A Secretaria de Estado do Desenvolvimento Urbano e Obras Públicas do Paraná (SEDU) deu início na quinta-feira (6) ao processo de unificação de procedimentos para a aplicação do Método BIM (Building Information Modeling , ou Modelagem da Informação da Construção) às obras de edificações realizadas ou viabilizadas por todas as instituições, empresas e órgãos estaduais.
O processo permite a modelagem virtual em 3D de uma obra integrada aos diversos projetos que a compõem, como o estrutural, hidráulico e elétrico.
Os resultados da sua aplicação chegam à economia de materiais, maior velocidade na construção e amplo controle dos recursos utilizados. “Este esforço de aproximação dos órgãos públicos para a difusão de uma tecnologia tão importante atende algumas das principais diretrizes do Governador Carlos Massa Ratinho Junior de buscar a inovação, ampliar a qualidade do serviço prestado pelas organizações governamentais e otimizar o uso do dinheiro público”, disse o diretor-geral da Secretaria, Chico Santos, na abertura do encontro na sede da SEDU.
Ele destacou a importância da unificação de linguagens e esforços entre os Órgãos do Governo do Estado. Segundo Santos, muitas vezes cada organismo toma a iniciativa e implanta inovações de forma separada dos demais, o que causa a duplicidade da aplicação de recursos. “Ao nos aproximarmos, faremos mais com menos, ganharemos tempo e com a ampliação da nossa base tecnológica”, afirmou.
O BIM, ou Modelagem da Informação da Construção, foi desenvolvido nos Estados Unidos e é aplicado em diversos países. “É a tecnologia mais importante para processos de edificação e o Paraná ganhará muito com a sua implantação nas construções com recursos públicos”, disse o superintendente-executivo do Paranacidade, Álvaro Cabrini.
Segundo a coordenadora do Laboratório BIM (LaBIM-PR), Lucimara Ferreira de Lima, o método é a união da modelagem 3D com informações sobre a obra, o que permite compatibilizar os seus projetos, quantificar materiais, fornecer dados prévios para os orçamentos, fazer o planejamento total e de execução da obra, além de facilitar ações de fiscalização.
O seu uso traz vantagens como a melhoria de qualidade, economia de tempo e de recursos a serem investidos. “O BIM permite detectar eventuais conflitos entre os projetos e solucioná-los ainda na fase da modelagem, com consequência direta no aumento da qualidade, maior economia e agilidade no momento da construção”, enfatizou Cabrini.
A metodologia, no entanto, não deverá ficar restrita às ações do Governo do Estado. “Grupos privados já aplicam o BIM nas suas obras e a tecnologia deverá, obrigatoriamente, chegar às prefeituras, uma vez que seu uso será condição para a liberação de recursos federais a partir de 2021”, disse Cabrini.