Pix Automático: entenda como funciona a nova ferramenta e evite dores de cabeça

Pix Automático: entenda como funciona a nova ferramenta e evite dores de cabeça

Pix Automático
O Pix Automático será lançado em 16 de junho no Brasil, prometendo mais praticidade para pagamentos recorrentes

A partir de 16 de junho, o sistema financeiro brasileiro ganha uma nova funcionalidade: o Pix Automático. Apresentada pelo Banco Central a empresas e instituições, a ferramenta permitirá pagamentos recorrentes automáticos via Pix para serviços como mensalidades, contas de luz e streaming.

A novidade, contudo, acende um alerta entre especialistas. Reinaldo Domingos, presidente da ABEFIN (Associação Brasileira de Profissionais de Educação Financeira), defende que, embora os avanços tecnológicos sejam positivos, a população não está preparada para lidar com a ferramenta sem antes desenvolver um comportamento financeiro saudável. O principal risco, segundo ele, reside no automatismo excessivo, que pode levar consumidores a autorizar cobranças sem revisão ou planejamento. Domingos compara o cenário ao débito automático tradicional, onde muitos esquecem de serviços não utilizados, resultando em perda de controle financeiro.

O Pix Automático permite ao usuário autorizar uma única vez o pagamento automático de cobranças recorrentes. O cliente poderá configurar regras como valor máximo por cobrança e utilização de saldo ou crédito, além de poder cancelar o pagamento até às 23h59 do dia anterior ao vencimento. O sistema notificará o usuário antes do débito e fará até três tentativas em sete dias, caso não haja saldo. A funcionalidade é gratuita para o consumidor.

Comparado ao débito automático tradicional, o Pix Automático oferece mais controle ao usuário, que pode revisar e cancelar pagamentos. Em relação ao Pix Agendado Recorrente, que permite pagamentos frequentes, a diferença é que o Agendado é para transferências entre pessoas físicas (ex: mesadas), enquanto o Pix Automático é exclusivo para cobranças de empresas.

Domingos enfatiza que o maior erro é adotar novas tecnologias sem análise prévia do orçamento. Ele recomenda uma “faxina financeira” para verificar a real necessidade do débito e se o serviço ainda é relevante. Alerta também que o consumidor deve estar atento aos limites pré-estipulados, pois se o valor exceder, o pagamento será bloqueado. “O Pix Automático é bem-vindo, mas sem educação financeira, ele pode virar um problema”, conclui Domingos, ressaltando que o comportamento financeiro determinará o impacto da ferramenta.

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