A crise do novo coronavírus afetou duramente a economia e as formas de organização do trabalho com a maioria dos profissionais de áreas administrativas trabalhando em casa. Não é de agora que se fala sobre a Quarta Revolução Industrial e suas tendências, mas com a chegada da pandemia as empresas e os profissionais foram submetidos a aceleração desse processo para se adaptar ao “novo normal”. Rebeca Toyama especialista em estratégia de carreira, mostra a importância de novas habilidades para acompanhar o ritmo da mudança e como desenvolvê-las.
Segundo o e-book divulgado recentemente pelo Fórum Mundial da Economia em parceria com especialistas, mostram uma nova perspectiva sobre o futuro pós-pandêmico, onde é necessário olhar além da crise atual para os desafios potenciais e oportunidades que o mundo pós Covid-19 traz, além das diversas mudanças e observações como comportamento da sociedade e efeitos psicológicos, qualidade da governança e competências dos líderes, impacto na geopolítica e meio ambiente, sistemas de saúde e o novo tecnológico e industrial.
O distanciamento social modificou as organizações e trouxe uma nova forma de se conduzir o trabalho como o home office, que exige habilidades pessoais e muita organização. Com o passar dos anos, novas habilidades serão inseridas, outras excluídas, assim como algumas profissões que já existiram e hoje estão extintas.
“Nós já sabemos que a tecnologia ganhará um espaço gigante no mercado de trabalho, pois isso já aconteceu em outros momentos da história da humanidade. O que precisa ser levado em conta hoje, é um conjunto de habilidades como inteligência emocional, adaptação e flexibilidade, pensamento crítico e habilidade com tecnologia, por exemplo. Além disso, a organização e colaboração, em tempos de home office e distanciamento social são fundamentais para o desenvolvimento do profissional do futuro”, afirma, Rebeca Toyama, especialista em estratégia de carreira.
Era da automatização
Para que esse cenário seja positivo, é importante entender as mudanças da Quarta Revolução Industrial, onde a união das tecnologias modificará radicalmente não apenas o modo como se vive, mas a maneira como se trabalha também. O foco das habilidades estão ligadas nos aspectos que faz superar os robôs, como as relações interpessoais que são praticamente impossíveis de automatizar, criatividade, persuasão e colaboração.
De acordo com o relatório do Fórum Mundial da Economia, as competências e aptidões esperadas pelas novas empresas será habilidades que permitam os colaboradores construírem, projetarem e trabalharem ao lado de sistemas tecnológicos, ou em áreas que preenchem as lacunas deixadas pelas máquinas. Podendo haver um aumento de demanda por funções que as máquinas não conseguem realizar e que dependem de características profundamente humanas e capacidades como a empatia e a compaixão.
“O que os profissionais devem fazer é se antecipar e se requalificar, adaptar-se às novas funções disponíveis, e resgatar as habilidades que, por enquanto, só os humanos possuem. Além disso, é importante estar atento aos avanços científicos, tecnológicos e as tendências de mercado para saber como será o futuro”, finaliza, Rebeca Toyama.
A especialista em estratégia de carreira, Rebeca Toyama trouxe as 10 habilidades do futuro e dicas de como se qualificar.
1 – Inteligência Emocional: Autoconhecimento para controlar os sentimentos, alterações de humor e tudo que envolve o nosso lado psicológico, que as máquinas não têm;
2 – Pensamento Crítico: Sempre serão valorizados colaboradores que são capazes de julgar a qualidade das informações;
3 – Habilidades em Tecnologia: Esteja atento a novas tecnologias e aplicativos que possam contribuir com o seu trabalho. Adaptá-los à rotina é importante com horário de início e término, check list de atividades, tarefas de médio e longo prazo em planejamentos e foco são fundamentais;
4 – Adaptação e Flexibilidade: Tenha em mente que as profissões evoluem e no futuro existirão outras profissões, com outras necessidades;
5 – Criatividade: Os algoritmos, as máquinas e os robôs funcionam bem, mas eles não conseguem ser criativos como os humanos. Procure atividades que possam estimular a criatividade, sendo individual ou em grupo;
6 – Habilidades de Liderança: Não é só fundamental para aqueles que estão no topo de uma hierarquia corporativa, mas para todos os colaboradores de uma empresa. É compreender como fazer melhor e inspirar a equipe;
7 – Julgamento e Tomada de Decisão: As máquinas conseguem analisar os algoritmos em uma velocidade superior que os humanos, mas são incapazes de tomar decisões e analisar os dados com profundidade;
8 – Colaboração: Em meio a tanta tecnologia, as organizações vão buscar por funcionários capazes de interagir bem com a equipe, que sejam capazes de compartilhar conhecimento para trazer bons resultados para a empresa;
9 – Alfabetização de Dados: É o combustível da quarta revolução industrial, trazer conhecimento para interpretar e analisar dados e gráficos. Conhecer estatística, analisar tendências e números são vitais para o profissional do futuro;
10 – Inteligência Cultural e Diversidade: Respeitar as diferenças é uma das habilidades do futuro, pois as organizações estão cada vez mais operando além das fronteiras. São comuns projetos desenvolvidos à distância com equipes de vários países.
Conduzir novos projetos, criar e cumprir um cronograma e validar ideias para novos produtos e serviços devem ser feitos à distância.