Pets ficam idosos em escala diferente a dos humanos

Pets ficam idosos em escala diferente a dos humanos

Cães de pequeno porte, com até dez quilos, amadurecem mais rápido nos primeiros anos de vida
Aquele velho ditado de que um ano do homem corresponde a sete anos do pet não é bem assim não

Quem já ouviu – e acreditou – naquela frase que diz que cada ano do homem equivale a sete anos do pet? Bem, na prática, não é assim que ocorre. Segundo a veterinária da DrogaVET, Farah de Andrade, é necessário levar em consideração outros fatores nesse cálculo, como, por exemplo, o porte, a raça e o tipo de animal.

“Cães de pequeno porte, com até dez quilos, amadurecem mais rápido nos primeiros anos de vida, mas, por outro lado, iniciam a terceira idade por volta dos sete anos. Já os cães de médio e grande porte tendem a amadurecer mais lentamente no início da vida, porém já são considerados idosos a partir dos cinco anos”, pondera Farah.

Na realidade, a veterinária explica que se o cálculo fosse feito pela média, só o primeiro ano do cão equivaleria a 15 anos no homem. “Nessa fase de filhote, o cão sofre diversas transformações, vai de bebê a adulto em pouquíssimos meses, amadurecendo bem mais rápido que nós, humanos”, explica a profissional, destacando, ainda que os gatos, por sua vez, só entram na terceira idade aos dez anos.

Segundo a profissional, não existe uma correspondência regular entre a idade dos gatos e a dos humanos, tendo em vista que os dois primeiros anos do gato equivalem aos 24 anos do humano e, a partir dos 2 anos, cada ano da vida do gato corresponde a cerca de 4 a 5 anos do homem. “Por exemplo, um gato com 10 anos é considerado sênior e tem aproximadamente 56 anos humanos. Entretanto, esses valores são apenas indicativos, já que naturalmente existem gatos que parecem ser mais jovens em relação a sua idade e vice-versa”, pontua Farah.

De maneira geral, os tutores precisam ficar atentos com o avanço da idade, já que nessa fase aparecem as doenças geriátricas, relacionadas ao envelhecimento do organismo. “É comum surgirem problemas cardíacos, insuficiência renal, artropatias, catarata, distúrbios cognitivos e doenças periodontais”, pontua a veterinária.

Para a profissional, um aliado do tutor, nessa fase, é o medicamento manipulado. “Com a manipulação veterinária é possível unir diferentes matérias-primas num único composto e isso traz diversos benefícios ao pet, desde a diminuição da quantidade de remédios a ser ingerida ao longo do dia ou da semana, até a minimização do estresse na hora da medicação, por ser produzido na forma e sabor mais palatáveis a ele: biscoitos de picanha ou bacon, pastas de salmão ou de frutas, filme oral de hortelã, caldas de iogurte, ou até molhos de frango, por exemplo. Além disso, todos são confeccionados na dose certa e com múltiplas associações, incluindo até os suplementos alimentares tão primordiais aos pets mais velhinhos”, finaliza a especialista.

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