Em diversos bairros de Pinhais têm sido registrados focos do mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão de doenças como dengue, zika e chikungunya. Até o último levantamento, realizado em julho, foram identificados 265 focos do vetor no município. Além do acompanhamento dos casos confirmados, a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) realiza diversas ações de prevenção. Equipes têm atuado constantemente para vistoriar as residências e orientar a população com relação aos cuidados para não deixar água acumulada.
A Prefeitura conta com onze agentes de combate de endemias (ACE) em campo. Alocados nas Unidades de Saúde, atuam diretamente em seu território (bairro) nas ações de combate à dengue. A cada dia, a rotina de trabalho inclui o levantamento de índice – a vistoria nas residências para identificar a presença do vetor da dengue. Nessas vistorias é realizada a remoção de depósitos com água parada e feito orientações ao morador. Quando não é possível a remoção de depósitos devido ao seu tamanho, ou ser fixo, é feito tratamento com larvicida.
Monitoramento quinzenal em pontos estratégicos, locais onde há concentração de depósitos do tipo preferencial para desova da fêmea Aedes aegypti. São exemplos: ferro velho, borracharia, etc. Nestes locais, é feita uma avaliação de risco da área, e se considerado de alto risco, é cadastrado como Ponto Estratégico, caso em que esse imóvel passa a ser monitorado pelo ACE quinzenalmente.
O monitoramento por armadilhas é feito mensalmente. Por meio da instalação de armadilhas espalhadas pelo município, as equipes realizam o monitoramento da presença do mosquito uma vez ao mês. Ao total, são 150 armadilhas. Durante a instalação, também é repassado orientações ao morador.
Em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente, durante a semana que é realizado o Mutirão de Educação Ambiental e Limpeza, os ACEs são deslocados para esses bairros e fazem uma intensificação nas atividades de vistoria nas residências, a remoção de depósitos com água parada, orientações, e também já informam sobre os dias e ruas que irá ocorrer o Mutirão, orientando o morador a colocar os materiais na calçada para recolhimento (pneus, madeira, móveis e outros).
Bloqueio de transmissão
Quando identificado um caso suspeito ou positivo de dengue, os ACEs realizam a atividade de bloqueio de transmissão. O objetivo do bloqueio é impedir que caso o paciente confirme a contaminação por dengue, que não ocorra o ciclo de transmissão. O bloqueio tem por finalidade realizar a eliminação de focos, tanto na residência do paciente, como no entorno. “Caso o paciente venha a ser positivo para dengue, e tenha a presença do vetor na região, temos o risco do mosquito picar esse paciente contaminado e acabar contaminando uma pessoa saudável, por isso a importância do bloqueio”, explica Priscila Bordin, gerente de Vigilância em Saúde Ambiental.
Atividades educativas
Os ACEs têm participado das reuniões de conselho local com a finalidade de levar informações atualizadas à comunidade sobre a situação de focos e reforçar os cuidados de prevenção. Em algumas oportunidades, também é aproveitado o momento da sala de espera das Unidades de Saúde para uma fala rápida sobre a prevenção.
Com o Programa Saúde na Escola (PSE), servidores fazem orientação e ações de prevenção nas unidades de ensino de Pinhais. O PSE é uma política intersetorial entre o Ministério da Saúde (MS) e o Ministério da Educação (MEC), executado em parceria pelas Secretarias Municipais de Saúde e de Educação. A ação tem como perspectiva a atenção integral à saúde de crianças, adolescentes e jovens do ensino público, com foco na prevenção, promoção, atenção e formação.
Plano de Gerenciamento para Prevenção e Controle da Dengue
O Termo de Referência para Elaboração do Plano de Gerenciamento para Prevenção e Controle da Dengue (PGPCD) tem como finalidade orientar os responsáveis pelos estabelecimentos, cuja atividade propicia condições ambientais favoráveis para a proliferação do mosquito Aedes aegypti no município de Pinhais.
A obrigatoriedade de elaboração do Plano de Gerenciamento de Prevenção e Controle da Dengue foi instituída por meio da Resolução SESA nº 029/2011 e Lei Municipal 1611/2014.
Os proprietários são responsáveis pelo gerenciamento dos materiais existentes em seu estabelecimento e deverão realizar o manejo adequado do ambiente e materiais estabelecendo rotinas e procedimentos para a eliminação de potenciais criadouros do mosquito.
Denúncias
Quando recebido alguma denúncia sobre situações que envolvam possível foco de dengue, também é realizada vistoria pelo ACE do território. Em alguns casos, quando não sanado de imediato, o problema é repassado para a fiscalização.
A gerente de Vigilância em Saúde Ambiental, Priscila Bordin, reforça que “o maior número de focos encontrados são de residências. Precisamos da colaboração e conscientização de toda a população”.
Para mais informações ou realizar denúncias, entre em contato com a Vigilância em Saúde Ambiental pelo telefone: (41) 99102-9824.