Políticas Públicas do Paraná são destaque em evento de transição energética em São Paulo

Políticas Públicas do Paraná são destaque em evento de transição energética em São Paulo

Governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior
Governador Ratinho Junior falou sobre uma série medidas que levaram o Estado a ser considerado o mais sustentável do Brasil

O governador Carlos Massa Ratinho Junior participou no dia 5, terça-feira, do ESG Summit Brazil Journal, em São Paulo. Durante um dos painéis de debate do evento, ele defendeu um alinhamento entre o poder público e a iniciativa privada para avançar no desenvolvimento sustentável e disse que o Estado deve dar exemplos positivos nesse segmento, destacando os avanços obtidos pelo Paraná ao longo dos últimos seis anos.

“O Paraná tem a maior área de Mata Atlântica protegida na América do Sul, o maior programa de reflorestamento de árvores nativas do País, o maior programa de repovoamento de rios e é responsável por cerca de 20% da energia elétrica do Brasil, sendo 98% dela produzida a partir de fontes limpas e renováveis”, afirmou o governador.

“Chegamos a 83% de cobertura do saneamento básico no Estado e até 2028 teremos a universalização do saneamento básico, que é outra grande medida visando a proteção do meio ambiente, já que a falta de coleta e tratamento de esgoto é um dos principais fatores de poluição”, acrescentou Ratinho Junior.

Estas políticas públicas fizeram com que o Paraná fosse eleito o Estado mais sustentável do Brasil por quatro anos consecutivos pelo Ranking de Competitividade dos Estados, além de ser citado como exemplo mundial em desenvolvimento sustentável pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

“Esse conjunto de políticas públicas tem ajudado a consolidar o Paraná como maior centro industrial sustentável do Brasil e nós buscamos atrair cada vez mais investimentos de empresas que tenham em sua missão a responsabilidade com os preceitos de ESG”, defendeu o governador.

 

PIONEIRISMO

Durante as discussões do painel, que tinham como objetivo a troca de experiências sobre modelos de financiamento para projetos de desenvolvimento sustentável, o governador lembrou que o Paraná foi pioneiro ao criar um Comitê Público-Privado sobre ESG (sigla em inglês que significa Ambiental, Social e Governança). A iniciativa foi formalizada na semana passada.

Composto por 21 secretarias estaduais, autarquias e grandes empresas como Copel, Sanepar, Mondelez, Boticário, Renault e Heineken, o comitê visa estruturar políticas que incentivem o crescimento econômico e assegurem impactos positivos em sustentabilidade e responsabilidade social.

“Estas grandes empresas que estão instaladas no Paraná e que são comprometidas com o ESG estão pensando em soluções conjuntas com nossos secretários estaduais, além de analisar aquilo que já é feito na iniciativa privada e que pode ser transformado em política pública”, relatou o governador.

 

MUDANÇAS  CLIMÁTICAS

Ratinho Junior também comentou sobre como o Paraná tem se preparado para enfrentar as mudanças climáticas, que já têm causado uma série de problemas no Brasil e no mundo, como estiagens prolongadas, chuvas severas, incêndios florestais e enchentes. Ele mencionou iniciativas como a criação de áreas de proteção próximas aos grandes rios que cortam o Estado, um planejamento de longo prazo para preservação da água e o estímulo à transição energética no meio rural.

“Estamos fazendo um projeto em parceria com os municípios, começando por Curitiba, para a construção de um grande corredor de biodiversidade às margens do Rio Iguaçu, que nasce na Capital paranaense e termina em Foz do Iguaçu, para proteger esse grande ativo do Estado que se estende por mais de 1.300 quilômetros”, disse o governador.

O chefe do Poder Executivo paranaense informou que o Estado deve fechar uma parceria com o Banco Mundial para a elaboração do primeiro plano diretor hídrico do Brasil. “Com isso, vamos entender o volume de água que temos disponível, como podemos usá-lo de forma racional e como devemos gerenciar esse potencial para que as próximas gerações tenham a garantia de acesso a esses recursos”, afirmou.

Outro exemplo abordado foi o Banco do Agricultor Paranaense, que oferece financiamentos com condição facilitada para agricultores que desejam instalar sistemas de geração de energia a partir de placas solares ou biogás em suas propriedades. “Esse é um programa que tem um apelo ambiental, mas também social, já que reduz custos aos pequenos e médios produtores agrícolas”, disse.

O Governo do Estado também começou a desenvolver uma estrutura de monitoramento mais resiliente a questões climáticas. Serão integrados ao Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) nos próximos meses dois novos radares, 25 estações meteorológicas, sendo 10 meteorológicas automáticas e 15 hidrológicas telemétricas, e sistemas de informática atualizados.

Além disso o Estado está renovando o monitoramento da região costeira com um novo conjunto de dispositivos para coletar múltiplas informações sobre as condições marítimas e atmosféricas da região, como variações nas correntes, marés e ondas.

 

PAINEL

Além do governador do Paraná, o painel sobre financiamento sustentável do ESG Summit contou com a participação do diretor da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), Carlos Takahashi; o presidente do Banco do Nordeste, Paulo Câmara; e a head de ESG da Astella Investimentos, Lina Lisbona.

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