No mês das Trabalhadoras e das Mães, vale lembrar: equilíbrio é tudo!

No mês das Trabalhadoras e das Mães, vale lembrar: equilíbrio é tudo!

Mães trabalhadoras em seus próprios negócios enfrentam muitos desafios – e o primeiro deles é pouco falado em nossa sociedade. Saber lidar com equilíbrio emocional e a dosagem certa diante de tantas atividades ao mesmo tempo, como empreender e cuidar da família e da casa é realmente uma luta diária.

Há mães que se sentem culpadas por não estarem com seus filhos a maior parte do tempo. Por isso, encontrar um equilíbrio sobre sentimentos como esse é o que nos mantém fortes e determinadas. Quando damos um tempo de qualidade para o filho, não precisamos estar necessariamente o dia todo com ele. Uma vez que a atenção seja suprida de uma forma atenciosa, conseguimos concentrar amor, carinho e educação satisfatoriamente. Com certeza, a prole se sentirá amada e atendida, contanto que seja respeitado o devido descanso após a jornada de trabalho.

Essa questão surge exatamente porque, cada vez mais, as mães têm se tornado empreendedoras. Elas estão vencendo o medo de apostar e se dedicar aos negócios também, ao ultrapassar barreiras e dúvidas sobre se, de fato, dão conta das atividades muitas vezes dobradas e até triplicadas. Há muito a se conciliar entre a maternidade e a vida profissional, o que é bom e deve ser cada vez mais saudável.

Penso que a maternidade deve ajudar a vida da mulher a melhorar em vários sentidos. Embora muitas mães adiem a hora de dar à luz em função da carreira, é necessário ter uma visão positiva da maternidade. O mercado de trabalho pode ser injusto com as mulheres nesse sentido, mas elas não podem se deixar levar pela apreensão e devem organizar a vida de acordo com as suas necessidades, cobrando posições justas e adequadas ao que precisam. Não se calar é a principal dica!

Por sua vez, quando as mulheres conquistam um bom patamar para exercerem a maternidade com dignidade e segurança, o fato de ser mãe pode e deve impulsioná-la para o empreendedorismo. A vida de uma empreendedora, é importante lembrar, pode fornecer horários mais flexíveis em comparação a uma carga horária obrigatória. Para as que têm carteira assinada, direitos específicos devem ser cobrados e exercidos, como os períodos de férias compatíveis com as crianças, entre outros.

Por sua vez, ser mãe e empresária permite traçar caminhos a serem seguidos por outras mulheres. Temos que planejar a vida por esse viés, motivadas por histórias positivas que nos façam avançar.

As mulheres trabalhadoras nesse segmento estão mais desafiadas a inovar. Temos, por exemplo, o home office, que permite que as mães estejam em casa perto da família e exerçam uma profissão. Há outros vários exemplos de adaptação das mulheres nesse sentido que enriquecem suas vivências.

Portanto, no mês das Trabalhadoras e do Dia das Mães, que nossas histórias mútuas possam nos fortalecer a seguir em frente rompendo as barreiras com empreendedorismo e criatividade.

Isabela Brisola é advogada previdenciária, fundadora do escritório Brisola Advocacia e empreendedora

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