O Manual tem como objetivo orientar a forma correta e segura de descartes
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente, em parceria com o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado do Paraná (Sinduscon- Pr) e a Associação das Empresas Paranaenses de Reciclagem dos Resíduos da Construção Civil (AEMPARCC), lançou na tarde desta segunda-feira, (21), um Manual de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil. O objetivo é oferecer uma orientação segura aos empreendedores de Curitiba da área, prestadores de serviço da coleta, transporte, tratamento, destinação final e reciclagem de resíduos do segmento.
Para o prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet, as cidades estão procurando avançar em relação ao desenvolvimento sustentável. Com a Região Metropolitana de Curitiba caminhando para atingir 4 milhões de habitantes, com 95% da população vivendo na área urbana, as questões ambientais não são mais retóricas. “Na semana do aniversário de 323 anos, Curitiba avança sendo exemplo para outras cidades. São ações importantes. Estamos, com muito trabalho, conseguindo unir pontos importantes das agendas econômica e social com a ambiental”.
Para o diretor executivo do Sinduscon- Pr, João Guido de Castro Campelo, a parceria com a Prefeitura de Curitiba cresce cada vez mais. A entidade vem desenvolvendo agendas em conjunto a administração, como a ação de coleta do lixo eletrônico realizada na semana passada. “Esta gestão é aberta ao diálogo. Já realizamos e vamos continuar realizando várias parcerias. Os curitibanos saem ganhando”, afirma.
Classificação
Os resíduos da construção civil são definidos pela resolução nº 307/2002 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) como sendo os provenientes de construções, reformas, reparos e demolições de obras e os resultantes da preparação e da escavação de terrenos, sendo classificados em quatro classes.
Na Classe A, encontram-se os solos sem contaminação, concreto, componentes cerâmicos, rochas estruturas pré-moldadas, pedras e areias naturais. Na Classe B, se enquadram, por exemplo, as madeiras, vidro, gesso e drywall. Na Classe C estão componentes que não apresentam tecnologia ou aplicação economicamente viável que permita a sua reciclagem ou recuperação como as lãs de rocha e vidro, tubos de poliuretano e saco de cimento pós-utilização. Na Classe D estão os contaminantes, como os materiais que contenham amianto ou outros prejudiciais a saúde, solventes, tintas, massa corrida ou provenientes de demolição de clinicas de medicina nuclear ou que utilizem raio x.
Resoluções da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) também classificam os resíduos em três categorias quanto aos seus riscos potenciais ao meio ambiente e para a saúde pública. Classe I – perigosos, classe IIA – Não perigosos e não inertes e Classe IIB – Não perigosos e inertes.
“Com a divulgação dos diversos procedimentos necessários para o cumprimento da legislação ambiental, tenho certeza que o Manual de Gerenciamento de Resíduos irá auxiliar e muito os técnicos e responsáveis da construção civil’, esclarece o superintendente de Obras e Serviços da SMMA, Alfredo Trindade.