Um levantamento feito entre os dias 19 e 24 de abril, em 22 bairros espalhados em nove regiões de Curitiba, identificou que a população sente a falta de bancos nos pontos de ônibus do município. O levantamento, realizado pelo mandato do deputado estadual Rasca Rodrigues (PV) com o objetivo de verificar a necessidade de assento nos mobiliários, mapeou 74 pontos de ônibus com bancos adaptados pela população.
Na terça-feira (25/04), o deputado Rasca Rodrigues apresentou um relatório fotográfico dos locais com bancos adaptados ao presidente da Urbanização de Curitiba (Urbs), José Antonio Andreguetto, para avaliar uma medida do poder público sobre a questão. “O resultado confirma que os curitibanos necessitam dos bancos. Basta andar pela cidade e ver que há vários pontos adaptados com bancos de madeira, caldeiras, caixas, sofás”, explicou Rasca.
Andreguetto antecipou ao parlamentar que um projeto-piloto será elaborado para atender, em um primeiro momento, os pontos onde a população já construiu bancos por conta própria. Segundo ele, um projeto padrão de assento será preparado para este fim, envolvendo a comunidade na manutenção e demais cuidados.
No último dia 7 de abril, Rasca esteve em audiência com o Prefeito Rafael Greca. Na ocasião, o deputado apresentou sua campanha pelo fim dos chamados “bundódromos” (barra vermelho afixada nos bancos da região central de Curitiba) – também conhecidos como bundaril – que realiza desde 2013. Greca ficou de estudar a demanda e questionou se realmente os assentos eram necessários.
“Resolvemos fazer este levantamento para mostrar esta carência. O prefeito está aberto para o diálogo e pretendemos, nos próximos dias, entregar um relatório ainda mais completo com 300 abrigos com bancos feitos pela população”, completou Rasca.
De acordo com dados da Urbs, há cerca de 2,5 mil abrigos de ônibus da empresa Clear Channel, a maioria na regional Matriz, e mais de 6 mil abrigos do modelo “Chapéu Chinês” nas regionais do Bairro Novo, Boa Vista, Boqueirão, Cajuru, CIC, Portão, Pinheirinho, Santa Felicidade e Tatuquara.
RMC
No relatório apresentado pelo deputado do PV também há um levantamento complementar mostrando a realidade dos mobiliários da Região Metropolitana de Curitiba (RMC). Campo Largo, Campina Grande do Sul, Fazenda Rio Grande, Pinhais, Piraquara, Quatro Barras e São José dos Pinhais, segundo o documento, ofertam bancos aos seus munícipes.
“Curitiba é a única cidade que fez a opção em não colocar banco para os idosos, crianças, com problemas de saúde, como a obesidade. É também a única cidade onde a empresa Clear Channel atua e não colocou banco”, finalizou Rasca.