Professora de Educação Especial há 30 anos, Jaqueline Bensi Siqueira desenvolve no Colégio Estadual João Paulo I, em Curitiba, um trabalho colaborativo voltado ao aprendizado individualizado e sensibilização dos docentes. Com os estudantes, ela promove atividades para descobrir como é o processo de aprendizagem de cada um, respeitando o tempo e entendendo quais recursos geram melhores resultados. Já com os docentes, o trabalho é direcionado ao entendimento desses processos, visando a contribuir com o melhor desempenho de cada aluno.
Por esse trabalho, Jaqueline se destaca e é personagem de reportagem produzida pela Secretaria Estadual da Educação e do Esporte como homenagem pelo Dia do Professor, celebrado na sexta-feira, 15 de outubro. “Nosso trabalho na Educação Especial é descobrir como o aluno trabalha e, a partir disso, orientar os professores do ensino regular”, afirma. “Cada um aprende de uma maneira, e é preciso respeitar esses diferentes processos.”
Na sala de recursos multifuncional do colégio, onde é ofertado o Atendimento Educacional Especializado, Jaqueline trabalha, também, com estudantes do 6º ao 8º ano do Ensino Fundamental, da educação especial. No contraturno, ela dá aulas de Língua Portuguesa para o 6º ano do ensino regular.
A professora também teve experiências profissionais na APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) até 2015, envolvendo a estimulação sensorial de crianças desde os 2 anos, com brincadeiras no chão para desenvolver a coordenação motora. “O ato da descoberta me encanta. Gosto de participar do ‘descobrir’ da criança, que é um, e do ‘descobrir’ do adolescente, que é totalmente diferente”, diz Jaqueline.
Natural de Joaquim Távora, no Norte Pioneiro do Paraná, Jaqueline almejava ser professora desde a infância, quando ia de charrete para a escola rural que frequentava. Suas grandes inspirações foram a professora que a alfabetizou e a de Língua Portuguesa da 8ª série (na época).
“Ser professor significa fazer a diferença para mim e para o outro, tornar melhor o lugar onde estou e o cotidiano das pessoas com quem eu convivo”, declara Jaqueline. “É muito mais do que passar o conteúdo. É conseguir ver o outro no todo, não só como aluno, mas como um indivíduo na sua totalidade, com suas particularidades e com seu próprio tempo de aprender.”