Projeto Mãos na Massa ensina autonomia e desperta talentos nas escolas municipais

Projeto Mãos na Massa ensina autonomia e desperta talentos nas escolas municipais

Projeto Mãos na Massa
Os ateliês e as cozinhas industriais instaladas nas Unidades de Educação Integral e em escolas trouxeram novas possibilidades pedagógicas para os professores trabalharem os conteúdos do currículo, além de despertarem habilidades novas nos estudantes

Desde 2021, o Projeto Mãos na Massa – Economia Doméstica para os estudantes da rede municipal de ensino de Curitiba ensina autonomia e desperta talentos dentro das escolas municipais.

Os ateliês e as cozinhas industriais instaladas pela Secretaria Municipal da Educação nas Unidades de Educação integral (UEIs) e em escolas trouxeram novas possibilidades pedagógicas para os professores trabalharem os conteúdos do currículo, além de despertarem habilidades novas nos estudantes.

“Esse projeto surgiu após um intercâmbio na Finlândia, com a finalidade de desenvolver o potencial dos estudantes, e é mais uma ação que afirma Curitiba como cidade educadora”, pontua a secretária municipal da Educação, Maria Sílvia Bacila.

O projeto é executado por meio de ações pedagógicas práticas que são planejadas, contextualizadas e articuladas ao Currículo do Ensino Fundamental da rede, desenvolvidas em ambientes adaptados e preparados para o trabalho de Práticas de Gastronomia e de Práticas de Artesanato, Costura e Customização, com base nos princípios das metodologias ativas de aprendizagem e da cultura maker.

Na Escola Municipal Papa João XXIII (Portão), as mães dos estudantes receberam um presente especial de Dia das Mães, sachês de aromatizantes para gavetas, também chamados de “cheirinhos”. Estes pacotinhos são extra especiais, por serem produzidos pelas crianças durante as atividades do Mãos na Massa.

As aulas do Mãos na Massa da Escola João Paulo XXIII são realizadas todas as tardes, com exceção de quarta-feira, dia reservado para a preparação das professoras. São cerca de 90 alunos participantes, cada um pode participar de um dia de projeto, gastronomia ou artesanato.

Sophia Valões Zanon, 11 anos, sonha em ser prefeita, e não perderia a oportunidade de desenvolver habilidades variadas. “O Mãos na Massa para mim é um privilégio, é mais do que uma aula. É muito legal aprender as maneiras corretas de fazer as coisas, e a gente se diverte, trabalha em equipe e ainda experimenta nossas criações”, contou Sophia, que já utilizou os aprendizados em casa em formato de receita de bolo de banana.

 

Novas habilidades e sabores

O prato favorito da maioria dos estudantes da turma de quinta-feira na Gastronomia foi um pierogi de batata com bacon, em formato de capivara, criado pela professora Gecirleia Parra em comemoração pelo aniversário da capital. “Eu nunca tinha comido pirogue, achei bem legal aprender a fazer uma comida diferente, e ficou muito gostoso”, comentou Laura de Oliveira, 10 anos.

“A nossa ideia é fazer pratos que valorizam o consumo consciente e que eles possam recriar em casa, com produtos acessíveis e também com partes que geralmente são descartadas, mas que podem ser deliciosas e muito nutritivas”, disse a professora Gecirleia.

 

Pensando no futuro

Uma das principais realizações do Mãos na Massa, de acordo com os participantes, é a boa utilização do tempo.

“Se eu estivesse em casa, estaria mexendo no celular. Se pudesse viria para aula de costura todo dia”, disse Maria Eduarda Fagundes, de 15 anos. Através do projeto, Maria descobriu um hobby que a aproximou de sua avó, e agora considera a profissão de estilista para o futuro. “Minha vó tem uma máquina de costura lá em casa e eu nunca havia costurado, agora passo a noite com ela criando peças. Já fiz até uma boneca pra minha prima”, relatou.

O curitibinha Guilherme Silva da Luz, 11, nunca havia considerado fazer artesanato, e se surpreendeu com o quanto gostou da atividade. “É divertido vir para a aula, gosto de mexer na máquina. Já fiz um presente para minha mãe de Dia das Mães”, contou Guilherme, se referindo aos sachês aromatizados.

As turmas animadas são a alegria da professora Claudia Gil, que leciona Língua Portuguesa há cerca de 25 anos, mas é sua primeira experiência com o Mãos na Massa, nas Práticas de Artesanato. “É uma sorte ter a oportunidade de ensinar, conviver e participar do desenvolvimento das crianças, ainda mais pelo processo criativo. O projeto é um espaço de múltiplas oportunidades, e as crianças aprendem a colaborar e respeitar o trabalho dos outros”, disse Claudia.

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