A Gazeta Cidade de Pinhais: Quem é o Gilmar Jorge Batista dos Santos?
Gilmar Jorge Batista dos Santos: Sou morador de Pinhais desde 1973. Sou empresário, além de professor de Direito Penal e advogado.
A Gazeta: Há quanto tempo você tem sua empresa em Pinhais? No início, quais foram as maiores dificuldades?
Gilmar: Abri minha empresa em 1990. Uma das maiores dificuldades, no início, foi conseguir uma boa equipe de trabalho, pois, é um ramo de atividade que exige profissionais das mais diversas áreas, desde o pessoal de limpeza, passando pelos profissionais que atendem diretamente os clientes, como os bartenders, os DJs, Dlights, até o pessoal de marketing e administrativo. Após conseguir montar a equipe, tudo se acertou.
A Gazeta: Pelo seu tempo de experiência como empresário em Pinhais, você participou da transformação do município. Quais foram os benefícios para o seu negócio a partir de todo esse desenvolvimento do município?
Gilmar: Tive uma participação significativa na transformação do nosso município, principalmente, quanto a sua emancipação, quando, já vereador, junto com outros colegas da Câmara, conseguimos a emancipação de Piraquara, em 1993. Tivemos muitos benefícios a partir da emancipação, com a vinda de muitas indústrias e com o crescente interesse das pessoas em residir na nossa região. Como decorrência desse crescimento, todos os tipos de atividades foram altamente beneficiadas. Nessa toada, vale frisar que a minha empresa teve um papel muito importante no tocante à geração de empregos e desenvolvimento das atividades econômicas por aqui. Desta forma, não apenas foi beneficiada, mas também devolveu ao município os resultados dos investimentos realizados ao longo do tempo.
A Gazeta: Certamente, nesses anos todos como empresário, você deve ter enfrentados muitos desafios. Quais fatores contribuíram para o sucesso de sua empresa?
Gilmar: Durante todo esse tempo em atividade, certamente, houve períodos de altos e baixos, o que é comum em todo e qualquer ramo de atuação. Contudo, acredito que um fator importante para essa longevidade foi “manter a chama sempre acesa”, no sentido de buscar uma constante evolução, possibilitando a todos os funcionários e colaboradores estarem atualizados, preparados e, acima de tudo, bastante motivados para melhor atender a clientela. Paralelamente a isso, conforme a atividade exige, procuramos sempre ter os equipamentos de última geração e, também, novidades, a partir da busca dos melhores artistas nacionais e internacionais, principalmente, no que se refere a MC’s e DJ’s. Vale ressaltar, entre vários artistas, até o vocalista da banda inglesa AC/DC já se apresentou no palco da Millenium. Em virtude disso, ao longo dessa história, nos tornamos um dos principais pontos de entretenimento e diversão para a população de Pinhais, bem como das cidades vizinhas, procurando proporcionar toda a estrutura e segurança necessárias, estabelecendo, assim, uma relação de confiança com o nosso público.
A Gazeta: Em meios às dificuldades causadas pela pandemia, como você tem conseguido manter a empresa?
Gilmar: Estou encarando a crise da forma como ela deve ser encarada: com muita energia e buscando soluções alternativas. Nosso ramo realmente está sendo bastante prejudicado, mas, mesmo assim, estou otimista, considerando a perspectiva de algum enfrentamento mais viável para o combate a essa “praga” e, quem sabe, até, uma vacina a curto prazo. Além disso, é plausível considerar a fala do governador Ratinho Júnior, quando ele disse, recentemente, que pretende liberar todas as atividades no mês de agosto. Com isso, espero que também a nossa prefeita adote a mesma conduta.
A Gazeta: Em tempos de crise, como está gerenciando a área de recursos humanos da empresa?
