Vereador MarcinhoO presidente da Casa, vereador Marcinho (PSD), salienta o início das blitze sanitárias no município no último dia 24. As blitze sanitárias são uma ação em conjunto com a Secretaria Municipal de Saúde, Guarda Municipal, Defesa Civil e Polícia Militar. “As vias Camilo Di Lellis e a Jacob Macanhan foram as primeiras a passar por essas blitze. Uma iniciativa que se revela providencial diante do agravamento da pandemia no município e na Grande Curitiba. O objetivo é verificar se as pessoas estão usando máscaras, abordar sobre os sintomas da doença, fornecer orientações, além de fazer o teste de medição da temperatura corporal, bem como distribuição de material informativo”, coloca.
O último decreto da prefeita Marli, aliás, veio em conformidade com decisões em conjunto com toda a Região Metropolitana. “Uma abordagem que considero mais apropriada, uma vez que é impossível separar Pinhais de toda a Grande Curitiba. Não estamos isolados. Pinhais fica muito perto de Curitiba, e de outros municípios como Piraquara, Colombo, São José dos Pinhais. Não há como enfrentarmos essa pandemia sem decisões conjuntas, pois a circulação de pessoas entre os municípios é enorme e constante. Assim como todas as decisões em outras áreas devem ser tomadas considerando a integração da Região Metropolitana, em relação à Covid-19 deve ser feito o mesmo. Fazemos parte de uma grande área que é a Região Metropolitana, de mais de 3 milhões de habitantes. Precisamos nos unir para combater esse grave problema de saúde pública. Ninguém vencerá sozinho essa doença que se espalha muito rapidamente. Pedimos a colaboração de todos, afinal, é um problema de todos nós que afeta a população inteira, sem exceção. As economias dos municípios da Região Metropolitana são interdependentes, assim como o transporte público, e saúde pública, como parte do SUS, um sistema integrado. Pinhais não conta com UTIs, assim como diversos municípios da Grande Curitiba. Não podemos atuar de forma separada, pois o problema de uma localidade afeta a outras e vice-versa”, avalia.
Senso de coletividade e sacrifício
O presidente do Legislativo Municipal ainda acrescenta que sem um senso de coletividade não iremos conseguir conter o avanço da doença. “Vamos fazer, cada um de nós, a nossa parte. Usar máscaras de proteção, evitar sair de casa quando não for estritamente necessário, é decisivo. Não é o momento de reuniões sociais, festas, passeios. Se nos sacrificarmos agora, poderemos conter mais rapidamente o avanço da pandemia. O momento exige sacrifícios de todos. Quem pode ficar em casa, permaneça em sua residência, ajudando a diminuir a circulação de pessoas para que os que precisam sair para trabalhar corram menos riscos. Quem estiver com sintomas suspeitos da doença, procure orientação dos serviços de saúde, e permaneça em isolamento social, conforme o recomendado. Também é importante auxiliar na fiscalização de estabelecimentos que não estão cumprindo as medidas sanitárias em conformidade com o último decreto, denunciando pelo número de Whatsapp da prefeitura (98700-1592)”, finalizou.
Binga alerta que o momento é de salvar vidas e defende prorrogação de auxílio emergencial até dezembro
O vereador Binga (CIDADANIA) comentou, na tribuna, sobre o novo decreto da prefeita Marli Paulino, ressaltando que foi editado com o máximo de sensibilidade. “Não somos de ferro e temos um só coração. A presença da Covid-19 está forte, muito forte. Só cego que não enxerga. Inclusive, é importante que a imprensa alerte fortemente a população sobre a gravidade da realidade. Nossa cidade não é diferente. Pinhais está colada com Curitiba, é vizinha de Piraquara, faz divisa com outros municípios.
A imprensa precisa deixar bem claro que a doença está avançando demais e rapidamente. É preciso deixar claro que não há vacina. Já se vão meses de pandemia e sem vacina. Imagine, se ficarmos sem vacina em julho, agosto, setembro, outubro… O decreto foi super positivo, dentro da realidade que se apresenta. Sempre defendi a flexibilização do comércio. Por motivos óbvios: a população precisa trabalhar, comer, pagar suas contas”, avaliou.
População deve fazer sua parte
O vereador ainda chamou a atenção para a população fazer a sua parte a fim de conter a pandemia, lembrando que quem apresenta sintomas de Covid-19 deve ficar em isolamento social. “Quem está com sintomas, por favor, tenha responsabilidade de ir para casa e ficar em isolamento. Pelo amor de Deus, isso não é brincadeira. Ligaram-me para ir à casa de uma pessoa que faleceu de Covid-19. Falei que não daria, que me desculpasse, mas, não daria. São no mínimo quinze dias de isolamento que todos na casa precisam fazer. Há pessoas com sintomas da doença que ficam saindo pela cidade, por favor, mais responsabilidade”, alertou.
Binga disse ainda que este é o momento de repensar todos os discursos. “Um mês atrás, estava defendendo que tínhamos de flexibilizar o comércio. Claro que temos de flexibilizar, afinal, como o povo vai comer, pagar suas contas? Agora, é o momento de pensarmos em salvar vidas. De nos preocuparmos em não sermos um transmissor do vírus, em proteger vidas, porque tenho visto coisas assim. Pessoas que não estão cuidando em não transmitir o vírus a outras. Se sabemos de alguém com sintomas, um amigo, um parente, por favor, alertem essa pessoa para que tenha responsabilidade, que vá para o isolamento, que não fique conturbando, gerando mais problemas, andando por aí, em contato com as pessoas. Pois, essa postura poderá matar pais, avós”, disse.
Número de mortes crescente
Tempos atrás, o vereador lembrou que havia dito que estimava que poderiam morrer cerca de 120 mil pessoas no país. “Já passaram de 50 mil os mortos e já estou achando que serão mais mortos do que estimei, inicialmente. Estou com 50 anos e talvez eu esteja meio cego, e esse número venha a ser maior ainda. Já dizia que com 120 mil mortos, haveria a possibilidade de contarmos com parentes, amigos, conhecidos, vizinhos mortos. Agora, digo que poderemos estar entre os mortos, mesmo, se não houver cuidado. Porque há pessoas infectadas que querem continuar passeando, frequentando filas de bancos, saindo, normalmente. E a quem ficou triste com o último decreto da prefeita, que lembre que o governador Ratinho Jr. chegou a fechar um dos órgãos mais arrecadadores do estado, o Detran. Até o Detran não está mais funcionando, os funcionários foram orientados a ficarem em casa. A Covid-19 não é brincadeira. Passear, agora, para quê? Fiquem em casa. Vamos primeiramente pensar em vidas”, pediu.
Prorrogação do auxílio emergencial
O parlamentar também defendeu a prorrogação do auxílio emergencial de R$ 600 mensais até dezembro, diante de um cenário sem previsão de enfraquecimento da pandemia. “Temos de pedir em bloco aos nossos deputados federais para que votem a prorrogação do auxílio emergencial até dezembro. Já pedi ao deputado do meu partido, Rubens Bueno. Pois, como o povo vai trabalhar, sair para frequentar comércio, com a doença avançando desse jeito? Peçam a seu deputado para que o auxílio seja prorrogado até dezembro. Deixei claro ao deputado: não há vacina, não há como o povo sair para trabalhar normalmente nessa situação. Não pensem que porque são jovens não há perigo. Aqui na Casa, há muitas pessoas que fazem parte do grupo de risco. Quem aqui estiver com sintomas, que vá para casa, não venha ao trabalho. Bora para casa, quem tiver sintomas suspeitos da doença. Nós precisamos viver”, ressaltou.