Rafael Greca discute novos financiamentos para Curitiba com Banco de Desenvolvimento da América Latina

Rafael Greca discute novos financiamentos para Curitiba com Banco de Desenvolvimento da América Latina

Jaime Holguín é diretor para o Brasil do CAF, instituição que tem uma carteira total de US$47,6 bilhões e pretende ampliar participação em projetos de sustentabilidade ambiental

O prefeito Rafael Greca se reuniu no dia 6 de julho, quarta-feira, com o diretor para o Brasil do CAF – Banco de Desenvolvimento da América Latina, Jaime Holguín, quando discutiram possibilidades de financiamento para projetos em Curitiba.

Uma eventual nova parceria significaria ampliação de parceiros internacionais da capital, que já tem contratos com o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), a AFD (Agência Francesa de Desenvolvimento) e o NDB (New Development Bank).

Instituição financeira multilateral, o CAF fornece crédito para projetos de infraestrutura, saneamento, energia e sociais para países de todo o subcontinente latino e está reforçando sua carteira na área ambiental.

“Queremos dar e receber apoio do CAF”, disse o prefeito, que apresentou alguns dos principais projetos de sustentabilidade de Curitiba, como a eletromobilidade no transporte público, a Pirâmide Solar do Caximba, os painéis solares próprios municipais e a Reserva Hídrica do Futuro.

“Estamos tocando várias ações. Com novas linhas de financiamento podemos fazer ainda mais”, afirmou o prefeito.

Segundo Holguín, “são projetos muito interessantes e que estão alinhados à atuação do CAF”.

Nova missão

O banco deverá enviar em breve um grupo de especialistas para a capital a fim de conhecer mais aprofundadamente o portfólio de projetos da cidade.

“Queremos uma parceria de longo prazo com Curitiba”, afirmou o diretor, que é colombiano e já ocupou cargos nos ministérios de Finanças e Educação de seu país e na prefeitura de Bogotá.

A reunião teve a participação de Luiz Fernando Jamur (secretário de Governo Municipal e presidente do Ippuc), Cristiano Hotz (secretário municipal de Planejamento, Finanças e Orçamento), Rodolpho Zannin Feijó (assessor-chefe de relações internacionais) e Guilherme Zuchetti (assessor de Relações Internacionais).

Reforço verde

O CAF pretende se firmar como o “banco verde” da América Latina e Caribe, aproveitando o potencial climático da região e mobilizando recursos contra o aquecimento global. A perspectiva é de financiamentos de US$ 25,5 bilhões nos próximos cinco anos nessa área.

Durante a COP 26, a conferência internacional do clima realizada em Glasgow no final de 2021, o banco anunciou que pretende destinar, já em 2026, 40% de seus financiamentos para projetos “verdes”.
Além disso, deve duplicar sua carteira total até 2030.

Como parte dessas metas, o banco está estreitando relações com estados e municípios brasileiros.

CAF

O banco fechou 2021 com ativos de US$ 47,6 bilhões. De acordo com o CAF, o órgão trabalha para promover desenvolvimento sustentável, apoiando a estruturação técnica e financeira de projetos nos setores público e privado, contribuindo para integração da América Latina.

Parceiros internacionais

Nos últimos anos, Curitiba retomou e firmou um amplo programa de parcerias com agentes financiadores internacionais, como o BID (Bando Interamericano de Desenvolvimento), a AFD (Agência Francesa de Desenvolvimento) e o NDB (New Development Bank), o banco dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), que estão apoiando alguns dos principais programas em andamento na capital.

O BID é responsável pelo financiamento do Novo Inter 2, o Projeto de Aumento da Capacidade e Velocidade da Linha Direta Inter 2 que tem US$ 106,7 milhões provenientes da instituição, com outros US$ 26,7 milhões de contrapartidas municipais.

A AFD, por sua vez, está destinando € 38,1 milhões (euros) para o Bairro Novo do Caximba, que conta ainda com US$ 10,7 milhões de contrapartidas do município.

Já o NDB é o agente financiador das obras de infraestrutura do novo corredor do Ligeirão Leste-Oeste. O investimento total é de US$ 93,7 milhões, sendo US$ 75 milhões do banco dos Brics e US$ 18,7 milhões do município.

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