Pinhais comemora 32 anos de história, crescimento e inspiração

Pinhais comemora 32 anos de história, crescimento e inspiração

32 anos de história
A cidade mais sustentável do Brasil comemorou mais um aniversário no dia 20 de março, reunindo histórias inspiradoras de quem aqui vive e constrói esse legado

O município de Pinhais celebrou 32 anos de emancipação política no dia 20 de março. Com uma história marcada por desafios superados e conquistas notáveis, a cidade paranaense de 127.019 habitantes (Censo IBGE 2022) se destaca como uma das mais desenvolvidas do estado. Sem parar de crescer, o PIB do município subiu 23,8% de 2020 para 2021 – último levantamento do IBGE, e se tornou a 11ª melhor economia do Estado do Paraná. Além dos números, histórias de vidas que aqui foram escritas e que continuam a tecer com o tempo, traduzem o sentimento das pessoas desta cidade que inspira.

Pinhais foi reconhecida pelo Prêmio Band Cidades Excelentes de 2023 como a cidade mais sustentável do Brasil. Congrega um polo comercial e industrial com mais de 16 mil empresas ativas, aliando progresso econômico ao desenvolvimento social, ecológico e o cuidado com as pessoas. Não à toa, figura em 1º lugar no Ranking de Competitividade dos Municípios da Região Metropolitana de Curitiba, e ocupa a 5ª posição no estado. A pesquisa reúne indicadores sociais para medir a capacidade de fornecer serviços públicos de qualidade.

Gerson Bittencourt, 68 anos, é testemunha das transformações profundas que moldaram Pinhais ao longo de suas mais de três décadas. Da luta contra enchentes à implementação de medidas de sustentabilidade, Gerson personifica a resiliência e o espírito pioneiro da comunidade pinhaiense. Sua jornada de superação pessoal após quatro AVCs inspira aqueles ao seu redor e destaca a importância dos serviços de saúde e apoio social na cidade.

“Pinhais evoluiu com empresas, indústrias, empregos, cuidando das pessoas e preservando o meio ambiente, esta foi a grande evolução. Isso é exemplo de progresso para o Brasil”, conta.

“Infelizmente passei por várias histórias, já saí de barco da minha casa, mas tenho orgulho de ver crescer, de morar aqui”, conta o aposentado que frequenta as aulas de ginástica e hidroginástica do Centro de Convivência do Idoso (CCI).

Hoje, após múltiplos traumas de saúde, seu Gerson retoma aos poucos a autonomia que sempre desfrutou. Além das atividades no CCI, cumpre com afinco o tratamento de saúde desenvolvido pelas equipes da Unidade de Saúde da Família Tarumã, no bairro Estância Pinhais, onde tem acompanhamento com fonoaudiólogo e fisioterapeuta. Desde então, tem evoluído bem, e dispensou pelo caminho cadeira de rodas, andador, bengala e hoje pisa a cada dia com mais segurança. Também com o apoio dos filhos, sustenta com orgulho dois sonhos realizados: o triciclo motorizado e a companheira Índia, uma pastora alemã.

O acompanhamento que Gerson recebe das equipes da Atenção Primária à Saúde do município exemplifica o porquê de Pinhais ser 2º lugar no ranking estadual do Ministério da Saúde. “Mais de uma vez agradeço a todos os profissionais envolvidos. A partir do segundo AVC, comecei no CCI, encaminhado pela equipe da USF Tarumã, que pediu todos os exames e eu fiz à risca, daí comecei ginástica, fono, fisio e hidroginástica. Aqui o atendimento é fantástico. Eu já consegui nadar e se Deus quiser ainda vou voltar para a arte marcial, que fiz a minha vida inteira”, projeta.

 

Orgulho dos pioneiros e dos recém-chegados

E a história de Pinhais continua sendo feita a cada dia, de pessoas inspiradas que passaram a inspirar. Seja com relatos dos pioneiros, como o seu Gerson, ou de jovens que aqui nascem todos os anos, e também daqueles que chegam para recomeçar uma vida carregada de sonhos e perspectivas.

Rafaela Cristina da Silva da Luz, 22 anos, destaca a transformação que Pinhais trouxe para sua vida. Desde que chegou aqui, aos 13 anos, encontrou na cidade uma fonte de oportunidades e crescimento pessoal. “Quando cheguei, tinham recém-inaugurado a Escola de Dança, e eu amo dançar, então pedi para me inscrever nas aulas de dança de rua. Eu amava as aulas e fiz muitas amizades nesse período. Com 17 anos, entrei para as aulas de coral no Centro Cultural Wanda dos Santos Mallmann”, recorda.

“Eu e minha família amamos ir aos finais de semana na Praça da Bíblia jogar vôlei e, com a reforma que foi feita agora, está ainda melhor. Quando meus familiares vêm para Pinhais, vamos ao Bosque Municipal e ao Parque das Águas, eles sempre se encantam com os ambientes ao ar livre, a beleza e paisagem que só a gente tem”, orgulha-se Rafaela.

Destaque como modelo profissional, coroada Miss Pinhais em 2023, a jovem representa a beleza e a determinação de quem sabe que está no caminho certo: “Pinhais tem crescido muito desde os meus 13 anos, desde as melhorias nas pracinhas e parques, na oferta de cursos para nós jovens e adolescentes, e na segurança que a gente sente em morar aqui. Além, claro, do orgulho que sentimos ao dizer que moramos em Pinhais.”

 

História da emancipação

Até o final do século XIX, a região de Pinhais pertencia ao município de Curitiba, quando, em 1890, conforme Xavier (2000), após desmembramento de Curitiba em alguns municípios, Pinhais passou a fazer parte do território pertencente ao município de Colombo. Em 1930, sob a direção do interventor Manoel Ribas, foram estabelecidas algumas mudanças político-administrativas e Pinhais passou a pertencer ao município de Piraquara.

Dado a sua importância econômica e política, Pinhais foi elevado à categoria de Distrito Municipal, em 21 de novembro de 1964, uma reivindicação antiga dos moradores da região, que, na verdade, exigiam a emancipação como município. Em 1991 foi realizada a consulta popular junto aos moradores de Pinhais sobre a emancipação e 87% dos votantes no plebiscito optaram pela emancipação do distrito, promulgada com a Lei 9.906/1992, de 18 de março de 1992, apresentada pelo então presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, deputado Aníbal Khury.

Informações contidas no livro “Pinhais 20 anos: Fatos e histórias de uma cidade emancipada”, de Rodolfo dos Santos Silva, publicado pelo IPJ – Instituto Paranaense da Juventude, 2012.

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