Mãe em tempo integral e enfermeira em turnos: desafios de mulheres que conciliam as duas funções

Mãe em tempo integral e enfermeira em turnos: desafios de mulheres que conciliam as duas funções

Mãe em tempo integral
Em 2024, Dia Internacional da Enfermagem e Dia das mães são comemorados na mesma data, em 12 de maio

Cuidado que promove saúde, bem-estar, conforto e qualidade de vida. Uma definição simples para ilustrar o trabalho da enfermagem, mas que também poderia resumir a missão de ser mãe. Em 2024, o Dia Internacional da Enfermagem, comemorado em 12 de maio, coincidiu com o dia de homenagear as mães no Brasil, celebrado sempre no segundo domingo do mês de maio.

Nadira Francisca dos Santos, de 46 anos, comemorou em dose dupla. Com dois filhos, um de 31 e outro de 30 anos, ela sente orgulho ao contar que é enfermeira do Centro Cirúrgico do Hospital Universitário Cajuru, em Curitiba (PR), onde trabalha há 19 anos. “Eu trabalho no hospital desde que meus filhos eram pequenos. Sempre foi um desafio conciliar a agenda das crianças com os plantões. Já passei vários ‘Dias das Mães’ trabalhando, mas vejo que eles têm orgulho da minha carreira”, avalia a enfermeira.

A história de Nadira na área da saúde começou há mais de duas décadas, quando ela foi secretária de um hospital oftalmológico. Naquela época, Nadira auxiliava em pequenos curativos e começou a sonhar com uma carreira em hospital. Em 2005, conseguiu uma vaga como auxiliar de enfermagem. Anos depois, concluiu o curso Técnico em Enfermagem e, na sequência, fez a graduação. “A minha vida e a de todos ao meu redor mudaram. Quando você adquire conhecimento, a parte financeira melhora, mas também tudo à sua volta. Eu consigo passar mais ensinamentos para meus filhos, posso mostrar que quando há empenho, foco e dedicação a vida pode melhorar”, analisa a enfermeira.

 

A maternidade que contribui com a enfermagem

Lorena Pires Fontoura, de 36 anos, também teve uma comemoração dupla. Com um filho de 17 e outro de 10 anos, ela celebra 12 anos como enfermeira. Após terminar a graduação, iniciou sua carreira no Hospital Universitário Cajuru. Foi enfermeira assistencial, atuou na UTI, chegou à supervisão e à coordenação. Há um ano, ocupa a função de gestora do Centro Cirúrgico, Hemodinâmica e Robótica do Hospital São Marcelino Champagnat, também em Curitiba.

“É um grande desafio conciliar a maternidade e a enfermagem. Lembro-me de trabalhar na UTI, à noite, quando estava grávida de meu segundo filho. Mas o fato de ser mãe me ajuda na humanização. Eu consigo acolher melhor o paciente, os familiares, os colaboradores que trabalham comigo. Eu gosto de agir como gostaria que agissem com meus filhos. Esse é o caminho que busco seguir, sempre”, explica a enfermeira.

Para Lorena, as duas funções se complementam em vários momentos. “A enfermagem me ajuda a ser mãe, porque em casa eu sou referência para meus filhos. Eles acham que eu posso tudo! Eles contam muito comigo quando o assunto é cuidado de saúde e hoje me veem como exemplo de líder de equipe, alguém que sabe conviver e coordenar as diferenças humanas dentro de um ambiente tão desafiador quanto um hospital”, finaliza a coordenadora.

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