Gilmar: Nossos funcionários são o pilar fundamental da atividade, portanto, devemos tratá-los com muito carinho e atenção neste momento. Muitas famílias dependem da nossa empresa, sendo assim, não poderíamos fazer outra coisa senão dar todo o apoio possível para que continuem sobrevivendo nesse período tão difícil para todo mundo.
A Gazeta: Como você tem avaliado tantas polêmicas sobre o melhor a fazer para combater a pandemia?
Gilmar: Apesar de ser otimista, existe uma certa preocupação, é evidente, principalmente, porque há muitas opiniões divergentes a respeito do combate ao Covid-19. O mais grave disso tudo, é que algumas opiniões são consideradas como verdades absolutas mesmo sem nenhum fundamento comprovado. Fundamentos definitivos até agora não existem. Há muitos cientistas e médicos que discordam das chamadas “verdades adotadas”. Mas, mesmo assim, como já disse anteriormente, estou otimista e espero que, em breve, tudo possa retornar à normalidade.
A Gazeta: Muitas empresas têm adotado soluções alternativas para manterem seu negócio. Quais alternativas você tem buscado para que a empresa continue em atividade?
Gilmar: Estamos divulgando nossa empresa através de “lives” que são realizadas todos os sábados, com a apresentação de MC’s e DJ’s. Precisamos nos adaptar a essa nova realidade e as alternativas que a tecnologia nos proporciona são formidáveis.
A Gazeta: Como você avalia a comunicação da Prefeitura de Pinhais em relação aos empresários?
Gilmar: A comunicação da Prefeitura de Pinhais em relação aos empresários é muito boa. É um exemplo a ser seguido. A prefeita Marli Paulino está de parabéns neste quesito. Vemos a prefeitura se esforçando para garantir que a cidade atravesse esse período da melhor forma possível. As políticas públicas vão de encontro aos que órgãos competentes definem como corretas.
A Gazeta: Você foi eleito vereador em Pinhais, no passado, tendo se tornado presidente da Câmara Municipal. Você acredita que é importante ao Poder Legislativo contar com bons representantes para a gestão de uma cidade?
Gilmar: Sem sombra de dúvidas. Merecemos ser representados com respeito, dedicação e honestidade. Poderia elencar, aqui, várias outras qualidades essenciais para que um político seja digno de tal encargo. Independentemente de partido ou do posicionamento ideológico, o eleito deve guardar um compromisso com a verdade e trabalhar em prol da população. Não importa o lado, mas, sim, a intenção nas atitudes.
A Gazeta: Qual seu grau de confiança em relação ao futuro do nosso país?
Gilmar: Prefiro compor a ala dos otimistas e consigo enxergar um bom futuro para o país pós-pandemia. No entanto, seria leviano da minha parte pensar que não existirão feridas a serem curadas. O atual momento é de preocupação e cuidado. Na minha visão, é imprescindível que os estados e municípios, juntamente com o Governo Federal, unam forças para que os impactos sejam amenizados e o Brasil possa lidar com esta situação e seguir em frente da melhor maneira. É necessário, também, que haja cautela, de modo que as decisões tomadas sejam acertadas, principalmente, no que concerne à administração da saúde e da economia. Os desafios sempre existiram. A diferença, agora, é que as dimensões são outras. Devemos ter um bom planejamento para que tudo seja contornado com a maior brevidade possível. Portanto, acredito que conseguiremos superar esta fase e seguir um bom rumo.
A Gazeta: Quê mensagem você deixaria para os empresários(as) do ramo de eventos, que têm vivenciado muitas dificuldades neste período de tantas incertezas?
Gilmar: A palavra-chave é: resiliência. Somos um povo guerreiro e empreendedor por natureza. Temos uma boa capacidade de adaptação. Certamente, não está fácil suportar os impactos desta pandemia e o ramo de eventos foi um dos mais atingidos. Fazer as lives é uma das alternativas. Temos de procurar nos reinventar. O mundo digital está aí para ser explorado. Sendo assim, digo que não devemos desanimar, jamais.