O presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, deputado Ademar Traiano (PSDB), recebeu na quarta-feira, dia 25, a proposta do Governo do Estado para a nova Lei da Inovação no Paraná. O estado é o vice-líder no Índice de Inovação dos Estados da Federação das Indústrias do Estado do Ceará, ficando apenas atrás do estado de São Paulo. O texto, elaborado com base no trabalho de técnicos do Governo e também em uma consulta pública realizada em 2019, inicia agora o trâmite no Legislativo.
Traiano destacou a importância do setor para o estado e a necessidade de um marco legal atualizado e em consonância com as exigências do mercado. “O Paraná é um estado de vanguarda e não podemos ficar para trás quando o assunto é inovação e tecnologia. Um setor que tem muito a contribuir com o desenvolvimento do Paraná. Vamos iniciar imediatamente a tramitação desse projeto para que possamos dar ao nosso estado e ao setor produtivo todas as condições necessárias para tornar o Paraná cada vez mais eficiente e tecnológico”, disse o presidente da ALEP.
Considerada uma das propostas mais modernas do País e alinhado com a legislação federal de inovação, a nova lei estadual deve minimizar barreiras legais que dificultam o desenvolvimento do setor produtivo, além de ampliar o uso da inovação no setor público.
De acordo com Henrique Domakoski, superintendente de Inovação do Paraná, esse novo marco legal do estado é fundamental para que o Paraná esteja alinhado com as demandas que o mundo exige. “É preciso trabalhar a tríplice hélice da inovação de uma forma mais coesa: governo, setor produtivo e academia. Permitindo ao mesmo tempo que a academia trabalhe de forma mais próxima do setor produtivo” disse Domakoski. Ainda segundo ele, é preciso fazer com que o produzido nas universidades transpasse os seus muros para impactar a sociedade.
O superintendente defendeu ainda que o setor produtivo e as startups possam trabalhar próximas ao Governo para que seja praticada a inovação aberta, trazendo os empreendedores, as startups de novas tecnologias, para ajudar a resolver as principais demandas que o Estado tem. Segundo ele, essas são práticas que têm sido utilizadas mundo a fora. “As melhores práticas do setor privado a gente quer trazer também para o setor público para que a máquina seja consequentemente mais moderna, mais ágil, mais enxuta e que o estado seja mais competitivo”, explicou Domakoski.
Segundo Adriano Krzyuy, presidente da Assespro (Federação das Associações das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação), a nova legislação ajuda a criar um ambiente de inovação, tanto para que o empresário seja mantido dentro do estado para continuar inovando, quanto atrair novas empresas e startups.