acontecido, segundo contou. A ideia no plano de governo é descentralizar o atendimento em saúde, que se encontrava muito concentrado na capital. A pandemia acelerou este processo, com a antecipação de obras como a do Hospital de Guarapuava, em oito meses, para atender a Covid-19. O mesmo ocorreu com o Hospital de Telêmaco Borba, que ganhou UTI e UTI pediátrica para Covid-19, entre outros novos hospitais inaugurados. ”Antes, havia o chamado turismo de ambulâncias, pois muitas cidades não contavam com hospitais próximos para cirurgias, por exemplo”, disse.

Preços dos combustíveis

Sobre o aumento nos preços dos combustíveis, Ratinho Júnior foi transparente, explicando que as altas têm ocorrido por conta do dólar. ”Não adianta mentirem para a população e culparem governadores, pois, com internet, a população se informa sobre como funciona a política de preços. O Brasil é autossuficiente em produção de petróleo, mas, não é em refino. Então, tem de enviar o petróleo a países que fazem o refino, importando, na volta, o próprio petróleo que produz. E tem de pagar em dólar. A cada vez que o dólar sobe, sobem os preços dos combustíveis. Por isso, é importante trabalhar para cair o dólar em relação a nossa moeda. Além disso, os preços do petróleo estão subindo no mundo todo, por conta do aumento da demanda. Os EUA também estão com essa tendência de alta nos preços”, esclareceu.

Ambiente político de tranquilidade

A política de boas relações com prefeitos, senadores do estado e presidente da República foi exaltada, combatendo especulações de que não mais apoiaria a reeleição de Bolsonaro, por exemplo. Especula-se que Ratinho Júnior apoiaria Moro, Álvaro Dias e até o PT, nas próximas eleições. Mas, o governador desconversou, alegando que é muito cedo para definir apoios. Que é preciso esperar as movimentações partidárias. A única certeza é que, se seu partido, o PSD, lançar candidato, deverá seguir o partido. Mas, não deixou de enfatizar que mantém ótimas relações com o presidente Bolsonaro, tendo feito parcerias com o Governo Federal para diversas obras, como em Itaipu. Manter a tranquilidade política no Paraná é a tônica, oferecendo um ambiente favorável de união entre as esferas de poder para o bem das parcerias que trazem obras e desenvolvimento.

Exageros do Bolsonaro

O governador ressaltou, aliás, que não tem nada a reclamar sobre recursos do Ministério da Saúde para a pandemia. O Paraná, assim como outros estados, recebeu todo apoio e recursos possíveis, possibilitando a abertura de leitos e UTIs, além do envio de medicamentos. Quando indagado sobre a condução do enfrentamento a pandemia pelo presidente da República, fez apenas a ressalva do exagero na defesa da hidroxicloroquina e no discurso antivacina. ”Penso que Bolsonaro não precisava ter feito propaganda de cloroquina e sido contra as vacinas. Quem decide sobre medicamentos é o médico. Sobre vacinas, que deixasse sua posição pessoal clara, mas, sem exageros no discurso contrário. Mas, esse é o estilo dele e naturalmente gera polêmicas”, ponderou.

A geração de empregos em 2021 foi recorde, com 178 mil vagas abertas. A maior geração de empregos dos últimos dezoito anos, em plena pandemia. Também foi muito satisfatório ouvir sobre toda a mudança empreendida para os pedágios. Acredito que este se constituira num feito histórico do governador, que deverá assinar novos contratos em 2023 em um modelo completamente inovador, visando empresas que oferecerem os menores preços, mas, com o compromisso de fazerem novas obras. Um seguro ao usuário será exigido das empresas caso obras não previstas no contrato sejam necessárias. ”Vamos implantar um modelo inédito no país, que já está sendo copiado por outros estados. Vai pra Bolsa de Valores e com o menor preço. A previsão é de redução média de 50% nos preços. Vale ressaltar que, em Santa Catarina, sempre foi mais barato porque os contratos não preveem obras, apenas, manutenção. E agora Santa Catarina quer fazer igual ao novo modelo que vamos implantar”, revelou. E vale ressaltar que o governador não poupou críticas aos vinte e quatro anos de pedágio no estado, onde muitas “mentiras, roubalheira e sacanagem“ ocorreram. Penso que, se tudo der certo com o novo sistema, nem mesmo os maiores críticos do governador encontrarão motivos para criticá-lo neste ponto. Esta demanda era uma das mais debatidas no estado e seu atendimento algo que não poderá ser esquecido.

Entre tantos outros investimentos abordados, a exemplo de obras de novas penitenciárias e melhorias nas polícias, o governador foi indagado sobre como tem sido possível realizar tanto e ainda com os desafios da pandemia. Ratinho Júnior foi breve e enfático. “Planejamento a médio e longo prazo e cortar gastos com mordomias”. E lembrou que acabou com a aposentadoria de ex-governadores, o que deixou muita gente indignada. ”Acabei com aquela teta de que tantos gostavam”. Ainda transformou a Ilha das Peças, onde era a casa de veraneio dos governadores que o antecederam em uma Escola do Mar, oferecendo cursos profissionalizantes a jovens alunos, a exemplo de hotelaria, gestão de pousadas, e outros.

Renovação

Enfim, a gestão do governador tem demonstrado que muita coisa não se resolvia no Paraná por falta de vontade política aliada a incompetência e gastos excessivos com a máquina pública, não sobrando dinheiro para investimentos. Tem feito bem ao Paraná e a seu povo esses novos ares de renovação no comando do estado. Depois de tantas décadas nas mãos de poucas famílias alternando-se no poder do estado, o filho do empresário e apresentador Ratinho tem trazido renovação e um novo jeito de fazer política, uma política direcionada a união de esforços para o desenvolvimento do estado pensado a longo prazo. Não é imprudente dizer que o “menino” tem tudo para ser reeleito.

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