Enquanto o mundo espera por um medicamento ou vacina contra a Covid-19, a procura por vacinas que protegem de outras doenças diminuiu consideravelmente. O medo de contaminação pelo novo coronavírus pode ser um dos fatores da baixa procura vacinal. Portanto, é importante entrar em contato com a unidade de saúde de referência para saber o melhor dia e horário para a vacinação.
De acordo com a gerente de Infectologia e Vigilância Epidemiológica, Dielli Bondan dos Reis, com o passar dos anos, ao não se procurar a vacinação, podem surgir casos de doenças já eliminadas de circulação, como ocorreu com o sarampo em 2019. “A vacinação é a única maneira de garantir que doenças erradicadas não voltem. Em 1930 as doenças infecciosas e parasitárias representavam 45,7% dos óbitos do Brasil, índice que caiu para 4,3% em 2010, segundo o Ministério da Saúde. Na década de 1980, sarampo, poliomielite, rubéola, síndrome da rubéola congênita, meningite, tétano, coqueluche e difteria causaram 5,5 mil óbitos em crianças de até 5 anos no Brasil. Em 2009, foram 50 óbitos”, ressalta Dielli.
Segundo Dielli, o Programa Nacional de Imunização (PNI) é referência mundial. “O Brasil foi pioneiro na incorporação de várias vacinas no calendário do Sistema Único do Saúde (SUS) e é um dos poucos países no mundo que ofertam de maneira universal um rol extenso e abrangente de imunobiológicos. Porém, a alta taxa de cobertura, que sempre foi sua principal característica, vem caindo nos últimos anos colocando em alerta especialistas e profissionais da área”, salienta.
“Muitas pessoas e até mesmo profissionais de saúde nos dias de hoje desconhecem diversas doenças extintas graças ao advento das vacinas no Brasil e no mundo. A compreensão da importância da vacinação felizmente prevalece e, aliada ao desenvolvimento científico e tecnológico, ao trabalho realizado pelos gestores e ao senso de responsabilidade dos cidadãos, reforça a consciência de que vacinar uma criança significa não apenas protegê-la, mas sustenta uma condição de saúde coletiva alcançada com muito trabalho e esforço”, explica.
Portanto, fazer a vacinação dentro do calendário definido pelo Ministério da Saúde, a partir do esquema vacinal correto, que considera o número de doses e as idades adequadas para cada vacina, também é fundamental para o sucesso da imunização. Em Pinhais, desde o início da pandemia houve queda da cobertura vacinal, sobretudo das seguintes vacinas:
– Vacina Pentavalente que protege as crianças contra Difteria, Tétano, Coqueluche, Meningite por Haemophilus e Hepatite B atingiu cobertura de 70 %;
– Vacina VIP que protege as crianças contra a paralisia infantil está com cobertura de 78%;
– Vacina Pneumo 10 que protege contra pneumonias, meningites, otites, sinusites está com cobertura de 80% igualmente a vacina VTV que protege contra sarampo, caxumba e rubéola.
Importante salientar que algumas vacinas, estão com abastecimento reduzido sendo necessária a organização de escala de vacinação entre as unidades de saúde por isso entre em contato com a Unidade de Saúde da Família mais próxima.
Serviço
Números das Unidades de Saúde da Família de Pinhais:
USF Esplanada – telefone: 3912-5346.
USF Weissópolis – telefone: 3912-5372.
USF Vargem Grande – telefone: 3912-5379.
USF Maria Antonieta – telefone: 3912-5354.
USF Perneta – telefone: 3912-5357.
USF Perdizes – telefone: 3912-5349.
USF Tebas – telefone: 3912-5370.
USF Ana Neri – telefone: 3912-5397.
USF Jardim Karla – telefone: 3901-5777.
USF Tarumã – telefone: 3912-5361.
USF Vila Amélia – telefone: 3912-5365.