Você já se perguntou qual o objetivo central da sua vida? Quando tiramos o dinheiro, os resultados e o reconhecimento externo dessa posição, damos um passo bem importante: a meta principal se torna a própria vida. Compreender isso é dar permissão a si mesmo para viver plenamente, com felicidade, realização, sucesso, liberdade e tudo o mais que você descobrir que lhe traz valor real.
Claro que é uma busca individual e, portanto, devem-se considerar os significados que cada um traz de felicidade, realização e sucesso. Mas isso só é possível quando abrimos mão das definições impostas pela nossa cultura e pelos padrões sociais. Passamos uma boa parte da vida tentando nos encaixar nesses significados prontos, embalados e processados do mundo. Isso aumenta o desafio que é tornar claro o sentido de tudo isso para nós e, assim, vivermos de maneira autêntica. Acredito, inclusive, que uma criança tem muito mais clareza sobre o que significa ser “ela mesma”, enquanto muitos de nós não fazem a menor ideia.
Vejo que muita gente foi enterrando a própria essência em cobranças sociais, imposições culturais e no desejo de ser aceito. O medo da crítica e da rejeição puxa o freio de mão da espontaneidade. Assim, nos tornamos, muitas vezes, adultos bem-educados e hipócritas. Ser feliz significa descobrir o significado autêntico de felicidade e ter coragem de viver nessa direção, com propósito, tomando consciência de quem você é e o que quer.
O autoconhecimento, a busca da autonomia, a priorização do eu, a sensação de plenitude, da autenticidade e da valorização da liberdade individual, da auto permissão para mudar de direção e o direito de não nos encaixarmos nos padrões sociais completam esse cenário. Isso porque a busca por um propósito se torna uma jornada de autoconhecimento e uma grande aventura de autodescoberta.
A felicidade não pode ser um prêmio dado somente para quem alcançar determinados resultados, como se sucesso fosse o único objetivo da vida, e a felicidade, a grande recompensa! Essa visão pode fazer com que passemos todo nosso tempo nos cobrando enquanto esperamos chegar, finalmente, o momento de desfrutar, sendo que não sabemos quando e se, algum dia, essa hora chegará.
Como seres ambiciosos que somos, sempre estamos mirando em um ponto no futuro para alcançar algum objetivo. E isso é bom. O que não é bom é não nos darmos o direito de sermos felizes enquanto isso, o que faz com que a gente empurre a felicidade lá para o futuro. O problema é que, quando isso acontece, ela nunca mais estará no mesmo lugar que nós.
Quando ousamos colocar a felicidade no mesmo momento e lugar em que estamos, aqui e agora, no trabalho que realizamos e nos resultados que alcançamos, o mundo se torna um grande playground de experiências. Fazer isso enquanto construímos felicidade é a nossa maior responsabilidade como seres humanos.
Branca Barão, Master Trainer em Programação Neurolinguística Sistêmica e especialista em comportamento humano
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