Os golpes mais comuns no Carnaval e como evitá-los

Os golpes mais comuns no Carnaval e como evitá-los

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Associação Brasileira de Bancos traz orientações da Campanha Tem Cara de Golpe para garantir que a população possa aproveitar desfiles, bailes e bloquinhos com mais tranquilidade

Os dias de Carnaval são festivos e repletos de atrações para que os foliões possam aproveitar a data. Mas, para que o clima não acabe em dor de cabeça para quem está se divertindo, é importante estar atento aos golpes financeiros, que são muito comuns nessa época do ano. Por isso, a ABBC – Associação Brasileira de Bancos, idealizadora da campanha Tem Cara de Golpe, destaca dicas para conscientizar a população sobre como aproveitar o Carnaval com mais segurança.

Um dos golpes mais recorrentes é o do link falso (ou phishing), relacionado à compra de ingressos. Os criminosos criam sites falsos que imitam vendedores oficiais de festas e camarotes. Além de roubar o dinheiro, obtêm dados dos cartões de crédito dos usuários. Por isso, é importante verificar sempre a autenticidade dos sites, procurando por certificados de segurança e conferindo a URL oficial dos vendedores autorizados.

Há também o golpe do Pix, em que os criminosos se passam por vendedores, mas podem alterar o valor da compra antes de mostrarem o QR Code na hora do pagamento. A recomendação é manter-se atento ao preço cobrado pelo produto antes de confirmar a transferência bancária. Uma boa prática é reduzir os valores que podem ser transacionados via Pix.

Outro golpe digital é aplicado com falsas redes wi-fi públicas. Um criminoso pode espionar a navegação do celular e até mesmo interceptar informações e senhas em redes desprotegidas. O mesmo problema pode ocorrer em totens de carregamento de bateria, conectados em cabos USB suspeitos. Eles podem transmitir malwares e invadir facilmente o aparelho. Utilize uma bateria extra como um powerbank ou utilize carregador e cabo próprios.

 

Golpes com cartões bancários

Ao comprar comidas e bebidas em blocos de rua, é necessário redobrar os cuidados. A ABBC orienta que o dono do cartão nunca o entregue diretamente ao vendedor, especialmente na rua ou estabelecimentos não-habituais. Os criminosos podem se passar por comerciantes, memorizar a senha do cliente e trocar o cartão durante a transação.

Além disso, no momento de fazer o pagamento, a Associação alerta que, se o visor da máquina de cobrança estiver apagado ou quebrado, impedindo a visualização do valor da compra, o consumidor não deve aceitar passar ou aproximar o cartão ou o celular ao dispositivo. Os golpistas podem inserir um valor muito acima do que a vítima teria que pagar, levando a prejuízos.

Dê preferência aos pagamentos por aproximação via celular. Esse tipo de pagamento é mais seguro, pois possibilita uma camada de autenticação adicional com biometria ou senha para acesso à carteira digital antes de efetuar o pagamento. Em cartões físicos, recomenda-se desativar função de aproximação (contactless) para evitar que criminosos se aproveitem da aglomeração para capturar sinais do cartão e realizar débitos sem consentimento do usuário.

“Durante o Carnaval, além dos golpes com as máquinas de cartões, é frequente também as tentativas de roubo e furto do aparelho celular, já que os criminosos buscam conseguir acesso a aplicativos e contas bancárias para obter vantagens financeiras. Por isso, é importante que o cliente utilize senhas robustas e deixe ativadas diversas camadas de segurança, como autenticação de duplo fator, biometria ou leitor facial para os aplicativos”, alerta Sílvia Scorsato, presidente da ABBC.

 

Segurança cibernética

A ABBC recomenda que foliões ativem controles de segurança nos dispositivos, como o MFA (múltiplo fator de autenticação), ocultação e proteção de aplicativos bancários com a ativação do controle assistivo (em dispositivos Apple) e proteção contra roubo em dispositivos Android. Outro ponto importante é ter recursos de localização e bloqueio do dispositivo remotamente previamente configurados.

Em relação aos aplicativos bancários, é possível ativar as funções de proteção como localização, redução de limites de transferência, ocultação e proteção com senhas adicionais e ativação de controles de segurança para carteiras digitais para pagamento somente com senha biométrica.

 

Em caso de roubo ou furto, o que a vítima deve fazer?

Além de procurar os órgãos de segurança do estado, em casos de roubo ou furto do celular, a vítima deve avisar imediatamente o banco através dos canais de atendimento oficiais, acionar as autoridades competentes para registrar um boletim de ocorrência e, também, comunicar à operadora de telefonia. Para bloquear completamente o dispositivo, é necessário ter anotado o número do IMEI de identificação do aparelho. Essa informação pode ser obtida diretamente no dispositivo (por meio das configurações do seu celular, vá na opção “Sobre o telefone” e, em seguida, encontre o código).

Para mais detalhes sobre fraudes e a campanha Tem Cara de Golpe, da ABBC, acesse www.temcaradegolpe.com.br. O portal oferece conteúdos interativos como cards, vídeos e quizzes para apoiar a proteção do público. Com o apoio de 84 instituições financeiras associadas e do Banco Central do Brasil, a campanha promove a conscientização dos consumidores.

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